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Conheça o Budismo

“Você se tornará um monarca do jazz”

Por meio da unicidade de mestre e discípulo, Herbie Hancock recriou sua música inspirado na filosofia para criar valor da SGI e já ganhou 14 Grammy, o prêmio máximo da música

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04/02/2017

“Você se tornará um monarca do jazz”
Trechos da nova revolução humana

No outono de 1973, um ano após Herbie Hancock começar a praticar o Budismo Nichiren, cerca de 3 mil membros da Soka Gakkai dos Estados Unidos visitaram o Japão, onde participaram do Décimo Encontro Geral Nacional dos Estados Unidos.

Herbie participou como membro da equipe de palco. Usando roupas de trabalho e um cinto de ferramentas, empunhava um martelo e ajudava a construir o palco. Pela aparência, ninguém imaginava que ele pudesse ser um pianista de jazz mundialmente famoso. Como uma pessoa comum, o artista se empenhava nos trabalhos de bastidores experimentando uma grande satisfação e plenitude como ser humano. Ele pensou:

“Todos nós somos iguais. É errado pensar que as pessoas são de alguma maneira diferentes e merecem tratamento privilegiado por causa de sua profissão, porque são artistas, políticos ou cientistas. Apesar de cada um de nós ter o próprio papel, emprego e profissão, deveríamos todos nos respeitar como seres humanos e trabalhar juntos. Essa filosofia de igualdade pulsa vibrantemente dentro da Soka Gakkai”.

Shin’ichi foi comunicado que Herbie ingressara à Soka Gakkai e se dedicava sinceramente na fé. Quando foi ao Japão para um concerto em 1974, ele e sua banda foram convidados para um jantar com Shin’ichi que disse:

— Você se tornará um monarca do jazz.

Essas palavras se transformaram em diretriz eterna para Herbie. Em meio aos seus estudos sobre o budismo e à sua prática, ele buscou a fundo a essência de si mesmo. Este parecia ser o tema principal em termos de sua criatividade musical. Ele pensava:

“Sou um músico. No entanto, isso nada mais é que a minha atividade profissional. Sou afro-americano, mas será esta a minha essência? Não, esta é apenas uma das minhas facetas. Ser pai e cidadão também são outros aspectos da minha vida. A única essência que permeia tudo isso é o fato de eu ser um ser humano”.

A essência do ser humano

Herbie considerava esse assunto da perspectiva budista. Ele reconhecia que a essência do ser humano é uma forma de existência dotada com o incomparável e supremo estado de vida do Buda. Visto dessa ótica, todas as pessoas são bodisatvas da terra com a missão de levar felicidade aos outros.

Ele concluiu profundamente emocionado: “O simples fato de ser um ser humano é extraordinário. Eu também sou um ser humano!”.

Ele percebeu que por meio das atividades da Soka Gakkai todos encontram um importante significado em sua existência em descobrir que cada um tem uma missão na vida. Ele sentia que seu campo de visão estava se ampliando e que mudava de uma maneira significativa a partir do seu interior. Até aquele momento tinha dificuldades em sentir empatia pelos sofrimentos e pelas alegrias dos outros.

Ele sempre se sentiu separado das pessoas. Quando ouvia relatos de membros da Soka Gakkai sobre quanto estavam felizes por terem encontrado um novo emprego ou adquirido um carro, ele nem se importava, uma vez que já tinha emprego e carro.

Entretanto, agora era capaz de compartilhar a alegria das outras pessoas, parabenizá-las sinceramente e se sentir próximo delas e de suas preocupações. Essa mudança do coração tornou-se sua fonte para encontrar uma nova forma de expressão musical.

Sun Yat-sen (1866 – 1925), um revolucionário chinês afirmou: “O coração humano é a fonte de tudo”. O budismo capacita a evidenciar o ilimitado potencial que existe inerente ao coração humano.

Em entrevistas, Herbie orgulhosamente compartilhava sua experiência pessoal de como o budismo havia mudado a sua vida:

“Jazz é uma expressão dos mais profundos sentimentos do músico. A riqueza da música que alguém consegue criar depende da profundidade e da riqueza do seu estado interior que, por sua vez, é determinado por sua filosofia de vida. Pela minha experiência, afirmo que o Budismo Nichiren oferece essa tão profunda filosofia”.

A fama não importa

Durante o Show da Noite Dourada Havaiana, em Waikiki, o presidente Yamamoto acompanhou atentamente a performance de Herbie, preenchida pelo dinamismo e pela alegria da vida. Quando a apresentação terminou, Shin’ichi e sua esposa, Mineko, o aplaudiram de pé. Do palco, Herbie percebeu isso e espontaneamente gritou:

— Sensei! Eu me tornarei monarca do jazz, sem falta!

Entretanto, sua voz foi abafada pelos estrondosos aplausos.

Um jovem que estava parado de pé no corredor lateral alegremente observava Shin’ichi e Herbie. Era Bruce Wilmer, o amigo que ensinou o budismo a Herbie e tinha vindo ao Havaí cerca de uma semana antes para ajudar na equipe dos bastidores, trabalhando arduamente e orando pelo sucesso da convenção.

Não importando quanto famoso ele tivesse se tornado, Harbie nunca se deixou ser influenciado pela fama. Ele prosseguiu em seu desafio lutando e se empenhando com profunda determinação para cumprir o juramento feito ao presidente Yamamoto, seu mestre.

Por sua vez, Shin’ichi continuou a incentivá-lo sempre que possível. Várias vezes, ele o abraçou calorosamente e trocou forte aperto de mão. Também orou de forma incansável para que ele se tornasse um grande monarca mundial do jazz.

Em 1983, Herbie ganhou o primeiro de seus mais de dez prêmios Grammy, a mais alta honra da indústria musical americana.

Tornou-se líder do Departamento Artístico da SGI e porta-bandeira da criatividade artística e do humanismo. Mais tarde (em 2008) foi listado por uma revista internacional como uma das “Cem Personalidades Mais Influentes do Ano”. Ele se tornou um músico legendário conhecido no mundo todo e aclamado monarca do jazz.

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