Conheça o Budismo
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A linhagem budista de Shakyamuni à SGI
O budismo se desenvolveu e influenciou a história da humanidade, desde Shakyamuni até os dias atuais. Os praticantes budistas da Soka Gakkai no mundo inteiro, por meio de suas ações diárias, dão vida ao nobre desejo do Buda Nichiren Daishonin: a felicidade de todas as pessoas
24/02/2018
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A origem do budismo — Séc. 5 a.C.
O budismo foi fundado na Índia há aproximadamente 2.500 anos por Sidarta Gautama, príncipe do clã Shakya em Kapilavatsu, no sopé do Himalaia. Acredita-se que Sidarta viveu por volta do século 5 a.C.
Dotado de inteligência e sensibilidade, refletia constantemente sobre o significado da vida. Buscava a razão pela qual as pessoas passavam pelos quatro sofrimentos da existência humana — nascimento, envelhecimento, doença e morte.
Profundamente incomodado, abandonou família, posição social e riqueza para encontrar respostas dos seus questionamentos.
Sidarta se dedicou à prática da meditação e atingiu a iluminação em Gaya sob uma árvore chamada bodhi. Ele tinha quase 30 anos. Após a sua iluminação, Sidarta passou a ser chamado de Shakyamuni, o “Sábio dos Shakya”.
Ele percebeu que tudo no universo, inclusive os seres humanos, passam pelo ciclo de nascimento e morte. E concluiu que nada permanece imutável por um instante que seja. Dessa forma, alcançou o domínio sobre a natureza mística da vida.
A dignidade da vida
Podemos viver com dignidade quando despertamos o infinito potencial por meio da sabedoria proveniente da Lei universal. A compaixão parte da compreensão de que as outras pessoas são preciosas como nós e que, por isso, devemos prezá-las como a nós próprios.
A Lei Mística da vida exposta no budismo é eterna e inerente ao universo e a todos os fenômenos.
Após atingir a iluminação, ele afirmou que despertou para uma Lei que existia desde o infinito passado e que outros budas também tinham atingido a iluminação por meio desta verdade.
Assim, Shakyamuni despertou para essa lei eterna e universal, razão pela qual é conhecido com o título “Buda”. É considerado como fundador histórico do budismo.
Séc. 3 — Nagarjuna
Estudioso do budismo Mahayana que viveu no sul da Índia entre 150 e 250 d.C. Escreveu vários tratados importantes sobre um grande número de sutras Mahayana e estabeleceu a fundação teórica da filosofia Mahayana.
Todos são budas
A palavra “buda” significa “aquele que despertou” ou um ser que se “iluminou” para a verdade. Era um nome muito comum usado na Índia na época de Shakyamuni, indicando que qualquer pessoa que desperte para a verdade se torna um buda.
Shakyamuni expôs seus ensinamentos por um período de aproximadamente cinquenta anos, e acredita-se que viveu até os 80.
Após o seu falecimento, seus ensinamentos foram reunidos, organizados e transmitidos oralmente por seus discípulos.
Os principais ensinamentos doutrinários do Buda passaram a ser conhecidos como “sutras”. Dentre eles, os relativos à compaixão e à sabedoria foram o cerne dos sutras Mahayana. E o mais proeminente deles é o Sutra do Lótus, o “rei dos sutras”.
O Sutra do Lótus estabeleceu o caminho para todos, indistintamente, atingirem a iluminação.
Séc. 5 — Vasubandhu
Viveu no século 4 ou 5 na Índia e inicialmente estudou o budismo Hinayana e depois converteu-se ao Mahayana. Escreveu várias obras e fez uma grande contribuição para o desenvolvimento do ensinamento Mahayana.
Mahayana
Da Índia, o budismo se dividiu em duas principais correntes: uma, que seguiu o caminho até o atual Sri Lanka, Mianmar, Tailândia e Indonésia, e outra, conhecida como Mahayana, que se espalhou pela Ásia Central, e para a China, a Península Coreana e o Japão. As duas correntes sofreram influências culturais, tendo alterações na doutrina e rituais.
Nagarjuna e Vasubandhu foram estudiosos que protegeram o ensinamento Mahayana. Nichiren Daishonin afirma que, apesar desses estudiosos não propagarem o Sutra do Lótus de forma direta, fundamentaram suas teorias neste sutra e despertaram para a Lei suprema.
A propagação do Sutra do Lótus, a essência do Mahayana, aconteceu com o advento do grande mestre Tiantai.
Séc. 6 — Tiantai
Nos séculos 5 e 6, na China, surge o grande mestre Tiantai. Ele se esforçou na prática budista a fim de adquirir uma profunda compreensão do sutra.
Sua filosofia e prática tiveram como fundamento os ensinamentos de Shakyamuni. Realizou estudos com base nos ensinamentos de Nagarjuna.
Tiantai organizou os sutras budistas para a criação de um sistema de classificação. Revelou que o Sutra do Lótus é o mais importante dentre todos os ensinamentos de Shakyamuni. Sistematizou o princípio teórico dos “três mil mundos num único momento da vida”. E fundou a escola Tiantai do budismo na China.
Séc. 9 — Dengyo
No Japão, por volta do século 8, Dengyo fundou a escola Tendai, a partir de vários estudos de textos da escola Tiantai trazidos da China.
Séc. 13 — Budismo Nichiren
O buda Nichiren Daishonin nasceu em 16 de fevereiro de 1222, numa família de pescadores no povoado chamado Kataumi [atual cidade de Kamogawa da província de Chiba], Japão.
Aos 12 anos, entrou para o sacerdócio no templo Seicho-ji e começou a estudar o budismo.
Ele firmou o juramento para se tornar a pessoa mais sábia do Japão. Assim, buscou a sabedoria do budismo para superar os sofrimentos fundamentais da vida e da morte e conduzir seus pais e todas as pessoas à verdadeira felicidade.
Aos 16 anos, Daishonin decidiu se tornar monge para se aprofundar nos ensinamentos budistas tendo como mestre o sacerdote Dozen-bo, do templo Seicho-ji.
Como resultado de seus estudos dos sutras, compreendeu a essência das doutrinas das maiores escolas budistas. Concluiu que o Sutra do Lótus constitui o mais elevado ensinamento dentre todos os sutras budistas, e entendeu que a lei do Nam-myoho-renge-kyo é a essência do Sutra do Lótus que possibilita libertar as pessoas do sofrimento no nível mais profundo. Ele despertou para a missão de propagar amplamente o Nam-myoho-renge-kyo como ensinamento para a iluminação de todos. E inscreveu o Gohonzon como objeto da fé e de devoção.
Então, abriu o caminho para todas as pessoas atingirem o estado de buda. Nichiren Daishonin alcançou o propósito do seu advento, estabelecendo seu ensinamento como o budismo do povo.
Daishonin faleceu em 13 de outubro de 1282, aos 60 anos.
Soka Gakkai Internacional
O grande desejo de Nichiren Daishonin era que seus ensinamentos se expandissem para o mundo inteiro. Contudo, o budismo ficou restrito por sete séculos a alguns templos no Japão.
Em 1928, os educadores Tsunesaburo Makiguchi e Josei Toda conheceram o Budismo Nichiren, ensinamento que condizia com suas convicções humanísticas, e em 18 de novembro de 1930 fundaram a Soka Gakkai.
Com o surgimento da organização e, principalmente, pela dedicação dos seus três presidentes, Tsunesaburo Makiguchi, Josei Toda e Daisaku Ikeda, o Budismo Nichiren se tornou uma religião viva em prol da felicidade das pessoas.
O professor Makiguchi tornou-se o primeiro presidente, e o professor Josei Toda assumiu a liderança em 3 de maio de 1951 e se engajou em amplo movimento de expansão do budismo no Japão.
Em 3 de maio de 1960, Daisaku Ikeda assume a terceira presidência da Soka Gakkai. Decidido a impulsionar os ideais Soka, parte para o exterior.
No dia 26 de janeiro de 1975, a Soka Gakkai Internacional (SGI) é fundada, agregando membros de todo o mundo. Com isso, houve o avanço do movimento pelo kosen-rufu, o grande desejo do buda Nichiren Daishonin pela felicidade da humanidade.
Hoje, a SGI se encontra em 192 países e territórios, e é constituída por mais de 12 milhões de associados engajados com a paz.
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