Conheça o Budismo
BS
Vitalidade que permite vencer a tudo
PERGUNTAS E RESPOSTAS
13/04/2019
1. Em termos de vida diária, o que significa “desejos mundanos são iluminação”?
É a maneira de encarar a vida de forma otimista, visualizando o lado positivo, mesmo diante das dificuldades, e aproveitá-lo satisfatoriamente. Literalmente, “desejos mundanos” e “iluminação” são opostos, mas a filosofia da esperança do budismo revela que a sabedoria para atingir o estado de buda ou a iluminação manifesta-se justamente numa vida dominada pelos desejos mundanos ou por impulsos provenientes da ilusão. Como manifestar essa sabedoria? No romance Nova Revolução Humana (v. 20, cap. “Conscientização”, BS ed. 1.900, 21 set 2007, p. A11), o presidente Ikeda afirma: “A maneira como se encara a vida está diretamente ligada à energia vital. Quando uma pessoa está sem vitalidade, por mais que tente ver tudo de forma positiva, o pessimismo acaba dominando-a. A maneira de pensar não está isolada da energia vital. E a fonte inesgotável dessa força é a recitação do daimoku”. Nossa prática budista nos possibilita discernir sobre a verdadeira natureza de desejar algo e utilizar tais sonhos como força motriz para a felicidade, transformando as ilusões e os sofrimentos em meios para desenvolver força e criar valor. É um princípio budista que representa a transformação do negativo em positivo.
2. Como transformar os desejos mundanos exatamente como são em iluminação?
Sabemos que o intuito do Sutra do Lótus não é erradicar os desejos mundanos, mas transformá-los exatamente como são em iluminação. O ser humano tem uma tendência muito forte para desenvolver apego aos desejos mundanos de vários tipos, e isso se torna motivo da causa fundamental da infelicidade das pessoas. O presidente Ikeda orienta: “O apego é um grilhão que prende o coração” (Preleção dos Capítulos Hoben e Juryo, p. 90). No Budismo de Nichiren Daishonin, a frase “fazer com que renunciem a seus apegos aos desejos mundanos” deve ser interpretada como “iluminar-se com relação a seus apegos”, ou seja, percebê-los claramente, discernir sua verdadeira natureza e utilizá-los como uma força motriz para a felicidade e não ser dominado por eles. O segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, disse: “O Gohonzon possibilita-nos perceber nossos apegos a desejos mundanos exatamente como são. Acredito que cada um dos senhores tenha apegos. Eu também tenho. Por termos apego podemos conduzir uma vida interessante e significativa. Por exemplo, para ter sucesso nos negócios ou realizar muito shakubuku precisamos ‘ter apegos’ com relação a essas atividades. Nossa fé nos permite manter esses apegos de forma que eles não nos faça sofrer. Em vez de sermos controlados pelos apegos, precisamos fazer pleno uso deles a fim de ser felizes” (Ibidem, p. 91). Por outro lado, os desejos mundanos, que incluem a avareza, a ira, a estupidez, a arrogância e a dúvida dão origem a ações que criam o mau carma. O efeito desse carma manifesta-se em forma de sofrimento. Presas a esse ciclo, as pessoas estão destinadas a sofrer nas condições mais baixas de vida conhecidas como “seis caminhos”. O importante é a cada dia avançarmos em nossa revolução humana transformando a tendência de sermos dominados pelos desejos mundanos que nos impedem de avançar, e assim transformá-los em ventos favoráveis que nos impulsionam para a felicidade.
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