Relato
BS
Com alegria e gratidão
A jornada de comprovações do mineiro Heladio, que encontrou na Soka Gakkai um ambiente de respeito à diversidade e segue inspirando familiares e amigos
Redação
11/01/2024
Eu me chamo Heladio Soares, tenho 31 anos e moro em Uberlândia, MG, terra de muito pão de queijo e de pessoas simples e acolhedoras. Bem, é incrível como as coisas podem se desenrolar rapidamente quando estamos determinados a virar a chave da transformação da vida. Foi assim que aconteceu comigo. Eu tinha certa insegurança quando o assunto envolvia religião e a participação em algum movimento nessa área. Essa hesitação se devia, em parte, pelo fato de ver tanta discriminação em locais por onde andei.
Em novembro de 2017, conheci meu atual companheiro, Leonardo, e logo falei da minha curiosidade sobre o budismo e o desejo de conhecer esse ensinamento. Ele já era membro da Soka Gakkai e não perdeu tempo convidando-me para uma atividade. Dois dias depois, lá estava eu, num ambiente acolhedor e de sinceros sorrisos que tocaram meu coração. No mesmo dia, ingressei na BSGI, a melhor decisão da minha vida.
Com o companheiro, Leonardo
Budismo é aprimoramento, e Soka Gakkai é ambiente para esse desenvolvimento. Assim, comecei a recitar Nam-myoho-renge-kyo e a pôr o estudo em prática nas minhas ações diárias. Também entrei para o Gajokai, grupo de bastidor da Divisão Masculina de Jovens (DMJ). A vida pede transformação e eu estava sentindo uma grande diferença do Heladio de antes. Agora, mais seguro, feliz, estava fazendo parte de um grandioso movimento pela paz, junto com outras pessoas tão diversas, com suas características sendo respeitadas e valorizadas. Era o que sempre busquei.
Passei então a falar do budismo para amigos e familiares, porque a felicidade não podia ser só minha. E como Nichiren Daishonin orienta na escritura O Verdadeiro Aspecto de Todos os Fenômenos, “Deve não só perseverar como também ensinar aos outros”.¹ No dia da consagração do meu Gohonzon (objeto de devoção), meu primo também decidiu se converter, sendo ele meu primeiro shakubuku (pessoa a quem apresentamos essa maravilhosa filosofia). Daí não parei mais.
Sonhos viram realidade
Sempre desejei ser professor, mas era desencorajado. Em uma atividade, ouvi incentivos e determinei tornar esse sonho possível. Eu me inscrevi no curso de licenciatura em matemática e pedagogia; e abriram vagas para concurso, no qual fui aprovado. Veio a pandemia e não consegui tomar posse do cargo. Não desisti. Em 2021, no dia 26 de janeiro, aniversário da Soka Gakkai Internacional (SGI), a comprovação: assinei minha posse como professor e profissional de apoio escolar na prefeitura de Uberlândia, escolhendo uma escola próxima da minha residência, onde estou até hoje. E, misticamente, meu companheiro também tomou posse no significativo dia 3 de maio. Participei de dois processos seletivos para o mestrado, sendo aprovado em um deles fora das vagas. Nesse momento, renovei minha decisão, assim como sempre nos incentivou Ikeda sensei: “O fato de ter decidido já é uma prova de avanço. Mesmo que mantenham uma decisão somente por dois ou três dias, não importa. Basta renovar a decisão. Uma pessoa persistente é aquela que renova constantemente a decisão”.²
Com a certeza de “jamais ser derrotado”, prestei para dois mestrados na Universidade Federal de Uberlândia e fui aprovado em primeiro lugar. Ainda fui convocado a tomar posse em outro concurso após quatro anos de espera, numa escola de meu interesse. Pude observar que, com a firme prática da fé, tudo é possível, conforme a orientação “Não há necessidade de ser dominado pela ansiedade. Existe o momento certo para cada coisa”.³
Espalhar felicidade
Em julho de 2023, tive a chance de participar da Academia Índigo da Juventude Soka do Brasil e determinei concretizar mais shakubuku em gratidão. No mês seguinte, foram cinco as conversões para membros da Divisão dos Estudantes (DE) e a concessão de Gohonzon para minha cunhada cujo filho de 7 anos é superatuante. Quanta gratidão e mais avanço! Fui também nomeado responsável pela Divisão dos Estudantes da Sub. Triângulo Mineiro e, junto com os companheiros, determinamos participar do movimento dos cem jovens por distrito, objetivo que concretizamos em novembro passado.
Muito feliz por ter essa vitória, percebo que, conforme avanço na prática da fé, minha vida caminha na mesma proporção. Recebi ainda o grato desafio de liderar o grupo Brasil Ikeda Myo-on Kai (sonoplastia e apoio a atividades) da Sub. Triângulo Mineiro, e hoje já estamos com três membros atuantes e vamos avançar ainda mais.
Na Sub. Triângulo Mineiro — nesse significativo momento do levantar do discípulo, agora sem a presença física do Mestre —, organizamos o Festival Cultural “Humanismo e Amizade”, com a participação de inúmeros companheiros afastados, que ficaram motivados a se desafiar na prática da fé. Orgulho-me de ter concretizado 23 shakubuku até hoje, além de ter a imensa boa sorte de cadastrar minha mãe, irmã e sobrinha como simpatizantes da Soka Gakkai, pois elas viram a minha felicidade desde que comecei a praticar. Em novembro passado, elas visitaram o Centro Cultural Campestre (CCCamp) em Itapevi, SP. Que alegria! Quanta gratidão!
Foto comemorativa do festival cultural realizado em novembro
Atividades do movimento jovem da localidade
Gostaria de agradecer imensamente a Ikeda sensei por nos permitir praticar esse budismo maravilhoso e ser membro da Soka Gakkai, ambiente de pleno acolhimento e aprimoramento para a vida; ao meu companheiro, por me apresentar a organização, e aos membros da Sub. Triângulo Mineiro, pelos incontáveis incentivos. Como diz uma frase muito falada no Brasil todo, uma adaptação do pensamento do escritor Guimarães Rosa, “É junto dos bão que a gente fica mió”. Venham conhecer nossa localidade. Muito obrigado.
Heladio Soares da Silva, 31 anos. Profissional da educação. Na BSGI, é responsável pela Divisão dos Estudantes (DE) da Sub. Triângulo Mineiro (CRE Leste).
Notas:
1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Dai-shonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p. 405-406, 2020.
2. RDez, ed. 180, 3 dez. 2016, p. 28.
3. Ibidem, p. 24.
Fotos: Arquivo pessoal
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