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Entrevista

Estudar no exterior é possível!

Pablo desafiou sua realidade e conquistou quatro bolsas de estudo

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Redação

23/08/2021

Estudar no exterior é possível!

Perfil

  • Pablo Gabriel Vasconcelos Moreira
  • 16 anos
  • Pertence à CRE Oeste, Sub Distrito Federal, RM DF-Centro
  • Mora em Unaí (MG)

Nesta entrevista, Pablo revela quais foram suas estratégias para superar os desafios financeiros e de idioma e realizar o sonho de estudar fora do Brasil

Desde quando você pratica o Budismo de Nichiren Daishonin?

Comecei com 10 anos, durante as férias escolares que passei na casa da minha bisavó, que é praticante. Eu me apaixonei pelo budismo e, quando voltei para a minha casa, continuei fazendo daimoku mesmo sem ter o Gohonzon. Fui o primeiro budista da minha casa e sempre recebi o apoio dos meus familiares.

Faltando pouco para o meu aniversário de 11 anos, recebi o melhor presente da minha vida: meu Gohonzon! Hoje, todos em casa praticam o budismo e sou muito feliz por tê-los incentivado.

Como surgiu a ideia de estudar fora do Brasil?

Sempre me imaginei numa escola como aquela do filme High School Musical (rs). É bonito ver como eles valorizam a educação. Mesmo sem saber o que precisava fazer para chegar lá, coloquei como um dos meus objetivos e me esforcei para alcançá-lo.

Como o valor cobrado pelas agências brasileiras para estudar no exterior é exorbitante para a realidade financeira da minha família, saí em busca de bolsas de estudo.

É verdade que aprendeu a falar inglês sozinho?

Um curso de idioma era um gasto que causaria dificuldades para a minha família e o inglês que eu havia aprendido na escola pública, infelizmente, não era suficiente. Para a minha sorte, uma amiga que tive o prazer de conhecer na Academia dos Sucessores Ikeda de 2017 me enviou o link de um curso de inglês gratuito. Estudei, em média, 8 horas todos os dias, sem exceção. Não foi fácil manter um ritmo de estudos tão puxado, mas meu sonho dependia disso.

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Pablo e seus companheiros na reunião do bloco. Foto de arquivo pessoal

Você teve bolsa de estudo aprovada em quatro colégios. Como foi o processo de seleção?

É completamente diferente do Brasil, em que um vestibular decide se o aluno vai entrar ou não na faculdade. Lá, eles te avaliam de forma holística, ou seja, levam em consideração tudo o que você faz dentro e fora da escola.

É muito importante também escrever redações, que eles chamam de essays. Elas são uma oportunidade para o candidato se apresentar e responder perguntas do tipo: “Nos conte sobre um momento difícil que você teve de superar” ou “Por que você decidiu se inscrever na nossa escola?".

No processo seletivo, ainda tem a entrevista, que foi a minha parte favorita. Nessa etapa, a gente conversa diretamente com um oficial de admissões ou com alunos da escola. Quando recebi minha primeira aceitação, senti várias emoções, li e reli o e-mail várias vezes e ainda assim não acreditava. Fiquei extremamente feliz, principalmente por ver que todo o meu esforço tinha valido a pena.

Em quais escolas você foi aprovado?

Todas elas são nos Estados Unidos: Wayland Academy, em Wisconsin; Shattuck St. Mary's School, em Minnesota; Proctor Academy, na Carolina do Norte; e Asia Pacific International School, no Estado do Havaí.

Escolhi ir para o Havaí, devo partir em setembro. Pensei bastante e entendi que o Havaí é um lugar significativo para a SGI, pois foi o destino da primeira viagem do nosso mestre ao exterior. Além de ser um lugar lindo, a escola tem uma estrutura incrível e o clima é similar ao do Brasil. Eu me senti acolhido e muito bem-vindo desde o início, principalmente na entrevista.

Teve algum momento que pensou em desistir?

Várias vezes. Pensava: como um estudante brasileiro que sempre estudou em escola pública poderia alcançar algo tão grandioso? O medo de fracassar gritava dentro de mim, mas eu sabia que o principal jeito de dar errado era desistindo, então, continuei mesmo diante das dificuldades. Superar a minha insegurança com o inglês foi a parte mais desafiadora. Na primeira entrevista em inglês, eu não parava de tremer. Achava que não seria capaz de formular uma frase coerente e que não havia estudado o suficiente, mas, no fim, foi ótimo. Parece pouco, mas para mim foi uma grande vitória.

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Pablo participa de uma dinâmica na atividade da DE (2020). Foto de arquivo pessoal

Que dicas daria para os Estudantes que querem estudar fora?

Não desistam! Sei que pode parecer impossível no começo e que vão surgir dificuldades durante o processo, mas confiem no seu potencial (o que eu sei que não é fácil também). Para isso, façam muito daimoku e se dediquem com toda coragem ao seu sonho. Vocês conseguem! 

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