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Nova Revolução Humana

CONTÍNUAS VITÓRIAS - 43

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14/09/2002

CONTÍNUAS VITÓRIAS - 43
Entre os membros americanos, surgiram aqueles que levantaram a bandeira da paz para promover movimentos de protesto contra a guerra. Albert Stainer, estudante da Universidade de Boston, foi um deles. Ele havia se convertido ao budismo em setembro de 1966, dois meses antes da apresentação da proposta de interrupção imediata da Guerra do Vietnã por ocasião da convenção da Divisão dos Jovens da Soka Gakkai. Sua decisão de converter-se foi motivada ao conhecer a luta dos presidentes Makiguti e Toda contra o militarismo japonês durante a Segunda Guerra Mundial.

Stainer mobilizou os estudantes nas passeatas pelas ruas, apelando ao governo pela interrupção dos bombardeios e pela retirada imediata dos soldados americanos do Vietnã. Era seu protesto contra a guerra, na qual jovens inocentes como ele eram mortos nos campos de batalha. Ele poderia também ser convocado para a guerra a qualquer momento.

Por ser de uma família de classe média, poderia sair do país, morar no exterior e evitar a convocação. Apesar de muitas famílias assim procederem com seus filhos, Stainer não aceitava essa idéia nem a de que os estudantes podiam adiar a convocação, enquanto outros jovens eram tirados imediatamente do seu lar pelo fato de não estarem estudando.

Certo dia, Stainer resolveu alistar-se. Após ser convocado, pretendia ausentar-se para ser preso e sensibilizar a opinião pública com seu protesto.

Depois de um mês, foi chamado para o exame médico e seu alistamento foi aprovado. Entretanto, na entrevista, foi-lhe recomendado que retomasse os estudos na universidade. Na realidade, essa foi a forma que os oficiais encontraram para evitar a convocação de Stainer, temendo por suas ações na Marinha.

Embora os combates ocorressem no distante Vietnã, a sociedade americana sofria as conseqüências desse conflito. Os jovens enfrentavam o temor e a insegurança de serem convocados e isso provocava uma forte desolação espiritual. Por não terem como aliviar essa indignação, muitos correram para o mundo da bebida, das drogas e dos crimes.

Por outro lado, os soldados que retornavam do campo de batalha enfrentavam uma vida miserável. Na maioria eram jovens mutilados física e espiritualmente — perderam braços, pernas e carregavam um profundo ferimento no coração. Não conseguiam apagar da mente as terríveis imagens dos companheiros de guerra mortos em bombardeio ou dos vietcongs que tiveram de matar. Essa agonia os perseguia dia e noite, arrancando-lhes toda a vitalidade e transformando-os em “cadáveres ambulantes”.

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