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Experiência & Comportamento
A fé no Sutra de Lótus e a evolução da medicina na recuperação de uma vida
Nova Revolução Humana
BS
PONTE DE OURO - 29
03/04/2004
— Estou decidido a devotar toda a minha vida juntamente com vocês até eliminar a miséria do nosso mundo. Bradarei por todos os cantos o nobre espírito do meu venerado mestre Jossei Toda e combaterei implacavelmente as autoridades corruptas e arrogantes.
Nessas palavras estava contida a determinação com que Shin-iti executaria a proposta que seria apresentada no decorrer de seu discurso. A platéia percebeu que algo muito importante estava prestes a acontecer. Por isso, aguardava atenta e em silêncio as palavras do presidente Yamamoto.
Shin-iti discorreu inicialmente sobre a manifestação estudantil que se alastrava por todo o Japão naquele ano. A greve dos estudantes havia começado em diversas universidades de Tóquio e se propagara rapidamente para outras regiões. De acordo com o relatório da delegacia central de polícia, estudantes de 54 universidades estavam em greve no início de julho.
Embora fosse aparentemente uma greve geral, os estudantes de cada universidade tinham motivos diversos para cruzar os braços. No caso da Universidade de Tóquio, a greve era uma iniciativa dos estudantes de Medicina que discordavam das novas regras impostas pela diretoria dessa faculdade. Na Universidade do Japão, a greve foi motivada por um desfalque financeiro mal explicado pela diretoria. Havia também outros motivos, como o aumento da mensalidade, a eleição para reitor, a mudança do campus universitário, a construção do centro cívico estudantil, entre outros.
Em cada universidade, a reação da diretoria diante da manifestação dos estudantes era diversa. No entanto, a prepotência, a imposição e exclusão do diálogo eram pontos comuns em todas as universidades.
As escolas que tiveram suas instalações invadidas e dominadas pelos estudantes, recorreram às tropas de choque para expulsá-los. Essa medida indignou também os estudantes de outras escolas e o movimento expandiu-se em sinal de protesto e de solidariedade.
Os estudantes criaram então um organismo para coordenar o movimento e concentrar os esforços na reivindicação de reformas administrativas e na democratização das universidades.
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