Nova Revolução Humana
BS
URSA MAIOR- 23
10/07/2004
O casal dedicava-se com sinceridade e oferecia toda a assistência aos companheiros que passavam por alguma dificuldade. Por esse motivo, eles cativavam a estima de todos, como se fossem pais ou irmãos.
Alguns anos depois, os habitantes da ilha enfrentaram um período de escassez na pesca. Assim como muitas outras famílias, o casal Horiyama resolveu tentar a pesca em outra região. Fecharam a casa e partiram, deixando seus filhos com o vizinho.
O casal trabalhou muito e teve sucesso. Porém, estavam sempre preocupados com os companheiros que haviam deixado na ilha. Todos tinham pouco tempo de prática e precisavam do apoio deles para superar suas dificuldades. Com o passar dos dias, a preocupação tornava-se cada vez maior, a ponto de não conseguirem trabalhar com tranqüilidade.
Chie disse de repente:
— Vamos voltar para casa! Não adianta ganhar dinheiro com o coração apertado. Nós temos companheiros que estão aguardando por nossa volta. Mesmo que a vida seja difícil em Rishiri, é lá que devemos cumprir nossa missão em prol do Kossen-rufu!
Choji concordou com sua esposa e os dois resolveram voltar para Rishiri. A partir de então, o casal nunca mais deixou a ilha para trabalhar em outro lugar. Quando a pesca não dava resultados, Chie procurava ajudar o marido fazendo serviços domésticos na vizinhança. Muitas vezes, ouvia algum desaforo de suas patroas.
— Você diz que sua religião é maravilhosa. Mas, antes disso, você deveria ver a si mesma. Você não acha que sua aparência é miserável!
Chie respondia sorrindo:
— Falar da aparência dos outros é muito fácil. Isso significa que seus olhos conseguem avaliar uma pessoa somente pela sua aparência. Por isso, nunca conseguirá ver o verdadeiro valor de uma pessoa e muito menos a maravilhosa filosofia de vida exposta no budismo.
Por mais que fosse ofendida, Chie estava decidida a propagar o budismo e transformar a ilha num jardim de felicidade.
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