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Caderno Nova Revolução Humana

Capítulo: “Ode às mães”

Volume 24, Partes 10 a 18

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09/08/2014

Capítulo: “Ode às mães”

Parte 10

À medida que o Festival Cultural de Tóquio prosseguia, os membros da equipe de ginástica montada da Divisão Masculina de Jovens iniciaram uma apresentação intitulada Canção da Juventude. Acompanhado pela vigorosa canção da Soka Gakkai, um membro declamou de forma vibrante um poema de Shin’ichi também chamado Canção da Juventude.

No palco, os jovens formaram com o próprio corpo uma ponte, um moinho de vento e um foguete. Em seguida, formaram uma pirâmide humana. A atuação dinâmica arrancou suspiros da plateia e seus olhos permaneciam grudados no palco.

Os integrantes da divisão, com seus uniformes alaranjados, começaram a formar uma torre humana de cinco andares, o número mais desafiador. Os vinte jovens que formavam a base da torre se levantaram vigorosamente em perfeita união. Em seus ombros estavam agachados dez integrantes que formavam o segundo andar; cinco, o terceiro; três constituíam o quarto; e um, o quinto andar. Enquanto a Canção dos Companheiros tocava, o segundo andar levantou, seguido pelo terceiro. A torre começou a balançar. O quarto andar levantou e então o quinto. Naquele momento, a torre inteira de corpos começou a balançar e caiu.

— Ah! — o público suspirou. Que pena! Eles falharam!

Masao Ishigami, vice-responsável pela sede de Edogawa, ficou em estado de choque. Ele era encarregado dessa parte da apresentação e esteve sinalizando para os outros membros do centro da torre.

A decisão de colocar a ginástica montada da Divisão Masculina de Jovens no Festival Cultural de Tóquio foi tomada em trinta de agosto. A decisão partia do princípio de que a apresentação de ginástica era a forma ideal de expressar o espírito da Gakkai, e que eles tentariam formar uma torre humana com cinco andares. Essa formação impressionante passou a fazer parte de festivais da Soka Gakkai em muitas ocasiões. Presumia-se que seria necessária uma preparação de um mês para que conseguissem concluir o número, porém eles tiveram apenas cinco dias antes do festival. Parecia um desafio impossível.

Mas os jovens estavam dispostos. Eles tinham decidido que seriam vitoriosos sem falta. Para eles, quanto maior o desafio, maiores eram a paixão e o espírito de luta.

PARTE 11

Masao Ishigami, responsável pela torre humana de cinco andares (imagem da p. C3), clamou aos membros:

— Sejamos vitoriosos nesta torre de cinco andares, conhecida por sua dificuldade, e demonstremos nosso invencível espírito da Gakkai!

Ishigami estava profundamente determinado em erguer a torre com grande sucesso e sem acidentes.

No primeiro dia de ensaio, tentaram construir os primeiros quatro andares da torre. A posição dos membros estava instável. Apesar de sua apreensão, insistiram em formar a torre. Dois membros do quarto andar caíram, desequilibrando-se para a parte externa da formação. Ishigami imediatamente se atirou em direção ao local em que caíam, esperando amenizar o impacto. Um dos jovens caiu sobre as costas de Ishigami e o outro, nos ombros. Foi um desabamento bem executado. Nenhum dos jovens nem Ishigami se machucaram.

Todos estavam profundamente comovidos pela atitude de Ishigami, que amorteceu a queda dos dois rapazes com seu próprio corpo. O incidente deixou o grupo mais consciente de que a falta de cuidado poderia resultar em um sério acidente. A partir daquele momento, o coração de todos se tornou uno.

Como o historiador britânico Arnold J. Toynbee (1889-1975) observou: “Não há líder sem coragem”.

Ishigami era um farmacêutico que tinha uma drogaria. Ele jogou beisebol desde o primeiro ano do ensino fundamental 1 até o ensino médio, portanto, sabia como mergulhar de cabeça. Sua disposição de arriscar o próprio corpo para proteger os membros vinha de seu juramento ao presidente Yamamoto.

O pai de Ishigami era da península da Coreia e sua mãe, japonesa. Ele nasceu e foi criado em Tóquio, na segunda geração de uma família coreana que residia no Japão e enfrentou injusta discriminação repetidamente desde a infância.

Quando estava no primeiro ano, ele entrou para o time de beisebol local. O técnico era um membro da DMJ da Soka Gakkai e nunca o discriminou ou o desprezou; ele sempre o protegeu e o tratava bem. Ishigami era muito carinhoso com seu técnico e o seguia para todos os cantos, até mesmo às reuniões da Soka Gakkai.

PARTE 12

Sempre que Ishigami ia às reuniões com seu técnico do time de beisebol, os adultos o tratavam como seu filho ou neto.

Ishigami acabou gostando da Soka Gakkai. Começou a frequentar voluntariamente as atividades. Sempre que comparecia às reuniões de palestra, os membros o incentivavam dizendo: “Estou tão contente que você veio! Estude muito na escola e seja bem-sucedido na sua vida!”. Até aquele momento, Ishigami não havia aberto o coração para os japoneses, que geralmente o tratavam com frieza e desdém por seu pai ser coreano. Ele jamais foi agredido por causa de sua origem, mas foi por meio de sua interação com os membros da Soka Gakkai que sentiu pela primeira vez calor humano e gentileza com ele.

O jovem pensou: “Nunca imaginaria que um grupo de pessoas tão amigas pudesse existir!”.

O budismo afirma que a natureza de buda existe em todas as pessoas – uma filosofia de igualdade e respeito pela vida. Ela rejeita o preconceito e a discriminação, incluindo os de nacionalidade ou etnia. A família Soka é uma aliança espiritual global e pessoas.

Ouvindo seu filho fazer as orações da Soka Gakkai, a mãe de Ishigami ingressou na organização antes mesmo dele. Um ano e meio depois, toda a sua família, inclusive Ishigami, seguiram o exemplo.

Durante o ensino médio, Ishigami foi escolhido para jogar em um time de beisebol formado pela segunda geração de coreanos que residiam no Japão. Em sua primeira visita à Coreia do Sul, fez bons jogos e ficou por lá cerca de quarenta dias. Queria muito visitar a cidade natal de seu pai e ficou muito empolgado com a possibilidade.

Porém, ele não sabia falar coreano e, tendo uma mãe japonesa e residindo no Japão, só aumentou a sensação de abismo que o separava dos coreanos.

“Não sou nem coreano nem japonês. O que sou? Qual é a minha nacionalidade?” Ele começou a ter dúvidas fundamentais sobre sua identidade.

Após se formar, entrou para a Faculdade de Farmácia. Apesar de participar nas atividades da Soka Gakkai como membro da Divisão dos Estudantes, não conseguia se livrar da sensação de mal-estar que o afligia.

Nutria a esperança de um dia se encontrar com o presidente Yamamoto e poder relatar a ele seu sofrimento e receber direcionamentos.

PARTE 13

Em março de 1969, quando Masao Ishigami estava no terceiro ano da universidade, ele teve a oportunidade de visitar a Sede Central da Soka Gakkai, em Shinanomachi, Tóquio, onde se encontrou com o presidente Yamamoto (imagem da p. C5).

— Sensei, há algo que gostaria de perguntar ao senhor – disse Ishigami.

Ele começou a falar sobre as questões que o vinham incomodando, incluindo a persistente dúvida de sua identidade e se deveria ser considerado japonês ou coreano.

Shin’ichi assentia com a cabeça repetidamente à medida que ouvia Ishigami. Quando o jovem rapaz terminou, olhou-o diretamente em seus olhos e disse:

— Sim, posso ver quão difícil isto tem sido para você.

Então, falou mais enfaticamente:

— Viva como um cidadão do mundo. Você não tem de se preocupar se é japonês ou coreano. Seja um cidadão do mundo. Adote uma perspectiva mais ampla. Além disso, permaneça na Soka Gakkai por toda a sua vida e se dedique à felicidade dos outros. Este é o verdadeiro caminho para a felicidade.

Ishigami foi surpreendido. Ele sentiu como se os limites estreitos do seu estado de vida tivessem desaparecido. “Sim”, pensou, “Sou parte da rede de amigos Soka que se espalha por todo o mundo. Eu deveria manter meu foco no kosen-rufu mundial. Não há motivos para me preocupar!” A coragem brotou de dentro dele.

Seis anos mais tarde, em janeiro de 1975, a SGI foi fundada. Ishigami soube que, ao assinar o livro de convidados na Primeira Conferência da Paz Mundial, realizada em Guam, Shin’ichi havia assinalado sua nacionalidade como “Mundo”. Ishigami percebeu: “O conselho de Sensei sobre viver como um cidadão do mundo era reflexo dos seus próprios sentimentos”. Naquele momento, ele fez uma promessa silenciosa para Shin’ichi: “Junto com o senhor, dedicarei a minha vida para a paz do mundo e à felicidade da humanidade. Irei sempre proteger os nobres membros da Soka Gakkai!”.

Foi essa promessa que estimulou Ishigami a usar seu corpo para proteger os jovens que caíam quando a torre entrou em colapso no ensaio para o Festival Cultural de Tóquio.

PARTE 14

Apesar de terem começado a treinar, os membros estavam tendo dificuldades para erguer a torre humana. Em três de setembro, eles estavam ensaiando à margem do rio do bairro de Ota, em Tóquio. Infelizmente, naquela noite começou a chover. Ainda que estivessem ensopados, eles continuaram tentando. A camisa estava coberta com a lama dos pés dos componentes que subiam em seus ombros e costas. A chuva fria que caía, parecia agulhas que perfuravam-lhes a pele e suas roupas ficaram bem escorregadias.

— Tenham cuidado! Continuem tentando! Ergueremos uma hoje! — bradavam uns aos outros, estimulando-se, e continuavam a tentar novamente por várias vezes, mas não eram capazes de completar a torre. Quando terminaram de treinar, todos estavam exaustos, preocupados e ansiosos pensando que talvez nunca tivessem sucesso.

— Precisamos recitar daimoku! Amanhã iremos conseguir com certeza! Não há razão para não conseguirmos, gritou um dos componentes do grupo.

Naquela noite, todos recitaram vigoroso daimoku até tarde da noite. Os líderes da equipe de ginástica se dedicaram a um intenso diálogo a respeito de como poderiam construir a torre humana com êxito.

Repetir o mesmo procedimento indefinidamente e de forma negligente não é o mesmo que desafiar o problema. A chave para o sucesso está em descobrir as causas da falha e então encontrar uma nova forma de construir um resultado favorável.

No dia seguinte, quatro de setembro, eles praticaram desde a manhã no campo de futebol da Universidade Soka. A chuva já havia parado. Eles estavam confiantes de que teriam sucesso naquele dia. Um pouco depois das onze e meia da manhã, conseguiram construir quatro níveis da torre. Então um deles se levantou no topo e esticou seus braços, completando o quinto nível (imagem da Capa).

— Ele se levantou! Ele conseguiu!

Gritos e aplausos surgiram dos seiscentos ou mais membros da ginástica, que estavam praticando nas redondezas. Eram muitos os gritos de vitória.

Assim que todos os membros desceram da torre de cinco andares, eles choraram e dançaram com alegria, abraçaram-se e se parabenizaram. As pegadas dos vinte jovens do nível mais baixo da torre estavam impressas no campo, comprovando o grande peso que sustentaram em seus ombros.

PARTE 15

No dia quatro de setembro, o primeiro dia em que conseguiram levantar a torre humana de cinco andares, um ensaio geral foi realizado e a equipe foi capaz de erguer a torre por sete vezes. Confiantes, esperavam pelo Festival Cultural de Tóquio no dia seguinte. Entretanto, como afirmou certa vez o grande primeiro-ministro britânico Winston Churchill (1874-1965): “Você não deve afrouxar de forma alguma o seu vigilante estado de espírito.”

Durante o festival, enquanto Shin’ichi Yamamoto estava assistindo, a torre desmoronou antes de completar. A princípio, nenhum dos ginastas podia acreditar no que acabara de acontecer, e estavam em choque. Todos os presentes no salão lotado seguraram o fôlego e olhavam com tensão para o palco. O silêncio perdurou por vários segundos. No momento seguinte, uma chama acendeu no coração dos ginastas. Eles sentiram que aquilo não poderia terminar daquela maneira. Então, clamaram uns com os outros:

— Vamos lá! Vamos tentar novamente!

Os espectadores apoiavam:

— Vocês conseguem!

Reunidos ao redor de Masao Ishigami, responsável pela torre, os vinte homens do nível mais baixo da torre deram-se os braços e adotaram suas posições para mais uma tentativa. A música gravada tocou novamente. O som dos trompetes ecoou assim que a Canção da Revolução Humana começou. Nas laterais do palco, os outros participantes que esperavam a vez de se apresentarem recitavam daimoku mentalmente.

Ishigami gritou:

— Tudo bem! Primeiro nível, erga-se!

Os membros do primeiro andar se levantaram, mas seus ombros e braços tremiam. Eles estavam exaustos dos ensaios do dia anterior.

A música Canção da Revolução Humana foi reforçada pela voz que começou a recitar o poema Canção da Juventude:

Jovens!

Vocês devem continuar vivendo.

Acima de tudo, vocês devem continuar vivendo.

Como líderes em uma brilhante revolução total,

Resolutamente vocês alcançarão sua vitória na história.

PARTE 16

O segundo andar da torre humana se levantou, seguido do terceiro. Contudo, o segundo e o terceiro andares começaram a balançar.

— Levantem-se! Levantem-se!

Os integrantes da plateia, ansiosos, fixaram os olhos no palco com toda a atenção.

Após segurarem o fôlego como se esperassem que o tremor da torre parasse, os três jovens do quarto nível começaram sua subida. A torre cambaleou dramaticamente.

— Cuidado!

O pé de um dos ginastas escorregou do ombro de um dos componentes. Seu pé foi segurado por Takeshi Morikawa (imagem da p. C7), que estava no terceiro nível. Morikawa era um líder de comunidade da Divisão Masculina de Jovens do bairro Sumida, em Tóquio.

Uma torre humana de cinco andares requer um senso de equilíbrio apurado para ter êxito. Se um membro perder a base dos pés, o equilíbrio fica comprometido e uma carga pesada recai sobre os outros na formação. Se não tiver um contrapeso, a torre desabará.

“Apenas eu posso segurá-lo. Se eu cair, toda a torre irá ao chão!” Morikawa pensou, cerrou os dentes e o segurou com toda a sua força. Contraiu os músculos da face com todo o esforço e seus braços e ombros tremiam.

“Levante-se!” — bradou ele dentro do seu coração, fazendo o que podia para se segurar enquanto recitava daimoku.

Morikawa acreditava no desafio pessoal para superar suas limitações.

Quando Morikawa era um aluno do terceiro ano do ensino fundamental, sua mãe faleceu de câncer no estômago. Ele era o segundo filho de cinco crianças e seu irmão mais novo tinha apenas dois anos naquela época. Depois da morte de sua mãe, sua avó tomou conta das crianças. Logo após se graduar do ensino médio, em Shizuoka, ele conseguiu um trabalho em uma construtora em Tóquio. Seu sonho era se tornar um carpinteiro.

No começo, a única tarefa que confiaram a ele foi a de limpeza, além de guardar as coisas. Naquela época, os novatos eram especialistas em aprender pela observação e nenhum dos responsáveis de Morikawa deu qualquer treinamento formal a ele. Mas se dessem algo e ele não conseguisse realizar, o reprovariam. Aos poucos, ele começou a se desesperar.

O presidente da empresa e sua esposa incentivavam Morikawa. Eles também eram membros da Soka Gakkai. Impressionado pelo calor e pela sinceridade deles, Morikawa decidiu entrar para a organização.

PARTE 17

Após o trabalho, Takeshi Morikawa participava de atividades da Soka Gakkai junto com os veteranos da DMJ. Todos os membros eram calorosos e incentivadores. Eles o incentivavam de coração: “Não importa quão difícil seja, você precisa continuar tentando. Superar as adversidades o tornará mais forte”. E quando ele frequentava as reuniões de palestra, às vezes um membro da Divisão Feminina entregava-lhe um pouco de arroz e dizia: “Eu sei que você sentirá fome tarde da noite”.

A Soka Gakkai pode ser considerada um manancial de sinceridade e incentivo nutrindo a sociedade contemporânea, que pode ser tão árida como um deserto. Morikawa experimentou o calor da família Soka. Isso aliviou sua solidão e deu a ele apoio emocional. Ele sofria de total falta de confiança. Não tinha mãe, conseguira apenas terminar o ensino médio e era de uma família pobre – todas essas questões contribuíram para que ele tivesse complexo de inferioridade e se sentisse fracassado.

Quatro anos após começar a trabalhar na construtora, Morikawa fez uma viagem de volta a Shizuoka, sua cidade natal. Lá, encontrou-se com um ex-colega do ensino médio. O amigo, que também objetivava se tornar carpinteiro, disse que já obtera as habilidades necessárias para construir uma casa. Ao ouvir isso, Morikawa foi tomado por um sentimento de que estava ficando para trás. Tinha ódio de si mesmo e estava deprimido.

Ao retornar a Tóquio, ele compartilhou seus sentimentos com um líder da DMJ, que respondeu:

— Por que você sempre se compara com os outros e decide que não é bom o suficiente, tornando-se infeliz? Você está apenas tentando manter as aparências. Por que você está praticando este budismo mesmo? Os escritos de Nichiren Daishonin afirmam: “Você jamais deve pensar que algum dos oito mil ensinamentos sagrados da existência do buda Shakyamuni ou que algum buda e bodisatvas das três direções e três existências estão em outro lugar a não ser dentro de você (WND, v. 1, p. 3)”. Todos os inúmeros ensinamentos do budismo e todos os budas e bodisatvas estão em você. E sua vida contém uma força nobre, suprema e sem limites que vai além da sua imaginação. Você é um bodisatva da terra que apareceu neste planeta para cumprir com uma missão que é sua, apenas sua. Você é insubstituível, um ser preciosamente incrível, é único no mundo!

PARTE 18

O responsável de Morikawa da Divisão Masculina de Jovens continuou a conversar com ele com convicção:

— Não há motivo algum para que você se compare com os outros e então ficar deprimido e se sentir negativo consigo. Comparar-se com os outros e permitir que isso controle sua vida é o que Daishonin se referia quando escreveu: “Tais estudiosos do budismo estão condenados ao não budismo (WND, v. 1, p. 4)”. Você deveria se concentrar em extrair o vasto estado de vida que possui. Quando o fizer, será capaz de brilhar ao máximo e experimentar uma felicidade indestrutível. Deveria desafiar suas limitações e não o que pensa serem as conquistas dos outros. E deveria desafiar suas próprias fraquezas, triunfar sobre si mesmo. Você deve pacientemente polir e aperfeiçoar a si mesmo e viver sua própria vida!

Morikawa concordou plenamente. A partir daquele momento, abraçou cada atividade com o objetivo de desafiar a si mesmo e superar suas limitações.

Três anos mais tarde, reconstruiu sozinho a casa de sua família em Shizuoka.

Esperando se polir e treinar ainda mais, ansiou por sua participação no Festival Cultural de Tóquio em 1976.

No terceiro nível da torre de cinco andares, Morikawa continuou a sustentar o componente do nível acima, aquele cujo o pé havia escorregado de seu ombro. O peso era tanto que ele mal conseguia respirar, e cada segundo parecia cinco ou dez minutos.

Os três rapazes do quarto nível mantiveram-se firmes com os braços enlaçados, seus troncos se curvaram como um camarão ao se apoiarem. A torre cambaleou dramaticamente, e eles foram incapazes de se levantar. Finalmente o balanço parou. Apesar de os componentes do quarto nível não terem se levantado, conseguiram manter o equilíbrio. Se o quinto nível tivesse de subir, aquele era o momento ou, talvez, se o quinto homem tentasse se levantar, a estrutura toda poderia desmoronar.

Masao Ishigami não estava certo sobre o que fazer, mas decidiu que seria aquele o momento ou nunca mais. Do meio da torre, ele gritou:

— Quinto nível, suba!

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