Brasil Seikyo
Por clique para buscar
EntrarAssinar
marcar-conteudoAcessibilidade
Tamanho do texto: A+ | A-
Contraste
Cile Logotipo
Relato

Ao meu querido mestre

Ariana Kelly dos Santos, CRJ, 28 anos, solteira, assistente social, responsável pela DFJ da RM Guanabara, vice-responsável pela DFJ da Sub.Norte e vice-responsável pela Divisão dos Universitários. Pratica o budismo há 19 anos.

ícone de compartilhamento

11/10/2014

Ao meu querido mestre
Recentemente, Ariana participou pela primeira vez de um curso de aprimoramento da SGI no Japão. Desse momento ímpar, ela guarda muita alegria e, no coração, mantém o juramento de viver com coragem e esperança. “Tenho a convicção de que posso vencer a tudo, principalmente a mim mesma. Transformei uma vida sem perspectivas em uma repleta de grandes sonhos!”

Quando iniciou a prática do Budismo de Nichiren Daishonin junto com a mãe, era uma garota de 9 anos que enfrentava muitos problemas. “Nasci em uma comunidade do Rio de Janeiro muito pobre, e por conta das dificuldades a maioria dos jovens não tem sonhos.”

A prática do budismo a fez transformar aos poucos aquela difícil realidade e sua vida tomou outro rumo. “Com 10 anos entrei para a banda feminina Nova Era Kotekitai, onde permaneci por dezesseis anos. Nesse grupo, aprendi o que é ter um mestre, a me fortalecer para me tornar uma grande mulher e também a amar e respeitar os pais. Tinha muita dificuldade de relacionamento com minha mãe. Passei a recitar daimoku para manifestar verdadeira gratidão e amor por ela e hoje temos uma relação de carinho e companheirismo.”

VENCI AS CIRCUNSTÂNCIAS

Ariana não pôde estudar em boas escolas e, quando chegou a época de prestar vestibular, esforçou-se ao máximo para ser aprovada em uma instituição renomada. “Cursei uma das melhores universidades públicas do Rio de Janeiro, me formando em 2011.”

Embora tenha vencido nos estudos, no período da faculdade ela relembra que travou uma verdadeira batalha interior que a fazia sofrer. “Eu me aproximei muito de uma teoria que tem como base a análise da sociedade pela luta de classes. Com isso, comecei a nutrir sentimentos de impotência, negativismo e fatalismo diante dos problemas sociais, postura que não condiz com a filosofia humanista do budismo.”

Diante de muitos questionamentos, o sólido alicerce que construiu com base no humanismo Soka fez a esperança brilhar novamente em seu coração. “Recitava forte daimoku, dialogava com companheiros veteranos e jovens, e passei a estudar o budismo mais a fundo para compreender a minha vida. Não parei de ir às ativida­des, por ter jurado jamais trair o Mestre. Decidi mudar meu coração e venci!”

O juramento a qual se refere foi feito no 3 de Maio de 2009 e tem sido a base da sua vida. “Naquele ano concretizei meu shakubuku, e no ano seguinte também.”

No fim de 2012, ela assumiu a vice-liderança da Divisão dos Universitários(DUni) da CRJ e revela: “Resgatei em meu coração a pureza da unicidade de mestre e discípulo. Hoje, meu sentimento é de ser uma profissional humanista que representa dignamente os ideais Soka na sociedade”.

Ao derrotar a própria negatividade também se reaproximou do irmão. “Não conversávamos havia dois anos e, mesmo tendo diferenças, aprendi a respeitá-lo como ser humano”, afirma.

SER FORTE É VENCER

Um difícil momento para Ariana foi o falecimento de um querido amigo em novembro do ano passado. “Isso me causou uma dor imensa. Com sua morte pude entender o que Nichiren Daishonin diz quando cita que a vida passa rapidamente, como num piscar de olhos, e que se temos que nos dedicar a algo, então que seja pelo kosen-rufu. Renovei meu juramento de me dedicar eternamente à felicidade das pessoas.”

Com essa determinação, ela superou tamanha perda e o maior desafio de sua vida: “Em abril deste ano, contraí tuberculose. Que oportunidade! Num primeiro momento tive medo, pois achei que iria morrer, e aí me lembrei que não podia porque fiz um juramento visualizando o ano 2030. Sou Ikeda Kayo Kai e preciso cumpri-lo!”

Durante o tratamento, Ariana teve de evitar o contato com as pessoas por quinze dias, período em que a BSGI consolidava a campanha dos 100.

Além do mais, em doze dias, ela assumiria uma nova liderança na organização. “Li uma orientação do Ikeda Sensei que dizia: ‘A doença não é sinal de uma fé fraca. A verdadeira função da doença é fortalecer ainda mais a prática da fé, ser o ponto crucial para a revolução humana e aprofundar nossa condição de vida para manifestarmos o estado de buda neste momento. Por isso, quando alguém encara a maldade da doença sem medo, desperta para sua realidade e percebe como sua vida é digna. No coração da pessoa que está determinada a viver sempre com a Lei Mística encontra-se a eterna vida de um buda’.”

Ela conta que, decidida a eliminar a doença, recitou sincero daimoku com o desejo de realizar o kosen-rufu. “Minha primeira vitória foi ter sido liberada pela médica para participar da minha entrevista para a nova função na organização. Em seguida, retomei o ritmo das atividades, contribuindo para a vitória na luta dos 100.Envolvemos mais de 2.400 jovens na Sub. e, durante a campanha, apresentei o budismo para duas amigas.”

UMA VIDA SIGNIFICATIVA

Foi o sonho de visitar as terras do Mestre que permeou a batalha de Ariana contra a doença. “Orava para conquistar a vitória! Um dos objetivos era me fortalecer para que meu organismo vencesse a bactéria da tuberculose até o curso de aprimoramento, que ocorreu em julho, mês no qual fiquei sabendo da minha aprovação para ir ao Japão. Venci novamente!”

Em meio aos desafios, a jovem jamais perdeu o brilho e a convicção. Na organização de base, sua história incentiva muita gente. “Para o treinamento, queria levar ao Mestre o sentimento de cada companheiro(a) do Brasil. Desafiei ainda mais no encontro de vida a vida, e antes da partida consegui me encontrar com 37 jovens da DUni e da DFJ.”

Suas vitórias não param por aí. A moça concluiu a pós-graduação e iniciou um curso de idiomas. “Assim, lutarei ainda mais pela paz mundial, dialogando com pessoas de diferentes países.”

Quando perguntada a respeito do que guarda dessa incrível história de superações, ela responde: “Ao longo dos anos de prática, me transformei em uma jovem cheia de sonhos e paixões quase impossíveis para alguns. Meu sentimento é somente de agradecer ao Mestre por todos os incentivos e tranquilizá-lo.”

Ela finaliza citando o brado: “‘O que constrói a nova era são a força e a paixão dos jovens’; Sensei, o kosen-rufu é minha vida! Conte com os jovens do Brasil, vamos vencer com 200 mil cidadãos Ikeda até 2030, ano da centenário da Soka Gakkai!”.

Compartilhar nas