Conheça o Budismo
BS
Um ato de extrema gentileza e coragem
Dentre as coisas boas que se pode fazer por alguém, shakubuku é a melhor delas. A prática do shakubuku é a essência do budismo e a alma da Soka Gakkai Internacional (SGI) porque é infalível, transforma a vida na raiz e cria ondas de felicidade que impactam diretamente a sociedade. Para quem deseja transformar o mundo, a prática mais eficaz é o shakubuku.
18/02/2017
Shakyamuni: a prática da propagação sempre existiu
Budismo é uma religião de prática e nasceu 500 anos antes de Cristo como um modo ativo de vida por meio do shakubuku — o ato de iluminar a si mesmo e compartilhar essa iluminação com os demais visando a paz social.
No livro O Buda Vivo, o presidente Ikeda descreve que o fundador, Shakyamuni, logo que atingiu a iluminação iniciou diálogos com pequenos grupos para compartilhar suas descobertas.
A quantidade de discípulos foi crescendo e assim que alicerçou as bases desta “nova organização religiosa” (p. 99) o Buda iniciou uma longa viagem para propagar seu ensinamento até a cidade de Uruvela.
Mas seus cerca de sessenta fiéis discípulos não o acompanharam. Foram, sim, escalados para viajar individualmente, cada um em uma cidade, “para assim disseminar esses superiores ensinamentos e demonstrar a maneira correta de pô-los em prática, no interesse da paz e da felicidade do mundo. Não deviam seguir em grupos de dois ou três, mas sozinhos, assim como ele mesmo [Shakyamuni] ia, e transmitir os ensinamentos a tantas pessoas quanto possível” (p. 100).
Budismo não é apenas um sistema de filosofia nem uma religião para quem simplesmente deseja passar o tempo num mundo de tranquila meditação — ao contrário, “no interesse da paz e da felicidade do mundo”, devemos realizar o shakubuku por espontânea vontade, como núcleo da prática budista.
O Mestre ensina essa prática para que lapidemos o caráter, aprofundemos a fé e adquiramos “plena autodisciplina e controle” (p. 100).
“Esse procedimento adotado por Shakyamuni indica mais do que qualquer outra coisa o grau em que o budismo é uma religião de prática”, conclui o presidente Ikeda
Daishonin: quem faz shakubuku é um buda
“Recitar Nam-myoho-renge- kyo e possibilitar que outros façam o mesmo é a tarefa mais importante nesta existência” (Os Escritos de Nitiren Daishonin, v. 1, p. 169).
Nichiren Daishonin deixa claro que a meta maior do budismo é a felicidade de si e de todos à sua volta.
O Gohonzon deixado por ele existe para nos devotarmos por meio da sincera recitação do Nam-myoho-renge-kyo e, em paralelo, o propagarmos. Praticar o daimoku inclui sentir alegria ao recitá-lo e entusiasmo ao propagá-lo: é um processo humano natural e prezeroso. É uma fé ativa e completa porque começa no íntimo de cada pessoa e abarca a sociedade e o mundo.
Daishonin ensina que devemos empregar toda a nossa habilidade ao propagar o Gohonzon. Shakubuku é um ato difícil, mas em unicidade com a fé do Mestre torna-se viável e muito mais simples. É um ato generoso que ativa o que temos de melhor. O presidente Ikeda afirma:
“Ao mesmo tempo que ensinava aos seus discípulos o espírito de shakubuku de não poupar a própria vida, Nichiren Daishonin também enfatizava a importância de demonstrar às pessoas uma genuína cortesia e respeito e de conduzir-se com sabedoria (BS, ed. 1.447, 7 fev. 1998, p. 3).
Fazer shakubuku é orar sinceramente pelos amigos, usar a sabedoria para dialogar com eles e compartilhar da alegria da prática na SGI. É uma ação autenticamente humana que provoca boa sorte incalculável.
Transformação completa
Shakubuku é uma prática completa, perfeita e transformadora. Seu impacto é vasto. O presidente Ikeda analisa sua grandiosidade:
O principal caminho para a criação de indivíduos capazes é o shakubuku e o movimento de propagação do ensino. A prática e a concretização do shakubuku desenvolvem as pessoas em sua essência e fortalece a sua energia vital.
Shakubuku é o caminho direto para construir uma sociedade em que a paz e a cultura floresçam verdadeiramente. Enfim, é propagar a Lei Mística.
Está elucidado que praticar o shakubuku é centenas e centenas de milhões de vezes mais extraordinário que qualquer ação de bem.
Por que o ato de realizar o shakubuku é tão fabuloso? Porque permite a si e ao outro manifestar imediatamente sua condição de buda. E, assim, podem trilhar juntos uma existência feliz que não se abala por nada, independentemente do que aconteça. Por isso, os benefícios dessa ação são tão grandiosos. (BS, ed. 2.120, 18 fev. 2002).
O shakubuku praticado na SGI é a maiz eficaz prática de transformação humana porque abarca a “criação de valores”, a energia vital, a paz social, a mudança mental ampla, os benefícios, a manifestação imediata do estado de buda; é tudo de bom!
O círculo da felicidade
Quanto mais shakubuku fazemos, mais alegria sentimos e mais impacto causamos na sociedade porque as pessoas começam a mudar a si e ao redor.
Propagar a Lei Mística é um ato que não desaparece nem com a morte pois a Lei Mística compartilhada com os amigos permanece ativa na vida deles por gerações. O presidente Ikeda orienta:
Ao longo da vida, ficam várias lembranças, mas o shakubuku realizado é a recordação mais preciosa e dourada. Ajam; tomem a iniciativa e promovam o intercâmbio de relações humanas. Isso leva ao shakubuku. É uma ação de suprema importância em conformidade com a Lei da Vida, é uma lembrança que jamais se apaga, por toda a eternidade (BS, ed. 2.120, 18 fev. 2012).
A maior riqueza
Praticar o shakubuku muda a vida da pessoa para sempre porque ela passa a usufruir de coisas eternas — o Gohonzon, o daimoku, o Mestre, a Lei Mística etc.
Qualquer outro ato de bem provoca mudanças apenas passageiras e parciais. O shakubuku possui tanta energia que abarca o passado inteiro, injeta alegria extrema no presente e muda radicalmente o futuro. O presidente Ikeda analisa:
Ainda que você ofereça muitas riquezas a uma pessoa, isso não é garantia da felicidade absoluta. O que garante a felicidade absoluta é o shakubuku. Os membros da SGI realizam essa prática. Eu, o terceiro presidente, desde a minha juventude, também pratico de coração o shakubuku. Agir assim é a preciosa e eterna “lembrança de sua presente vida neste mundo humano”. No Brasil, todos os treze mil jovens fizeram o juramento seigan na Convenção de 3 de Maio de 2009, e concretizaram, individualmente, o shakubuku. É um admirável exemplo de cumprir com orgulho o que se promete (Terceira Civilização, ed. 520, dez. 2011, p. 26).
Até não sobrar ninguém
Imagine a poderosa energia manifestada na vida de uma pessoa decidida a transformar a realidade de todos os indivíduos deste mundo até não sobrar ninguém infeliz?
Esta força vital de máxima benevolência surge da pessoa que se une ao mesmo propósito do Ikeda sensei: ela manifesta a mesma força, o mesmo estado de vida, boa sorte e sabedoria dele.
Vamos, espontânea e gentilmente, compartilhar a alegria da unicidade de mestre e discípulo com todos.
Quanto mais se dedica a isso, mais júbilo a pessoa sente porque quebra o egoísmo e vive em prol de um bem maior. Quem mergulha de corpo e alma em prol do triunfo de si e dos outros cria ondas de bem-estar e plena satisfação.
O Mestre conclui:
O quanto você foi capaz de propagar a Lei Mística? A resposta é a sua história que reluzirá com o passar do tempo (BS, ed. 2.120, 18 fev. 2012, p. A2).
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