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Caderno Nova Revolução Humana

Capítulo - “Hino da Ampla Propagação”

Volume 28, Partes 51 a 54

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30/09/2017

Capítulo - “Hino da Ampla Propagação”

PARTE 51

A intensidade do avanço do movimento pelo kosen-rufu será diferente em cada localidade.

Por exemplo, a vida cotidiana e as relações humanas em uma grande metrópole, com sua superpopulação, aquelas em vilarejos e ilhas afastadas, onde há poucas famílias, são diferentes.

É necessário pensar qual a melhor maneira de promover a compreensão do budismo e a forma de fazer atividades da Gakkai com base nessas condições específicas.

Nichiren Daishonin disse: “Confio ao senhor a propagação do budismo em sua província” (CEND, v. II, p. 385).Quem deve assumir a responsabilidade pelo kosen-rufu de um local são as pessoas que nele habitam.

Mesmo que o modo de realização das atividades se distinga atendendo às características de cada localidade, isso não deixa de estar de acordo com o princípio fundamental de promover o kosen-rufu.

Em primeiro lugar, o importante é ter a decisão de concretizar o kosen-rufu da localidade custe o que custar.

Se cada um não tiver a determinação e a atitude de levantar-se só e transformar sua localidade num jardim da felicidade, mesmo que passem dezenas de anos ou mais, não conseguirão mudar nenhuma situação ou realidade.

Em segundo, os membros da Gakkai devem conquistar a confiança das pessoas em sua localidade. É cultivando o solo da confiança que os diálogos também frutificam. A confiança é a base das relações humanas.

Em terceiro, cada um deve comprovar em sua vida os resultados da prática da fé.

Revolução financeira, superação do carma de doença, construção de um lar harmonioso são, naturalmente, importantes comprovações.

Tornar-se alguém que não é assolado pelas adversidades por possuir um coração forte e inabalável, não se deixa vencer, lapida seu caráter e é amado e respeitado por todos é uma resplandecente prova real.

Em meio ao avanço com decisão, confiança e comprovação dos associados é que se constrói o grande caminho do kosen-rufu de uma localidade.

Na reunião de diálogo, Shin’ichi Yamamoto disse:

— Com esta minha visita a Tottori, pretendo abrir uma nova era do kosen-rufu dessa localidade. Lutarei de corpo e alma com toda a seriedade. Amanhã, gostaria de fazer uma reunião de gongyo orando pelo kosen-rufu local junto com os praticantes da província. Os que tiverem disponibilidade podem vir. Quero me encontrar com todos os membros. Por favor, cons­truam com suas mãos a Tottori número um do Japão com forte união e transbordante de benefícios.

A reunião de diálogo se encerrou, mas isso marcou o início de novos diálogos.

PARTE 52

Um líder da área Chugoku anunciou o término da reunião de diálogo.

No entanto, os participantes se aproximaram de Shin’ichi Yamamoto com o intuito de relatar-lhe suas histórias e a situação atual.

Um após o outro foram se manifestando:

— Sensei, há vinte anos fiquei seriamente doente, mas após conhecer esta prática fiquei totalmente curado!

— Reformei minha residência e estou oferecendo o local para a realização das atividades. Por favor, se possível, venha conhecer minha casa!

— É mesmo? Que bom! Fico realmente feliz. Sim, visitarei a residência dos senhores na medida do possível.

Ouvindo atentamente cada comunicado, Shin’ichi incentivava e prosseguia com o diálogo.

Para ele, tudo era uma batalha decisiva: se conseguiria ou não gravar um momento inesquecível na alma de cada um e se os impulsionaria a estabelecer uma decisão para a vida toda.

Ele se dedicava ao máximo, de corpo e alma, a cada instante e a cada palavra proferida — é isso que caracteriza o verdadeiro incentivo.

Após encerrar o diálogo, Shin’ichi se dirigiu para outra sala e passou a escrever dedicatórias e palavras de incentivo em cartões especiais e publicações para oferecer a representantes. Não havia momento de descanso nessa atividade.

Enquanto lia textos que aguardavam sua aprovação, ele disse a Mineko:

— Assim que a melodia da canção de Chugoku for melhorada, vamos estudar mais uma vez a letra. Quero que seja uma música maravilhosa!

Seu coração palpitava com expectativa.

Pouco depois das 21 horas, Shin’ichi saiu para o jardim do Centro Cultural de Yonago. No céu cheio de estrelas cintilantes, a lua cheia brilhava intensamente, ressaltando a silhueta do Monte Daisen. Ele pensou em Chandra, a divindade celestial da Lua. O espírito poético aflorou em seu coração. Nesse momento, num canto do jardim, vários pontos de luz surgiram bailando. Eram vaga-lumes. Os pequenos pontos de delicada luz esvoaçavam de modo desordenado, compondo um cenário mágico e belo.

Observando a dança dos vaga-lumes, reflexivo, Shin’ichi disse a um líder que estava ao seu lado:

— É um brilho singelo e delicado, como se representasse a sinceridade e a pureza dos amigos de Tottori. Esta noite tem estrelas, vaga-lumes e lua cheia... Que maravilhoso! Parece que estou num mundo dos sonhos!

PARTE 53

Enquanto Shin’ichi apreciava o bailar dos vaga-lumes, os integrantes da Divisão Sênior que ficaram responsáveis pela composição da melodia da canção de Chugoku chegaram com uma fita cassete gravada e um toca-fitas. Eles disseram:

— A música está pronta!.

Shin’ichi respondeu:

— Eu os estava aguardando.

No jardim, em meio ao brilho dos vaga-lumes, Shin’ichi ouviu a gravação. Então esticou sobre uma mesa o papel com a proposta da canção escrita. Uma pessoa ao seu lado iluminou o papel com uma lanterna. Balbuciando a canção ao som da melodia, Shin’ichi pegou um lápis vermelho e passou a fazer alterações na letra:

— O final da primeira estrofe, em vez de Sussumi yukanan, te wo ba musubite (“Que avança, unindo as mãos”), vamos deixar Sussumi tobanan, te to te musubite (“Que avança voando, unindo as mãos”). Quero expressar o coração de dinâmico avanço dos companheiros de Chugoku.

Depois de alterar uns três pontos, ele releu uma vez mais a letra da canção e disse em tom forte:

— É isso! Está pronta!

No papel em que estava a letra revisada, ele escreveu em lápis vermelho o ideograma indicando “Definido”.

O sênior que compôs a melodia disse a Shin’ichi:

— Sensei, acredito que se repetirmos duas vezes o trecho final do terceiro verso a música terá mais estabilidade. Podemos fazer assim?

— Sim, não há problema algum. Deixo por sua conta. Muito obrigado por toda a sua dedicação e esforços desde ontem. Contudo, sinto que na mesma medida a melodia foi lapidada e se tornou numa maravilhosa música. É uma obra excelente, muito obrigado! Seu nome ficará gravado para sempre junto com essa música. Sinceros parabéns!

Algo imprescindível a um líder da Gakkai é saber dos sinceros esforços empreendidos pelas pessoas nos bastidores de cada acontecimento. É a partir daí que também nasce o incentivo.

No dia seguinte, 21 de julho, uma fila de carros se formou desde cedo diante do Centro Cultural de Yonago.

A informação de que seria realizada uma reunião de gongyo percorreu a província de Tottori na noite anterior e os membros que vinham de todos os cantos aguardavam a abertura dos portões.

Ao ver essa cena, Shin’ichi ficou preocupado em não causar transtornos à vizinhança e solicitou a um líder da província que os deixassem entrar no centro cultural.

Ele disse:

— Eu vim até Tottori para me encontrar com os membros. Agora vou me lançar nisso com todas as minhas forças!

PARTE 54

Os associados de Tottori se aglomeravam um após outro no Centro Cultural de Yonago, e a sala principal onde seria a reunião de gongyo ficou lotada num instante. Havia muitas mulheres com crianças e pessoas de idade. As demais salas também foram ficando cheias. Parecia que apenas uma reunião não atenderia a todos.

Shin’ichi Yamamoto disse resolutamente:

— Enquanto houver membros chegando, farei quantas reuniões forem necessárias.

O 1º Gongyo Comemorativo dos 18 anos de Fundação do Distrito Tottori foi às 10h30. Após orar pelo kosen-rufu de Tottori e pela prosperidade e felicidade de todos os praticantes e seus familiares, Shin’ichi começou a falar de modo informal com os participantes:

— Acredito que seja do pleno conhecimento de todos que Nichikan Shonin afirmou: “Se crer neste Gohonzon e recitar o Nam-myoho-renge-kyo, não haverá oração sem resposta, nem pecado imperdoável, toda fortuna será concedida e toda justiça será provada”. Todas as pessoas podem receber igualmente este grandioso poder benéfico do Gohonzon. Mas, para tanto, é necessário manifestar uma fé imbuída de coragem. Seja para recitar o gongyo ou dialogar a respeito do budismo, é preciso coragem. Se perseverarem na prática correta como ensina Nichiren Daishonin, as maldades surgirão e, naturalmente, serão alvo de ações maldosas, sofrerão opressão também. É por isso que Daishonin orienta rigorosamente: “Os discípulos de Nichiren nada poderão realizar se forem covardes” (CEND, v. I, p. 503). É importante possuir a “oração de convicção” de que será feliz sem falta e perseverar até o fim nesta fé.

O diálogo sobre o budismo também é decidido com a convicção. É por ter esse espírito firme chamado “convicção” que tanto a teoria como os relatos de experiência adquirem ainda mais força de persuasão.

Por favor, desbravem a sua vida e o kosen-rufu com coragem e convicção, e vençam superando a tudo.

Assim que a reunião se encerrou, Shin’ichi se dirigiu para outra sala onde as pessoas que não conseguiram entrar na sala principal ficaram aguardando.

Incentivar os amigos incondicionalmente enquanto tiver forças — é em meio à constante repetição disso que se provoca a grande onda do kosen-rufu.

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