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Caderno Reunião de Palestra

A Voz Pura e de Longo Alcance1

Gosho a ser estudado na reunião de palestra de novembro

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28/10/2017

A Voz Pura e de Longo Alcance1

Cenário Histórico:

Nichiren Daishonin2 redigiu esta carta no nono mês de 1272, em Ichinosawa, na Ilha de Sado, e a endereçou a Shijo Kingo, samurai e um de seus principais discípulos que vivia em Kamakura.

Daishonin a escreveu em gratidão aos oferecimentos que Shijo Kingo havia lhe enviado por um mensageiro em meio ao rigoroso exílio na Ilha de Sado.

Durante o período feudal em que Daishonin viveu, o governante e seus ministros exerciam poder absoluto sobre os súditos. Conforme indicado na carta, era extremamente difícil propagar os ensinamentos budistas sem o consentimento do soberano, e os monges eram obrigados a obter o apoio de defensores que detinham o poder a fim de protegerem o ensinamento que seguiam. No entanto, agora, nas nações em que o povo é soberano e a liberdade de religião, garantida, são as pessoas comuns que conduzem a missão de proteger e propagar amplamente o budismo.

Em essência, Daishonin enfatiza que a grandiosidade do budismo supera até mesmo a autoridade de um soberano (cf. CEND, v. I, p. 351).

Frase 1 do escrito

“(...) Os benefícios do Sutra do Lótus são tão imensos que mesmo uma única palavra contida nele incorpora o testemunho tríplice de Shakyamuni, de Muitos Tesouros e dos budas das dez direções.” (CEND, v. I, p. 348-349)

Os imensuráveis benefícios daqueles que propagam o Sutra do Lótus

Nichiren Daishonin afirma que, apesar de todos os ensinamentos do Buda serem verdadeiros, o Sutra do Lótus é o ensinamento principal do buda Shakyamuni, e esclarece sobre os benefícios a serem acumulados por aqueles que o propagam. “Os benefícios do Sutra do Lótus são tão imensos que mesmo uma única palavra contida nele incorpora o testemunho tríplice de Shakyamuni, de Muitos Tesouros e dos budas das dez direções” (CEND, v. I, p. 348-349). Em sua explanação, o presidente Ikeda explica que isso ocorre porque Shakyamuni, Muitos Tesouros e os budas das dez direções atingiram a iluminação por meio da prática do ensinamento correto do Sutra do Lótus, e a Lei Mística do Nam-myoho-renge-kyo é a Lei suprema que conduz todos os budas à iluminação.

Na 14a parte da série “Diálogo sobre a Religião Humanística”, o presidente Ikeda diz que por expor diretamente a verdade da iluminação do Buda, o Sutra do Lótus é comumente considerado o “sutra do shakubuku” (Terceira Civilização, ed. 435, nov. 2004, p. 18).

O 20o capítulo [“Bodisatva Jamais Desprezar”] do Sutra do Lótus identifica o bodisatva Jamais Desprezar como Shakyamuni numa de suas existências prévias quando buscava o caminho de bodisatva. Com sua prática de shakubuku, que consistia simplesmente em reverenciar os outros, o bodisatva Jamais Desprezar levou todos os tipos de pessoas ao caminho do buda, mesmo aquelas que reagiram com hostilidade e inimizade em relação a ele. Devido aos benefícios que acumulou com essa prática, ele despertou para a Lei Mística e atingiu o estado de buda.

O presidente Ikeda continua: “A partir dessas declarações, entendemos que a prática do bodisatva Jamais Desprezar — isto é, a prática do shakubuku — é o caminho direto para nós e os outros manifestarmos o estado de buda, a nobre prática que nos possibilita conquistar a verdadeira e duradoura felicidade para nós e os outros”.

Frase 2 do escrito

“(...) Para ilustrar, esse sutra é como uma joia da realização dos desejos.3 Uma única joia dessa qualidade é o mesmo que cem joias. Assim como uma joia da realização dos desejos pode fazer chover infinitos tesouros, cem joias dessa qualidade podem igualmente produzir tesouros inesgotáveis.” (CEND, v. I, p. 348)

Joia da realização dos desejos de incomparável valor

Neste trecho do escrito, Daishonin compara o ilimitado e imensurável poder benéfico da Lei Mística a uma joia que concede desejos. Sobre essa comparação, o presidente Ikeda relembra: “Toda sensei certa vez ofereceu uma inesquecível orientação a respeito da ‘joia da realização dos desejos’, na reunião geral do distrito Suginami, em Tóquio, em julho de 1955. Em primeiro lugar, ele explicou o conceito de uma forma facilmente compreensível: ‘A joia da realização dos desejos produz todos os tesouros que o coração desejar. Se quer uma casa, ela produzirá uma casa; se quer dinheiro, ela produzirá dinheiro. Essa joia que concederá o que seu coração desejar é de fato a joia preciosa de incomparável valor [que chegou até nós sem almejarmos, como descrito no Sutra do Lótus]’ (LSOC, cap. 4, p. 124 [LS, cap. 4, p. 87]). E ele prosseguiu com convicção: ‘Será que isso significa então que tudo o que buscarmos o Gohonzon nos proporcionará? Deixe-me declarar francamente: Não há nenhum desejo que ele deixe de tornar realidade’” (Terceira Civilização, ed. 569, jan. 2016, p. 59).

O presidente Ikeda ainda completa, dizendo: “Enquanto mantivermos a inabalável fé na Lei Mística, orar devotadamente e praticar com coragem, nunca entraremos em um beco sem saída. Isso porque, se tivermos fé, o Gohonzon, que é a joia da realização dos desejos, brilhará radiante em nosso coração” (Ibidem). Dessa forma, podemos compreender que, ao cultivarmos uma forte fé em nosso coração, manifestaremos diversos benefícios do Gohonzon tal como uma maravilhosa joia da realização dos desejos.

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