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Caderno Nova Revolução Humana

Capítulo — “Grande Caminho”

Volume 28, Partes 1 a 4

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28/10/2017

Capítulo — “Grande Caminho”

PARTE 1

Nós compomos e cantamos!

Na imensidão do céu do kosen-rufu

Resplandece o arco-íris de poemas e canções

De uma esplêndida história.

Por que componho?

Para acender a chama da esperança no coração dos amigos imersos na dor e na tristeza e para fazer com que a coragem se transforme em labaredas flamejantes!

Para fazer com que ecoem no coração desta e daquela pessoa a harmonia da ode ao ser humano e, juntos, trilharmos o grande caminho da justiça!

O que escrevo?

Escrevo a respeito do potencial ilimitado inerente ao ser humano! Exalto o nobre aspecto dos heróis e das heroínas do povo, que se erguem resolutamente diante das furiosas tempestades de provações e transformam sofrimento em alegria e fazem ecoar a canção do triunfo na vida! Falo sobre esse espírito genuíno e puro, belo e forte, tal como a flor de lótus que desabrocha no pântano lamacento.

Escrevo sobre a infinita ampla riqueza do coração que abraça até mesmo o grande universo!

Ser humano!

Oh, ser humano!

Como é nobre e altivo!

Com o sentimento de unir as palmas das mãos em reverência,

Continuo a escrever o drama de vitórias da revolução humana dos meus amigos.

O sol de verão ardia no alto do céu e o calor era escaldante. O barco veloz parecia deslizar sobre o mar de ondas prateadas e cintilantes de Seto cercada de ilhas verdejantes. O vento que tocava o rosto era agradável.

Às 13 horas do dia 24 de julho de 1978, Shin’ichi Yamamoto e comitiva partiram de Okayama rumo ao Centro de Treinamento de Shikoku, localizado na cidade de Ajicho, província de Kagawa, utilizando o barco King Romance que haviam fretado para diminuir o tempo de deslocamento.

Era a segunda visita dele a Shikoku.

Shin’ichi disse a Mineko:

— Desenvolverei grandiosos “valores humanos” em Shikoku. Porque pessoas são o tesouro da Soka Gakkai. O kosen-rufu avança quando desenvolvemos pessoas de valor. Vou me encontrar com todos e criar heróis possuidores da mesma aspiração que a minha.

PARTE 2

O barco King Romance ancorou pouco depois das 14 horas no píer em frente ao Centro de Treinamento de Shikoku.

O sol de verão brilhava forte e a temperatura ultrapassava os 34o C.

— Sensei! Seja muito bem vindo!

Em meio ao calor escaldante, os companheiros de Kagawa os recepcionaram com grande sorriso, mesmo encharcados de suor.

— Muito obrigado pela consideração de todos mesmo em meio a este intenso calor. Vamos tirar uma foto comemorativa!

Assim que chegou, Shin’ichi já começou a incentivar os membros. Na sequência ele visitou as instalações do centro de treinamento, e a cada pessoa que encontrava, no interior do prédio, na rua ou na beira da praia, tomava a iniciativa de conversar, louvar seus esforços e estender incentivos.

Com o intuito de registrar boas lembranças na vida dos jovens que estavam no local, Shin’ichi entrou no mar com eles e até nadou.

Nesse dia estavam reunidos os participantes do curso de aprimoramento vindos de Okayama.

Após as 18 horas, quando o céu de Seto começou a ser tingido de vermelho escarlate do pôr do sol, teve início o treinamento ao ar livre nos jardins do centro de treinamento.

Atrás do palco instalado especialmente para a atividade destacavam-se as palavras “Sejam bem-vindos ao Centro de Treinamento de Shikoku!”.

No treinamento ao ar livre, os corais das divisões de Kagawa, a anfitriã, apresentaram as novas canções da Gakkai, Tomoyo Tate, Hoshi wa Hikarite e Jinsei no Tabi, com o intuito de dar as boas- vindas aos associados de Okayama.

Além disso, houve apresentações de coto (instrumento típico japonês) pela Divisão Feminina de Kagawa, de dança tradicional Awa Odori pelos amigos de Tokushima, e ainda o coro da nova canção de Chugoku, Jiyu no Sanka. Por fim, foi apresentada a nova canção de Shikoku, Warera no Tenchi:

Harukana mine mo waga mine to

Shikoku no tenchi wa waga tenchi….

(“O cume distante também é nosso. A terra de Shikoku é a nossa terra...”)

As vozes se propagavam pelo céu do entardecer.

Depositando o ardente desejo pela construção de sua amada terra natal, todos cantaram com o máximo de suas forças. A canção foi entoada novamente, e então outra vez.

Yorokobi isande warera wo ba

Tsutsumi mamoran Techisen...

(“A Montanha Cakrava envolverá e protegerá a todos nós (...) imbuídos de alegria e coragem...”)

A cada vez que ouvia esses versos da segunda estrofe, Shin’ichi jurava profundamente dentro do seu coração:

“Eu me tornarei a Montanha Cakrava e protegerei os companheiros de Shikoku, os filhos do Buda emergidos da terra! Oh, companheiros de Shikoku, não sejam derrotados! Vençam absolutamente!”.

PARTE 3

A praia de Aji já estava tomada pelo tom do crepúsculo.

Após o término do canto de alegria e juramento, Shin’ichi Yamamoto se dirigiu ao microfone com o sorriso estampado no rosto.

— Ouvi a canção do novo alvorecer do kosen-rufu de Shikoku diante do transbordante entusiasmo e disposição repleto de amor à terra natal do canto dos senhores! Vi a luz da esperança!

Nesse curso de treinamento, Shin’ichi deixou claro que é no mundo da fé, no qual se vive em prol do grande objetivo denominado kosen-rufu, que existem a suprema alegria e a plena satisfação da vida, e conclamou todos a estabelecer uma decisão pela nova partida.

Assim que o curso se encerrou, antes de qualquer outra pessoa, ele se lançou em meio aos participantes apertando-lhes as mãos, abraçando e incentivando-os.

Os vice-presidentes, os líderes da região de Shikoku e os da província que o acompanhavam seguiram seu exemplo.

O suor escorria pelo rosto e pelo corpo de Shin’ichi.

Quando visitara Shikoku seis meses antes, o que havia ensinado pelo próprio exemplo aos líderes em todos os cantos que visitava, mesmo em meio ao ventos gelados do inverno, foi: “Devotem-se aos membros demonstrando o mesmo respeito que teria com o Buda”.

Ele bradou incansavelmente que a verdadeira postura como líder da Gakkai era servir aos membros desencadeando uma mudança fundamental na postura, uma “revolução” dos líderes das terras de Shikoku.

O budismo é o ensinamento da benevolência. Quando incorporado no comportamento dos seres humanos, ela produz realmente valor. Nichiren Daishonin afirma: “O propósito do advento do buda Shakyamuni, senhor dos ensinamentos, neste mundo reside em seu comportamento como ser humano” (CEND, v. II, p. 113).

Respeitar as pessoas, conduzi-las ao grande caminho da felicidade e incentivá- las — neste comportamento se encontra o modo de viver de um budista e a prática do exercício budista.

Ao se promover a revolução da consciência e do caráter dos líderes e ao se estabelecer um modo de vida regido pela benevolência, isso se estenderá a todos os membros, e o círculo de pessoas de incentivo se expandirá amplamente para a localidade e também para a sociedade. Desse modo, os elos de pessoa a pessoa que tendiam a ser quebrados na atualidade com certeza passariam a ser restabelecidos.

A partir de outra ótica, kosen-rufu significa cada pessoa incorporar os princípios do budismo como seu modo de vida e sua filosofia e formar contínuos laços de confiança com todos.

Expandir cada vez mais esses círculos e edificar uma época, uma sociedade onde prevaleça o respeito ao ser humano, a proteção mútua, a dignidade da vida se torna uma importante missão dos integrantes da Soka Gakkai.

PARTE 4

Na tarde do dia seguinte, 25 de julho, foi realizada uma reunião de líderes comemorativa no Centro de Treinamento de Shikoku alusiva aos 22 anos de fundação do distrito pioneiro em Shikoku.

Nessa atividade também as ondas de alegria se espalharam ao som do grande coro da canção de Shikoku, Warera no Tenchi (“Nossa Terra”).

Durante a reunião, Shin’ichi Yamamoto orientou com base no Gosho A Torre de Tesouro (CEND, v. I, p. 314):

— ­­­Neste escrito, Nichiren Daishonin afirma: “Nos Últimos Dias da Lei, não há outra Torre de Tesouro senão a figura de homens e mulheres que abraçam o Sutra do Lótus. Nesse sentido, as pessoas que recitam o Nam- myoho-renge-kyo, independentemente de serem ilustres ou humildes, de classe social superior ou inferior, são a própria Torre de Tesouro e são igualmente Aquele que Assim Chega Muitos Tesouros”. A Torre de Tesouro é uma magnífica torre adornada por sete gemas preciosas, como ouro, prata e lápis-lazúli, revelada no Sutra do Lótus. Aquele que Assim Chega Muitos Tesouros é o buda que comprova que o Sutra do Lótus é o ensinamento verdadeiro da iluminação de todas as pessoas.

A partir de seu empenho na prática budista, pessoas que lutam diariamente para viver no mundo real são entidades da Lei Mística exatamente na forma que se apresentam, ou seja, irradiam o brilho dourado como a Torre de Tesouro e comprovam a grandiosidade do budismo como Aquele que Assim Chega Muitos Tesouros. Este é um escrito que o primeiro presidente Tsunesaburo Makiguchi também sublinhou diversos trechos e leu com profunda reflexão.

Shin’ichi citou a parte posterior que diz: “Abutsu-bo é a Torre de Tesouro, e a Torre de Tesouro é Abutsu-bo. Nenhum outro conhecimento é relevante” (Ibidem), e explicou:

— Aqui, tendo Abutsu-bo como a pessoa a quem a carta foi endereçada, esclarece que o seu corpo, exatamente na forma como ele se apresenta, é a entidade do Myoho-renge-kyo, e que a Torre de Tesouro nada mais é que cada um de nós que recita o Nam-myoho-renge- kyo. Esta é a conclusão dos ensinamentos budistas. Por isso, ele afirma que saber isso já é o suficiente: “Nenhum outro conhecimento é relevante”. Originariamente, nós próprios somos a Torre de Tesouro e somos o grande Gohonzon. O Gohonzon existe como um espelho polido da vida que revela a Torre de Tesouro existente dentro do nosso coração. Por essa razão, independentemente de onde esteja ou quando for, o local em que se encontra neste momento será o local do surgimento da Torre de Tesouro e poderá transformá-lo na Terra da Luz Eternamente Tranquila. Não há necessidade de se preocupar com nada.

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