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Caderno Reunião de Palestra

"Prática da fé para manter a boa saúde e obter longevidade"

Matéria da reunião de palestra de dezembro

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30/11/2019

"Prática da fé para manter a boa saúde e obter longevidade"

Trecho do Gosho Prolongar a Vida

“A vida é o tesouro mais valioso de todos. Mesmo um dia a mais de vida tem valor superior a dez milhões de ryo1 em ouro. (...) Um dia de vida é mais valioso que todos os tesouros de um grande sistema de mundos, então, antes de tudo, deve munir-se de sincera fé. Este é o significado da passagem contida no sétimo volume do Sutra do Lótus, na qual lemos que o ato de queimar um dedo como oferecimento ao Buda e ao Sutra do Lótus é melhor que doar todos os tesouros de um grande sistema de mundos. Uma única vida vale mais que esse grande sistema de mundos. A senhora ainda tem muitos anos para viver e, além disso, teve a oportunidade de encontrar o Sutra do Lótus. Se viver um dia a mais, poderá acumular muitos benefícios mais”. (CEND, v. II, p. 221)

Sobre o escrito

Redigido em 1279, o escrito Prolongar a Vida foi endereçado à monja leiga Toki, esposa de Toki Jonin. Ela morava na vila de Wakamiya, distrito de Katsushika, província de Suruga (atual cidade de Ichikawa, província de Chiba). Nessa carta, o buda Nichiren Daishonin explica o princípio da transformação do carma ou destino. Ele afirma à monja leiga Toki, que enfrentava uma doença, que o carma imutável ou fixo (o qual determina a duração da vida de uma pessoa) pode ser transformado pelo poder da Lei Mística, e a incentiva a buscar tratamento e viver o máximo que puder. Daishonin também expõe sua própria experiência: “Quando orei por minha mãe, ela não só se curou da doença, como pôde prolongar a vida por mais quatro anos” (CEND, v. II, p. 221). Nichiren Daishonin ainda ensina que a vida é o tesouro mais precioso e que se a monja leiga Toki vivesse mesmo um dia a mais praticando o budismo, poderia acumular felicidade ainda maior.

Quem foi a monja leiga Toki?

Quando se casou com Toki Jonin, ela já era viúva e tinha um filho pequeno do primeiro matrimônio para criar. Com ele, teve mais dois filhos: um menino e uma menina. Então, quando Toki Jonin decidiu adotar a vida de sacerdote leigo, ela se tornou monja leiga, denominando-se Myojo (Esplêndida Eternidade). Apesar dos sérios problemas de saúde, cuidou da mãe idosa do marido com devoção até morrer também com idade avançada. Talvez as dificuldades e os desafios da nova vida tenham lhe afetado de diversas formas. Ao que tudo indica, a condição de saúde da monja leiga Toki piorou e se tornou crônica. Ela se mostrava pessimista em relação a quaisquer possibilidades de cura. No entanto, nesse escrito, Daishonin lhe diz que, sem falta, prolongaria a vida se tivesse como base os ensinamentos do budismo. Como resultado do incentivo de Daishonin, a monja leiga Toki, decidida a corresponder à sinceridade e ao afeto do seu mestre, perseverou corajosamente na fé tal como ele a instruiu. Por meio dessa luta conjunta de mestre e discípulo, prolongou a vida por mais vinte anos. A vida dela foi, sem dúvida, um exemplo notável de transformação cármica e de superação, pois chegou a uma idade muito avançada desfrutando plena saúde. Segundo consta em crônicas da época, depois da morte de Daishonin, ela se manteve firme na fé até o fim de seus dias.

Explanação

Vida — tesouro inestimável

Nichiren Daishonin salienta o supremo valor de sua vida e encoraja a monja leiga Toki a despertar a vontade de viver mesmo um único dia a mais. Ao receber o escrito, ela estava gravemente enferma e desanimada. Na carta, Daishonin a incentiva a receber tratamento adequado e estimula a monja leiga Toki a lutar contra a doença — um apelo para que ela viva plenamente.

Sensibilizada pelo apoio recebido, ela se empenhou na prática da fé de acordo com a orientação de Nichiren Daishonin e prolongou sua vida por mais vinte anos. Desse modo, ela demonstrou a comprovação de sua fé.

Transformar destino em missão

Tsunesaburo Makiguchi certa vez incentivou seus discípulos: “O importante é perseverar na fé com a forte convicção e determinação de consolidar uma mudança positiva em sua doença, transformando veneno em remédio, e conquistar a grande boa sorte e o benefício de recuperar sua saúde. Ao agirem assim, não somente vencerão sua doença, como também, ao se recuperarem por completo, estarão até mais saudáveis do que antes. Esse é o poder da Lei Mística, de transformar veneno em remédio” (Terceira Civilização, ed. 606, fev. 2019, p. 50-65).

Em um discurso,2 o presidente Ikeda fala sobre a importância de “transformar carma em missão”: “O princípio de ‘carma adotado por desejo próprio’3. Todos os problemas e desafios são expressões de nosso próprio juramento; por essa razão, não há outra forma de superá-los. Nós [bodisatvas da terra] nascemos em meio àqueles que mais sofrem. O buda se encontra entre as pessoas que mais sofrem. O budismo existe para nos capacitar a ajudar os que mais sofrem a alcançar a máxima felicidade”. Quando mudamos nosso estado de vida interior, pode­mos transformar qualquer sofrimento ou adversidade em um motivo de alegria, e considerá-lo um meio para fortalecer e desenvolver a nossa vida. Converter até mesmo o sofrimento em uma fonte de criação — eis o modo de vida de um praticante budista. Nichiren nos ensina esse caminho fundamental com a sua própria conduta como devoto do Sutra do Lótus.

Cada vez mais jovem

Josei Toda dizia: “A vida é longa, e não sabemos que destino nos aguarda. Não há como se ter certeza do que acontecerá. Necessitamos realmente de uma crença, uma filosofia, que nos habilite a viver com força e confiança”. E também frisava: “Há três tipos de idade: física, espiritual e cronológica. Mesmo que você seja idoso fisicamente, deve manter a juventude e possuir forte energia vital”.

Veja quatro lemas para a boa saúde apresentados por Ikeda sensei:

1. Fazer um gongyo revigorante.

2. Manter um estilo de vida equilibrado e produtivo.

3. Contribuir para o bem-estar dos outros.

4. Comer com sabedoria.

O presidente Ikeda finaliza: “Como budistas, nenhum modo de vida supera aquele dedicado à felicidade — de si e para os outros . Empenhando-se nessa missão, pode-se abrir amplamente as portas para uma vida de vitória”.

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