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Tesouro das Quatro Estações
Texto extraído e adaptado da série de ensaios do presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, para Divisão dos Estudantes Futuro, publicado no jornal Kibou, em setembro de 2018
03/08/2020
Arroz que sustenta a vida
Com o início de um novo período escolar, vocês podem estar se sentindo sonolentos na hora de ir para a escola pela manhã.¹ Por isso é tão importante começar o dia com um café da manhã reforçado. Ir para as aulas sem comer nada é como tentar andar de bicicleta com os pneus furados — vão encontrar dificuldades em se locomover. Tomar café da manhã lhes dará o poder de começar o dia sentindo-se fortes.
A propósito, algum de vocês sabe, em média, quantos grãos há numa tigela de arroz?
De 2 mil a 3 mil grãos. Para mim, cada um desses grãos é como uma joia preciosa simbolizando os esforços correspondentes a um ano de trabalho dos agricultores que o cultivaram.
Quando é primavera no Japão, os agricultores começam cultivando mudas de arroz. Eles também aram e irrigam os arrozais para prepará-los para o plantio e depois transplantam as mudas para o solo lamacento da área de cultivo.
No verão, as mudas se transformam em plantas jovens e resistentes. O trabalho dos agricultores continua enquanto eles fertilizam as plantas e arrancam as ervas daninhas das plantações, ao mesmo tempo em que suam no calor escaldante. Às vezes, tufões ou chuvas fortes chegam a derrubar algumas dessas plantas que tanto trabalharam para cultivar.
No outono, os arrozais ficam com uma bela cor dourada. É quando o arroz está pronto para a colheita. Neste ano [2018], a estação da colheita também está chegando.
Quando esse período acabar, os agricultores passarão os meses de inverno preparando cuidadosamente os campos para a colheita do próximo ano. Dessa maneira, uma quantidade incrível de esforço é aplicada na produção do arroz que comemos.
O Japão estava em guerra quando eu era garoto e isso dificultou a nossa vida. Também sofremos após o término da guerra por constante falta de alimentos. Além disso, diversas colheitas sem sucesso deixaram o povo japonês passando fome. Alguns cidadãos até morreram de inanição. Não podemos viver sem comida.
Minhas primeiras orações quando me tornei presidente da Soka Gakkai (em 1960) foram para que a paz mundial se concretizasse, que não houvesse desastres naturais e sim colheitas abundantes para que ninguém passasse fome.
Numa carta agradecendo a um discípulo pela sincera doação de arroz, Nichiren Daishonin diz: “Arroz polido não é arroz, mas a vida
em si” (CEND, v. II, p. 394).
Nós nos mantemos vivos por causa do extraordinário trabalho de agricultores, bem como o de muitas outras pessoas. Por que é costume japonês expressar agradecimento antes de comer? Para direcionar gratidão aos agricultores e pescadores e àqueles que prepararam o alimento. E também estamos expressando gratidão por receber a “vida” daquilo que comemos. Nosso corpo transforma a comida na energia necessária para estudar com afinco, crescer e contribuir com a felicidade de outros. Valorizar a comida é valorizar a vida. Aqueles que são capazes de sentir gratidão por ter alimento para comer experimentarão emergir sua profunda força interior.
Meus queridos jovens leões, por favor, tomem café da manhã com sentimento de gratidão!
Espero que também se desafiem a recitar gongyo e Nam-myoho-renge-kyo para que iniciem cada dia com as engrenagens do corpo e da mente prontas para funcionar!
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