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ABC do Budismo

Nam-myoho-renge-kyo

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01/04/2021

Nam-myoho-renge-kyo

Explicando...

Os praticantes do Budismo de Nichiren Daishonin realizam dois tipos de prática religiosa, todos os dias pela manhã e à noite: a prática complementar, que consiste em recitar o gongyo (leitura do sutra), e a prática principal, o daimoku, que é a recitação constante do Nam-myoho-renge-kyo. 

As duas práticas são feitas em frente ao Gohonzon, o objeto de devoção para observar a mente, concebido em forma de pergaminho.

A essência do universo

O Nam‑myoho-renge-kyo foi recitado pela primeira vez por Nichiren Daishonin, em 28 de abril de 1253, no templo Seicho-ji, no Japão. 

Na edição passada, ao estudarmos a vida de Nichiren Daishonin, vimos que o Nam‑myoho‑renge-kyo é a lei fundamental que permeia a vida e o universo. Recitar essa Lei — eis a solução para o sofrimento humano em sua essência. 

Mas é possível compreender essa lei em nosso dia a dia? Sim, é possível, pois ela está presente em tudo o que existe! Uma flor ao desabrochar, o sol ao nascer, a lua a brilhar, o planeta Terra a se mover. Desde uma simples e pequena flor até o maior dos planetas, todos possuem em si a lei fundamental do Nam-myoho-renge-kyo. 

Acreditar na Lei Mística nos possibilita manifestar o estado de buda para enfrentarmos e vencermos todas as adversidades e conquistarmos uma condição de felicidade absoluta!

Compreendendo a Lei 

Myoho-renge-kyo é o título do Sutra do Lótus. Apesar de parecer um simples nome, contém a essência da Lei. 

Myoho: a lei revelada no Sutra do Lótus é chamada de Lei Mística por ser difícil de compreender.

Renge: significa flor de lótus, metáfora utilizada para compreendermos as características da Lei Mística através da simultaneidade de causa e efeito.

Kyo: representa o sutra ou os ensinamentos do Buda.

Nam é uma reprodução fonética que significa “reverenciar” e possui o sentido de se devotar de corpo e mente à Lei suprema que rege todos os fenômenos do universo (Myoho‑renge‑kyo) pondo os ensinamentos budistas em prática na própria vida diária.

I Believe I Can Fly (Eu acredito que posso voar) 

Hoje, é possível voar pelos céus dentro de um avião, mas há muito tempo isso parecia improvável. 

Alberto Santos Dumont foi o primeiro brasileiro a decolar a bordo de um avião. Em 23 de outubro de 1906, fez seu primeiro voo, e o segundo, menos de um mês depois. Diante de uma multidão, percorreu 220 metros a uma altura de seis metros. 

Assim como foi possível voar graças à determinação e à ação de alguém que julgou que poderia fazer isso, acreditando no Nam-myoho-renge-kyo, extraímos nosso máximo potencial. 

Ao confiarmos no poder da Lei Mística e pusermos essa convicção em prática no dia a dia, adquirimos força e sabedoria necessárias para vencermos em tudo! 

Manifestar o máximo potencial de si mesmo!

Até aqui, entendemos que a lei fundamental, a qual possibilita a todos atingirem o estado de buda, é chamada Nam-myoho-renge-kyo, e quem despertou para ela foi o buda Nichiren Daishonin. Com essa revelação, Daishonin abriu o caminho para libertar as pessoas dos seus sofrimentos e, assim, conseguirem alçar voos ainda mais altos! 

Por isso, é importante recitar Nam‑myoho-renge-kyo ao Gohonzon para decolar rumo à vitória nos estudos, na saúde e também zelar pelos pais, como diz o lema da DE. 

Lembrete

Nam-myoho-renge-kyo é o nome da lei fundamental que permeia a vida e o universo, e nela se encontra a solução para erradicar o sofrimento humano em sua essência.

Frase do Mestre

“Solicito que, independentemente do quão tristes e angustiantes forem as adversidades que venham a enfrentar, recitem daimoku do rugido do leão e continuem a avançar com o espírito intrépido e invencível de 'ainda não fui desencorajado'. Quem recita daimoku, consegue manifestar a suprema vida do Buda que existe dentro de si. Por isso, consegue desafiar quaisquer tipos de dificuldades e provações com coragem, e assim supera e vence a tudo.”

Glossário

Flor de lótus

A metáfora usada para compreender as características da Lei Mística é o lótus (renge).

Mesmo crescendo em meio à lama, o broto do lótus não se macula em seu crescimento e consegue produzir uma límpida flor de agradável fragrância. 

A flor de lótus, diferentemente de outras plantas, apresenta flor e o fruto (a semente) simultaneamente, pois, após produzir sementes, suas pétalas permanecem. Ou seja, elas representam a causa; e o fruto, o efeito, ilustrando o princípio da “simultaneidade de causa e efeito” do budismo. A analogia se dá ao mundo de adversidades em que vivemos: mesmo que a pessoa ainda não tenha manifestado o estado de buda, ele existe em sua vida.

Buda

A palavra “buda” significa “aquele que despertou” ou aquele que se “iluminou” para a verdade. Ser buda não é exclusividade de uma pessoa. O Budismo Nichiren propagado pela Soka Gakkai reconhece que existem outros budas além de Shakyamuni; e mais ainda, que qualquer pessoa que desperta para a lei da vida se torna um buda. Essa é uma visão igualitária do budismo: todos podem atingir a iluminação em sua presente existência. 

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