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Entrevista

Persistir até conquistar

Isabela Yumi Hayashi Sabanay 13 anos Organização: Regional Parque São Lucas, RM Vila Prudente, Sub. Sudeste, CCLP Cursa o oitavo ano do ensino fundamental 2.

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01/07/2021

Persistir até conquistar

Nesta entrevista, Isabela Sabanay compartilha seus desafios para praticar o caratê e relata como conquistou o primeiro lugar no campeonato escolar 

Como surgiu o interesse pelo caratê? 

Desde pequena, lá pelos 4 anos, fui apresentada aos esportes, e logo surgiu em mim um desejo enorme de praticar e também de fazer aulas dessa modalidade esportiva. O colégio em que estudo tem o caratê como aula extracurricular, mas, como minha mãe sempre trabalhou, nunca consegui participar por morar longe da escola e não podia ir e voltar sem companhia.

Minha família materna sempre foi envolvida com esportes. Em 2019, eu já estava com 11 anos, e, para minha sorte, meu primo Kenzi e nossa amiga Ana Carolina aceitaram me levar nas aulas de caratê, realizando enfim meu grande desejo. 

Qual a parte mais legal desse esporte? E a mais desafiadora?

Legal é lutar, pois me ajuda na concentração e na ansiedade. Desafiador, com certeza, é chegar à vitória.

Soubemos que venceu o campeonato escolar, poderia falar um pouco sobre essa experiência?  

Sempre me dediquei às aulas e aos treinos. Adorava! Mas não foi fácil chegar à vitória, porque não podia ter mais de três faltas durante o ano, precisava ter boas notas na escola; e para frequentar as aulas, ir e vir eram sempre um desafio. Em casa, treinava golpes e regras para evitar ferimentos e lesões graves. 

Esse campeonato foi em 2019, eu estava muito ansiosa. Mas, ao receber a medalha de 1o lugar, senti que a vitória não representava só o título daquele momento, e sim o de todos os dias que venci obstáculos. Chorei de alegria, de alívio, e a sensação que tive por ter conseguido é indescritível. O desejo de querer mais vitórias só aumentou.

O que é preciso para ser uma boa lutadora de caratê?

Determinação, vencer o medo e treinar. Quem deseja iniciar no esporte deve querer muito, tem de acreditar, não desistir; e precisa se dedicar aos treinos. Atualmente, estou longe dos treinos por conta da pandemia, mas assisto às aulas on-line para me manter atualizada e aprendendo a cada dia mais. 

Teve algum momento em que pensou em desistir?

Não, mas por querer praticar, chorei muito tentando convencer minha mãe a conseguir alguém para me acompanhar. Um tempo depois, por causa de trabalho e viagem, Kenzi e Ana Carolina não tinham mais disponibilidade para me levar aos treinos. Minha mãe, impressionada com a minha determinação e vontade de continuar, escreveu para a coordenação do colégio pedindo permissão para que eu pudesse ficar ali após a aula até o horário do treino, pois minha avó conseguiria me buscar.

Quais são seus planos e sonhos? 

Ainda não sei qual profissão seguir, quero concluir meus estudos, fazer intercâmbio e ter o esporte sempre presente na minha vida para que eu possa influenciar a todos positivamente como exemplo de ser uma pessoa de valor.

Tem algum incentivo do Mestre que gostaria de compartilhar? 

Ikeda sensei diz que, além de atuar no palco da própria vida, se deve atuar na sociedade, pois a mudança começa com cada um no local em que se encontra.

Entendo que posso fazer a diferença em casa, no bairro, na organização, seja incentivando um amigo, ajudando na reunião de palestra e com minha oração. 

Quero ser protagonista, empenhando-me na vida diária e na sociedade. E com isso transformar o mundo!

Há algo que não perguntamos e que gostaria de falar?

Fui convidada pelo sensei de caratê a fazer aulas fora do colégio. Ele está me motivando a investir nesse esporte treinando em academias ou nos clubes. E até falou para minha mãe que tenho aptidão e que, se eu quiser, vou longe. 

Adoro ler sobre diversos assuntos, especialmente a respeito de fatos reais e do comportamento humano. Tenho muita gratidão pelos meus familiares por proporcionar tudo em minha vida, principalmente à minha avó Vera, à minha tia Aidee, à tia Cris e à minha mãe.

Ao meu mestre, Daisaku Ikeda, com minha eterna gratidão, digo: “Sensei, conte comigo para a concretização do kosen-rufu!”.

Box: História do caratê

O caratê é uma arte marcial tradicionalmente japonesa. Os habitantes do Japão receberam muita influência da cultura chinesa, e uma delas foi a entrada de artes marciais no país nipônico.

Por volta do século 17, a arte marcial de origem chinesa já havia se modificado o suficiente para ser identificada como japonesa, sendo conhecida como “te”. No fim do século 19, ela passou por um processo de revisão na sua forma de ensino e houve também a modificação do nome, ganhando a denominação de “caratê”.

O ingresso do caratê no Brasil se deu pelos imigrantes japoneses no início do século 20. Na década de 1980, ganhou popularidade a partir do filme Karatê Kid.

Fonte: brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/carate.htm

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