Entrevista
RD
Contribuindo para a transformação da sociedade
Entrevista com a engenheira ambiental Aline Kaori Siqueira
Redação
02/08/2021
Perfil:
- Aline Kaori Siqueira
- 25 anos
- Coordenadora da DE-Esperança
- Mora em Diadema (SP)
- Formação: técnica em meio ambiente e bacharel em ciência e tecnologia com formação em engenharia ambiental e urbana. Está cursando o mestrado em ciência e tecnologia ambiental.
Aline Kaori busca impactar de forma positiva as pessoas e o meio ambiente e se tornar uma referência na área ambiental. Com o sentimento de sempre aprender, faz mestrado e trabalha numa pesquisa de saneamento básico que analisa e gera importantes dados sobre a Covid-19
Pode nos contar um pouco sobre você?
Nasci numa família budista. Quando eu tinha sete meses, nos mudamos para o Japão. Ali vivi uma infância simples, mas muito tranquila e feliz, apesar do preconceito por sermos estrangeiros e o bullying que sofri na escola japonesa. Meus pais sempre me incentivaram a ter sonhos e fazer minha prática budista. Com isso, eles me fizeram acreditar que eu poderia ser e fazer qualquer coisa!
Eu era uma criança muito curiosa e achei nos estudos uma forma de encontrar respostas para as milhares de perguntas que tinha. Quando estava estudando, nada mais me importava, apenas aquele meu grandioso mundinho.
Lembro-me das orientações do presidente Ikeda sobre a importância de escolher uma profissão que goste e possibilite ser um agente positivo para a sociedade. Encontrei na engenharia ambiental minha forma de contribuir.
Aline celebra a colação de grau com a família (2019). Foto de arquivo pessoal
O que você faz hoje profissionalmente?
Sou bolsista do programa de pós-graduação em ciência e tecnologia ambiental na Universidade Federal do ABC (UFABC) e integro o grupo de pesquisa em saneamento básico da universidade, onde auxilio nas análises laboratoriais e no desenvolvimento de projetos.
É verdade que você faz parte de um projeto que monitora a Covid-19 no esgoto?
Sim, é um projeto financiado pelos Ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Inovações. Coletamos amostras em estações de tratamento de esgoto e analisamos a presença ou não do coronavírus. Os estudos mostraram que, com esse monitoramento, é possível antecipar a situação da pandemia em até 14 dias, o que pode servir de alerta para a população e auxiliar na tomada de decisão por parte do governo e das agências locais.
Quer entender na prática o que a Aline Kaori faz? Assista ao vídeo clicando aqui.
Qual a parte mais legal do seu trabalho? E a mais desafiadora?
Adoro a rotina do laboratório, onde coloco em prática tudo que aprendi na teoria. Além disso, entramos em contato com o que há de mais novo e recente no mundo da ciência. É um trabalho de grande responsabilidade, pois os resultados que geramos são publicados e utilizados por empresas e representantes do governo que tomam ações com base neles, o que impacta diretamente na vida da população local.
Quais dicas você daria para os Estudantes que pensam em seguir essa carreira?
A área ambiental é bem ampla, com muitas possibilidades de atuação em empresas privadas, públicas ou na área de pesquisa e inovação. Se você quer entrar na área porque tem o sentimento de trabalhar com um propósito humanista, de fazer a diferença na sociedade, então, está no caminho certo.
Da esquerda para direita: Aline, Sophia, Vinicius e Gustavo, coordenadores e secretários da DE-Esperança da BSGI (2019). Foto de arquivo pessoal
Qual frase do Mestre você mais gosta e que representa seu desafio profissional?
Há uma frase do sensei que me incentivou muito no ano passado, principalmente, quando estava decidindo qual seria o meu próximo passo após a faculdade:
O importante é ser paciente e ter profunda determinação de alcançar algo significativo no futuro. A juventude não é uma época para impaciência. Sua verdadeira essência como ser humano será colocada à prova daqui a dez, vinte ou trinta anos. O que importa é o tipo de pessoa que será e se cumprirá ou não sua missão nesta época. Cada um possui uma missão exclusiva a desempenhar. Se não tivessem uma missão não teriam vindo neste mundo.
(Juventude: Sonhos e Esperanças, v. 1, p. 21)
Qual a importância da Divisão dos Estudantes na sua vida?
Cada atuação dentro da Soka Gakkai foi importante para mim. Enquanto membro da DE, eu aprendi a ter sonhos; como membro da DJ, aprendi a não ter medo de ser eu mesma; com o Grupo Cerejeira, aprendi a ser forte e me valorizar e, agora, enquanto líder na DE, aprendo todos os dias com o coração puro dos Estudantes. Esses são só alguns exemplos, ainda tenho um grande sentimento de gratidão por muitas pessoas e pelos momentos vividos nas atividades.
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