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[22] “O Aspecto Real do Gohonzon”

Extraia o infinito benefício do Gohonzon por meio da fé

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28/03/2014

[22]  “O Aspecto Real do Gohonzon”

Extraia o infinito benefício do Gohonzon por meio da fé

Explanação do presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda

“Nós, da Soka Gakkai, temos fé!” — Esta declaração apaixonada do meu mestre Jossei Toda tocou profundamente o coração de todos que ouviam seu discurso na Convenção da Soka Gakkai em novembro de 1957 e, assim, os fez despertar. Naquela época, o poder que dominava o Japão criticava e atacava a Soka Gakkai, que por sua vez crescia num ritmo irrefreável, com muitos jovens se juntando alegremente à sua marcha. A mídia também especulava incansavelmente as razões para o crescimento fenomenal da organização, fazendo uma série de suposições negativas e imprecisas a seu respeito.

Rindo dessas avaliações superficiais, Toda Sensei declarou:

“Nós, da Soka Gakkai, temos fé; possuímos o Gohonzon. Tudo o que obtivemos é resultado do benefício da nossa fé no Gohonzon. (...) A fé está no coração de tudo. Permanecermos firmes em nossa prática budista é o que importa. Enquanto tivermos essa resoluta convicção, jamais seremos abalados por qualquer coisa que escrevam ou digam sobre nós”.2

A fé é a fonte da vitória absoluta

Claro que as razões para o notável crescimento da Soka Gakkai da década de 1950 em diante poderia ser igualmente explicado do ponto de vista das diversas condições “objetivas”, tais como a situação da sociedade e a época. Toda Sensei também sabia disso. Mas o desenvolvimento da nossa organização se deu unicamente por fatores externos? Não, certamente não. Sem a fé do Sr. Toda, que se levantou sozinho para concretizar o Kossen-rufu com coragem e dedicação altruísta para propagar a Lei, e sem a fé dos três primeiros presidentes da Soka Gakkai unidos pelos laços de mestre e discípulo, a Soka Gakkai, como a conhecemos hoje, não existiria. Nesse sentido, o magnífico avanço do nosso movimento é resultado de estarmos sempre baseados na fé.

A fé é a fonte da vitória absoluta, para se vencer em todos os aspectos. Ela é a base da prática budista para a nossa felicidade e a dos outros. É a chave para a realização da nossa revolução humana e transformação do carma. É a espada afiada para cortarmos os obstáculos e as maldades. É a força motriz para o Kossen-rufu e para a conquista de uma paz duradoura e próspera, baseada nos princípios humanistas do Budismo Nitiren. Isso jamais mudará em qualquer tempo — de fato, temos de nos assegurar que isso nunca mude. Essa é a essência da SGI, que não podemos perder de modo algum. E como tal, os esforços de hoje para desenvolvermos uma nova “SGI jovem” também começam com uma forte fé, uma fé sempre vibrante.

Voltemos agora para o escrito de Nitiren Daishonin, “O Aspecto Real do Gohonzon”, e vamos juntos estudar a essência da “fé baseada no Gohonzon”

Em primeiro lugar, este Gohonzon foi revelado nos últimos oito dos cinquenta anos em que o Buda [Sakyamuni] pregou neste mundo, e nesse período de oito anos [este Gohonzon foi revelado], em oito capítulos [do Sutra de Lótus], que vão do [15º] capítulo “Emergindo da Terra” ao [22º] capítulo “Transferência”. Pois bem, se nos três períodos posteriores à morte do Buda e nos dois mil anos dos Primeiros e Médios Dias da Lei, ainda nem existia a expressão “objeto de devoção do ensinamento essencial”, como então o objeto de devoção poderia ter sido revelado? Além disso, não havia ninguém capaz de expressá-lo. (...)

Quão maravilhoso é o fato de que, decorridos mais de duzentos anos dos Últimos Dias da Lei, eu tenha sido o primeiro a revelar, como o estandarte da propagação do Sutra de Lótus, este grande mandala [do Gohonzon] que nem mesmo [os eruditos monges budistas indianos] Nagarjuna e Vasubandhu, [e os grandes mestres da China] Tient’ai e Miao-lo conseguiram expressar. De forma alguma este mandala é algo que eu tenha inventado. Ele é o objeto de devoção que retrata o Buda Sakyamuni, o Mundialmente Reverenciado, sentado dentro da Torre de Tesouro do Buda Muitos Tesouros, e os budas que eram emanações de Sakyamuni. Essa representação é tão perfeita quanto uma impressão que coincide com seu molde talhado em madeira (END, v. I, p. 323-324).

O Gohonzon existe para a iluminação de todas as pessoas nos Últimos Dias da Lei

O Gohonzon existe para a iluminação e genuína felicidade de todas as pessoas por todo o eterno futuro dos Últimos Dias da Lei.

O juramento de Sakyamuni, bem como o desejo dos budas das três existências do passado, presente e futuro, é permitir que todos atinjam a mesma iluminação dos budas.3 Nitiren Daishonin foi a primeira pessoa a revelar o objeto de devoção, ou Gohonzon, para a concretização desse desejo, manifestando-o na forma de um “grande mandala” (END, v. I, p. 323).

Em “O Aspecto Real do Gohonzon”, Daishonin explica sobre os imensuráveis benefícios obtidos por se fazer oferecimentos a este Gohonzon, “o grande mandala nunca antes conhecido” (END, v. I, p. 325).

Esta carta foi escrita em agosto de 1277 e expressa a gratidão de Nitiren Daishonin pelos diversos oferecimentos que sua discípula Nitinyo fez ao Gohonzon. Pouco se sabe sobre ela, mas acredita-se que era uma mulher estudiosa e de profunda fé. Neste escrito, Daishonin elucida com grande clareza e detalhes o profundo significado do Gohonzon que concedeu a Nitinyo e os benefícios de se manter a fé nele. Ele também a incentiva a cultivar forte fé no Gohonzon.

Ele inicia explicando que o objeto de devoção, ou Gohonzon, pode ser encontrado no Sutra de Lótus que Sakyamuni ensinou nos últimos oito anos de suas cinco décadas de pregação, e que, no Sutra de Lótus, ele pode ser encontrado nos oito capítulos do ensinamento essencial (na segunda metade do sutra), a partir do 15º capítulo, “Emergindo da Terra”, até o 22º capítulo, “Transferência” (cf. END, v. I, p. 323).

A referência a esses oito capítulos tem um profundo significado. E os Bodhisattvas da Terra,4 que aparecem apenas no Sutra de Lótus e, neste, somente em oito capítulos, são peça fundamental deste trecho. Um importante tópico do Sutra de Lótus consiste em identificar quem irá propagar a Lei amplamente após a morte de Sakyamuni. O foco principal, portanto, está no fato de Sakyamuni transferir essa tarefa aos Bodhisattvas da Terra e, em particular, ao seu líder, o Bodhisattva Práticas Superiores.

No 15º capítulo do Sutra de Lótus, “Emergindo da Terra”, os Bodhisattvas da Terra são convocados, e no capítulo seguinte, “Revelação da Vida Eterna do Buda” (16º capítulo do Sutra de Lótus), é revelada a verdadeira identidade de Sakyamuni como um buda que alcançou a iluminação num passado inconcebivelmente remoto. No 21º capítulo, “Os Poderes Místicos do Buda”, a missão de propagar o Sutra de Lótus é confiada aos Bodhisattvas da Terra, e no 22º capítulo, “Transferência”, a Cerimônia no Ar5 se encerra com a partida dos Bodhisattvas da Terra.

Nitiren Daishonin afirma que o “objeto de devoção do ensinamento essencial” (END, v. I, p. 323), que é representado pela Cerimônia no Ar do Sutra de Lótus, não foi revelado durante os dois mil anos dos Primeiros e Médios Dias da Lei após a morte do Buda, nem houve alguém nesse período que pudesse lhe dar expressão. Ele, então, diz que agora, cerca de dois séculos após o início dos Últimos Dias da Lei, ele é o primeiro a revelar o objeto de devoção, o Gohonzon, como “o estandarte da propagação do Sutra de Lótus” (END, v. I, p. 323).

O Budismo Nitiren é o ensinamento para a concretização de um mundo no qual todos os seres vivos possam coexistir em harmonia e prosperar eternamente nos Últimos Dias da Lei, por meio do poder da Lei Mística. O Gohonzon é a base da filosofia, da fé e da prática para se alcançar esse objetivo.

Toda Sensei descreveu a verdadeira essência de nossa vida dedicada à Lei Mística do Tempo Original [kuon ganjo]: “Quando observamos nossa existência original [do infinito passado], descobrimos que vivíamos com plena liberdade num reino brilhante de pureza e alegria. Éramos belos em espírito e em mente”.6 Nesse sentido, sua mensagem é que todos nós somos Bodhisattvas da Terra que participaram da Assembleia na qual o Sutra de Lótus foi pregado, e agora surgimos nos Últimos Dias da Lei para cumprir nosso juramento de construir tal reino brilhante no mundo real.7

Somos os Bodhisattvas da Terra que apareceram voluntariamente neste mundo saha de incessantes sofrimentos e conflitos, hasteando bem alto a bandeira do Kossen-rufu e os nobres ideais do ensinamento correto do Budismo. Abraçando a fé no Gohonzon revelado por Nitiren Daishonin, trabalhamos para a realização de um mundo de paz e felicidade para toda a humanidade. Daishonin, que lutou de forma pioneira e abnegada para propagar a Lei, elucidou o Gohonzon em prol do Kossen-rufu e como um meio de nos despertar para nossa nobre missão em prol desse objetivo.

Nitiren Daishonin diz a Nitinyo que o Gohonzon é “o grande mandala nunca antes conhecido” (END, v. I, p. 325) que permite que todas as pessoas atinjam o estado de Buda. Na primeira metade desta carta, ele explica o profundo significado do Gohonzon, enfatizando a importância de se ter uma sincera fé.

“O estandarte da propagação do Sutra de Lótus”

Vale ressaltar novamente que Daishonin menciona que revelou o Gohonzon como “o estandarte da propagação do Sutra de Lótus” (END, v. 1, p. 323), indicando que a ampla propagação da Lei, ou o Kossen-rufu, era o seu propósito ao revelá-lo. Ele inscreveu o Gohonzon, na forma de um mandala, para que todas as pessoas dos Últimos Dias da Lei pudessem atingir o estado de Buda. Seu objetivo era permitir que o maior número possível de pessoas orasse diante do Gohonzon e desfrutasse seu benefício, e possibilitar a propagação da Lei Mística para tantas pessoas quanto possível. Nesse sentido, o Gohonzon é verdadeiramente o estandarte do Kossen-rufu.

Por meio de nossos esforços para compartilhar o Budismo Nitiren com os outros [shakubuku], concedemos a bandeira da revolução humana e da transformação cármica para uma pessoa após outra. Hastear altivamente a bandeira da propagação da Lei Mística em cada localidade é fazer o kosen-rufu avançar. O Gohonzon é a bandeira do mais alto orgulho e repleto de esperança.

Quando Toda Sensei se tornou o segundo presidente da Soka Gakkai (em maio de 1951), ele iniciou uma grande campanha de shakubuku. E declarou: “Agora é a hora de propagar o Gohonzon”. Ele fez essa decisão com base em sua avaliação sobre a época. Não há dúvida de que a resoluta fé do presidente Toda abriu caminho para o desenvolvimento mundial do kosen-rufu que conquistamos hoje. Isso ressalta a nossa profunda missão de concretizar o decreto do Buda.

A iluminação de todos

os seres dos Dez Mundos

Nitiren Daishonin prossegue: “De forma alguma este mandala é algo que eu tenha inventado” (END, v. I, p. 324). Ele nos assegura que o Gohonzon não é uma criação arbitrária sua. É o objeto de devoção que representa os cinco ideogramas do Myoho-rengue-kyo8 — a Lei para evidenciar o estado de Buda inerente à nossa vida — e expressa o Buda Sakyamuni sentado na Torre de Tesouro do Buda Muitos Tesouros e todos os budas que foram suas emanações. Em outras palavras, o Gohonzon é uma representação perfeita do Verdadeiro Aspecto de Todos os Fenômenos,9 dos princípios fundamentais da Possessão Mútua dos Dez Mundos10 e dos Três Mil Mundos num Único Momento da Vida,11 os quais foram elucidados durante a Cerimônia no Ar do Sutra de Lótus.

Quando olhamos para o Gohonzon, vemos que o Nam-myoho-rengue-kyo — referido nesta carta como “os cinco ideogramas do título do Sutra de Lótus” (END, v. I, p. 324) — está escrito no centro, e nas laterais constam os representantes de cada um dos Dez Mundos. Isso indica que todos os seres vivos dos Dez Mundos, até os budas e bodhisattvas, estão, sem exceção, incorporados no Gohonzon. Isso está de acordo com a passagem do 11º capítulo do Sutra de Lótus, “Surgimento da Torre de Tesouro”, citado por Daishonin nesta carta: “[o Buda Sakyamuni usou seus poderes místicos] para suspender todos os membros da grande assembleia no ar” [LSOC, cap. 11, p. 215 (LS, cap. 11, p. 176)] (END, v. I, p. 324).

O Gohonzon, portanto, incorpora “sem exceção todos os seres” dos Dez Mundos. É uma representação da Possessão Mútua dos Dez Mundos, princípio que indica que todos os seres vivos, quando iluminados pela luz da Lei Mística, manifestam “os dignos atributos que possuem inerentemente” (cf. END, v. I, p. 832).

Em resumo, quando todas as funções dos Dez Mundos inerentes à nossa vida são envolvidas pela luz da sabedoria e da benevolência do estado de Buda, damos expressão ao poder da suprema bondade e criamos um valor duradouro. Isso também significa que cada indivíduo é único e nasceu para brilhar como entidade da Lei Mística e manifestar sua digna natureza inerente. O Gohonzon nos permite construir o que Toda Sensei descreveu como “um reino de alegria, puro e ensolarado, de amigos que vivem juntos em paz e harmonia”.12

Nesse reino, todos — independentemente das circunstâncias ou se ainda estão no processo da transformação cármica — brilham com “os dignos atributos que possuem inerentemente”. Aqueles no mundo do inferno, por exemplo, manifestam o mundo do inferno contido no mundo do estado de Buda, e embora ainda possam estar sofrendo, não é um sofrimento sem esperança, de vagar perdido na escuridão eterna. Eles podem fazer brotar a coragem de enfrentar a dura realidade, a sabedoria para superar os obstáculos que surgem, dentro e fora de sua vida, e uma poderosa energia vital para avançar novamente. Os sofrimentos se tornam desafios que ajudam na própria transformação pessoal e no crescimento, são um trampolim para um grande desenvolvimento.

Iluminado pela luz dos cinco ideogramas do Nam-myoho-rengue-kyo, o nobre estado de vida, que é uno com as funções da Lei Mística, vibra mesmo no estado de Inferno. Assim, o significado dos sofrimentos do inferno se transforma completamente.

Enquanto estava na prisão, Tsunessaburo Makiguti, fundador e primeiro presidente da Soka Gakkai, escreveu serenamente: “Agora, meu trabalho consiste em me concentrar atentamente em minha fé. Se eu puder fazer isso, não ficarei nem um pouco ansioso. (...) Dependendo do estado de espírito, até mesmo o inferno pode ser agradável”.13 Toda Sensei também disse que se nos basearmos no Gohonzon, evidenciamos um estado de vida no qual ficamos cheios de ilimitada alegria onde estivermos.

A vida de cada pessoa é uma entidade dotada dos princípios da Possessão Mútua dos Dez Mundos e dos Três Mil Mundos num Único Momento da Vida. Em seu âmago, ela é perfeita e completa — não há nada de estranho a ser subtraído e nada falta que precise ser adicionado. Não existe vida que não seja formada por alegrias e tristezas, que passe por altos e baixos. E não importa quanto possamos tentar, não podemos evitar os sofrimentos universais de nascimento, envelhecimento, doença e morte.

A Possessão Mútua dos Dez Mundos é o verdadeiro aspecto da vida, e cada um dos Dez Mundos que mutuamente contém os outros dez é uma manifestação da Lei Mística.

O Gohonzon e a fé na Lei Mística nos permitem evidenciar o supremo estado de Buda e estabelecê-lo firmemente em nossa existência.

O aspecto real do Gohonzon é baseado no Verdadeiro Aspecto de Todos os Fenômenos elucidado no Sutra de Lótus, e mostra que nós, como pessoas comuns e em nossa forma atual, podemos manifestar o grandioso estado de Buda. Antes disso, jamais existiu no Budismo tal objeto de devoção. Embora houvesse muitas magníficas representações de budas e bodhisattvas em pinturas e esculturas, não havia um mandala que incorporasse o princípio da Possessão Mútua dos Dez Mundos que permitisse que pessoas comuns atingissem o estado de Buda. Nitiren Daishonin foi o primeiro a revelar o Gohonzon que ilumina “os dignos atributos que possuem inerentemente”; em outras palavras, o objeto de devoção para a iluminação de toda a humanidade. Este Gohonzon é verdadeiramente o “grande mandala nunca antes conhecido” (END, v. I, p. 325), que representa o mundo do Budismo como religião em prol do ser humano.

Evitar a calúnia à Lei e os maus amigos

Nitiren Daishonin então afirma que desde que Nitinyo ore diante deste “grande mandala nunca antes conhecido” (END, v. I, p. 325), ela experimentará um imenso benefício, tanto na presente existência como nas futuras — ou seja, desfrutará de felicidade nesta vida e proteção na próxima. Ele quis dizer que este grande Gohonzon existe para ela, isto é, em prol dela. Quanto essas palavras benevolentes devem ter tranquilizado Nitinyo, dissipando todas as suas preocupações e angústias sobre a vida na era maléfica dos Últimos Dias da Lei.

Para experimentar esse grandioso benefício é essencial possuir uma fé que continuamente busca e abraça o Gohonzon. É por isso que Daishonin adverte Nitinyo para que se afaste dos caluniadores da Lei e dos “maus amigos”,14 que minam e destroem a fé das pessoas. Ele diz: “É isto o que quer dizer o ensinamento [do Sutra de Lótus] ‘afaste-se dos maus amigos e procure os bons’ [LSOC, cap. 3, p. 114 (LS, cap. 3, p. 78)]” (END, v. I, p. 832).

Jamais busque este Gohonzon fora de si mesma. O Gohonzon existe apenas dentro do corpo de pessoas como nós, mortais comuns, que abraçam o Sutra do Lótus e recitam Nam-myoho-rengue-kyo. O corpo é o palácio da nona consciência,15 a realidade imutável que rege todas as funções da vida. Estar dotado dos dez mundos significa que os dez, sem exceção, existem em cada mundo. Por esse motivo, [o Gohonzon] é chamado de mandala. “Mandala” é uma palavra sânscrita traduzida como “dotado de perfeição” ou “concentração de benefícios”. Este Gohonzon também se encontra unicamente nos dois ideogramas com os quais se escreve “fé”.16 A isto se refere o sutra quando declara que as pessoas somente podem “obter acesso por meio da fé” [LSOC, cap. 3, p. 110 (LS, cap. 3, p. 73)] (END, v. I, p. 325-326).

O Gohonzon existe dentro de nós

Nitinyo deve ter ficado extremamente comovida ao saber que o Gohonzon que recebera de Daishonin era o Gohonzon revelado pela primeira vez nos Últimos Dias da Lei. Porém, Nitiren Daishonin mostra um fato ainda mais surpreendente: “Jamais busque este Gohonzon fora de si mesma. O Gohonzon existe apenas dentro do corpo de pessoas como nós, mortais comuns, que abraçam o Sutra do Lótus e recitam Nam-myoho-rengue-kyo” (END, v. I, p. 325). Com isso, ele explica que o Gohonzon não existe fora de nós, mas sim em nossa própria vida. Deslocar o foco da fé e da prática do exterior para o interior do indivíduo foi uma mudança dramática.

Na época de Daishonin — e, muitas vezes, também hoje em dia — nós nos deparamos com uma visão profundamente enraizada de que somos seres diminutos, insignificantes e que a realidade última e o eterno valor habitam em algum lugar fora de nós, num local distante. Esse pensamento está totalmente ligado à crença em algum poder sobrenatural, de outro mundo.

O Budismo Nitiren, no entanto, rejeita completamente essa ideia. Ele ensina sobre a verdadeira realidade da vida na qual a Lei eterna e imutável se manifesta nas pessoas comuns, que vivem aqui e agora.

O termo “buda”, afinal, significa “iluminado”. Mas para o que o Buda se ilumina? Para aquilo que deve constituir a verdadeira base da nossa vida — ou seja, a Lei e a verdadeira essência do nosso ser. Ele despertou para a Lei universal que permeia todos os fenômenos, que fora encoberta pela escuridão fundamental;17 e também para a grandeza da vida de cada indivíduo que é uno e indivisível com a Lei.

“O Gohonzon existe apenas dentro do corpo de pessoas como nós” — o real significado dessa afirmação é que o Gohonzon inscrito por Daishonin funciona como um meio pelo qual conseguimos despertar e evidenciar o Gohonzon (estado de Buda) dentro de nós. Quando oramos diante do Gohonzon físico, o mesmo Gohonzon que está em nosso coração se manifesta claramente quando recitamos Nam-myoho-rengue-kyo para a nossa felicidade e a felicidade dos outros.

Em outra carta que Daishonin enviou a Nitinyo no ano seguinte (1278), intitulada “Uma Síntese de ‘Transferência’ e de Outros Capítulos”, ele escreve de forma similar: “Quando pondero onde o capítulo “Surgimento da Torre de Tesouro” [no qual a Torre de Tesouro surge e a Cerimônia no Ar se inicia] está agora, vejo que deve ser encontrado no Lótus de oito pétalas18 do coração dentro do peito da Dama Nitinyo” (END, v. I, p. 85). [Com isso, Daishonin explica que o Gohonzon, que incorpora a Torre de Tesouro que representa o estado de Buda, encontra-se dentro de nós.] Quando Nitinyo leu essas palavras de Daishonin, sem dúvida ela se recordou de sua afirmação anterior de que “O Gohonzon existe apenas dentro do corpo de pessoas como nós”. Nesses trechos, as expressões “dentro do corpo de pessoas como nós” e “no Lótus de oito pétalas do coração” têm o mesmo significado de “nas profundezas de sua própria vida”.

Dito de outra forma, Nitiren Daishonin descreve que o nosso interior é “o palácio da nona consciência, a realidade imutável que rege todas as funções da vida” (END, v. I, p. 325). A nona consciência — também chamada de consciência amala ou consciência pura — é muitas vezes citada nos textos budistas como “rei da mente”19 ou “governante da mente”, indicando a entidade fundamental da própria mente. “Realidade imutável” significa a suprema verdade livre de toda ilusão. Uma vez que o “rei da mente” habita esta realidade imutável, nosso corpo mortal é chamado de seu “palácio”.

Em “Resposta a Kyo’o”, Daishonin escreve: “Eu, Nitiren, inscrevi minha vida em tinta sumi, assim, creia no Gohonzon com todo o seu coração” (END, v. I, p. 276). Ele diz aqui que inscreveu o estado de Buda que ele atingiu como devoto do Sutra de Lótus — um estado de vida idêntico à “realidade imutável” — na forma de Gohonzon.

O Gohonzon tem a forma de um mandala. O termo sânscrito “mandala” também foi traduzido para o chinês como “dotado de perfeição” e “concentração de benefícios” (cf. END, v. I, p. 326). Ou seja, um tesouro do qual podemos extrair infinitos benefícios e deles desfrutar livremente.

Toda Sensei disse: “A vida de Nitiren Daishonin é Nam-myoho-rengue-kyo, então nossa vida, como discípulos dele, também é Nam-myoho-rengue-kyo”.20 Em outra ocasião, ele declarou: “Quando abraçamos a fé na Lei Mística, em resposta o poder fundamental de Nitiren Daishonin brota de dentro de nosso ser, e nós também revelamos nosso verdadeiro eu — ou seja, nossa verdadeira natureza iluminada que é una com a realidade eterna, imutável”.21

Atingir o imensurável benefício

por “obter acesso por meio da fé”

Nesta carta, Nitiren Daishonin explana ainda: “Este Gohonzon também se encontra unicamente nos dois ideogramas com os quais se escreve ‘fé’. A isto se refere o sutra quando declara que as pessoas somente podem ‘obter acesso por meio da fé’” [LSOC, cap. 3, p. 110 (LS, cap. 3, p. 73)]” (END, v. I, p. 326). Fé, nessa única palavra encontra-se a chave para se alcançar o estado de Buda. Mesmo Shariputra, que era conhecido como o discípulo mais sábio de Sakyamuni, pôde obter acesso à verdade última do Sutra de Lótus por meio da fé. Este é o significado da passagem do Sutra de Lótus “somente podem obter acesso por meio da fé”.

Quando as pessoas comuns dos Últimos Dias da Lei estão diante do Gohonzon, a incorporação do grandioso estado de Buda, e recitam Nam-myoho-rengue-kyo com profunda e resoluta fé, elas conseguem obter acesso ao reino brilhante do tempo original manifesto no Gohonzon. Nitiren Daishonin refere-se ao Gohonzon como o “objeto de devoção para observação da mente” (cf. END, v. 5, p. 161).

O propósito do Gohonzon é nos permitir “observar nossa mente”, ou seja, enxergar e despertar para o estado de Buda inerente à nossa vida. Mas ser capaz de ver a verdadeira natureza de nossa mente, ou atingir a iluminação, não é algo alcançado por meio de teorias ou práticas meditativas, o fundamento de tudo é a fé. É por isso que Daishonin escreve: “Este Gohonzon também se encontra unicamente nos dois ideogramas com os quais se escreve ‘fé’”. O “objeto de devoção para a observação da mente” é o “objeto de devoção da fé”.

O Gohonzon (estado de Buda) se manifesta na vida de quem tem forte fé. Uma pessoa pode até possuir o Gohonzon, mas sem fé não receberá qualquer benefício. A fé é o que faz com que a “concentração de benefícios”, que é o Gohonzon, se manifeste em nossa vida. Assim, enquanto a nossa fé permanecer viva, a “concentração de benefícios” jamais perecerá. Mesmo se viermos a perder o nosso Gohonzon (físico) num acidente ou desastre, desde que mantenhamos nossa fé, o Gohonzon inerente à nossa vida permanecerá intacto e poderemos ativar seu poder benéfico.

O poder benéfico do Gohonzon se manifesta somente quando temos fé. De fato, o Gohonzon encontra-se em nossa fé.

No próximo trecho, Nitiren Daishonin reitera a importância da fé.

Visto que os discípulos e seguidores leigos de Nitiren creem unicamente no Sutra de Lótus descartando honestamente os meios apropriados22 e não aceitem sequer uma única estrofe dos demais sutras,23 tal como o Sutra de Lótus ensina, poderão entrar na Torre de Tesouro do Gohonzon. Que tranquilizador! Esforce-se ao máximo pelo bem de sua próxima existência. O mais importante é que, recitando apenas o Nam-myoho-rengue-kyo, a senhora poderá atingir o estado de Buda. Sem dúvida, isso dependerá da força de sua fé. Ter fé é a base do Budismo. (...)

Um documento não budista relata que, pelo fato de o imperador da dinastia Han ter acreditado nas palavras de seu assessor, as águas de um rio congelaram imediatamente. Outro documento descreve como Li Kuang, ávido para vingar seu pai, enterrou a haste de uma flecha, até as penas, numa rocha escondida na relva. Os comentários de Tient’ai e de Miao-lo deixam perfeitamente claro que a fé é a pedra angular. Como o imperador da dinastia Han acreditou totalmente nas palavras de seu vassalo, o rio congelou. E Li Kuang foi capaz de perfurar a rocha com uma flecha por acreditar piamente que a rocha era o tigre que havia matado seu pai. Quão mais verdadeiro isso é em relação ao Budismo! (END, v. I, p. 325-327)

A importância da sincera fé na Lei Mística

Neste trecho, Nitiren Daishonin escreve: “Visto que os discípulos e seguidores leigos de Nitiren creem unicamente no Sutra de Lótus descartando honestamente os meios apropriados e não aceitem sequer uma única estrofe dos demais sutras, tal como o Sutra de Lótus ensina, poderão entrar na Torre de Tesouro do Gohonzon” (END, v. 1, p. 326).

O Gohonzon é uma representação do mundo do tempo original iluminado pela Lei Mística. Ele incorpora a suprema Lei do Nam-myoho-rengue-kyo. Manter a fé no Gohonzon é a única maneira pela qual podemos adornar a nossa vida como o “palácio da nona consciência”. É por isso que precisamos orar ao Gohonzon com sincera fé, acreditando somente na Lei Mística. Se fizermos isso, então nessa presente existência o Gohonzon irá residir em nossa fé e as funções místicas dele se manifestarão em nossa vida. E em nossa próxima existência, podemos adentrar a Torre de Tesouro do Gohonzon, tal como Nitiren Daishonin garante (cf. END, v. I, p. 326), e também seremos capazes de entrar na Torre de Tesouro da Cerimônia no Ar que é o símbolo do estado de Buda do universo como um todo. Além disso, como indicado pela passagem: “Esforce-se ao máximo pelo bem de sua próxima existência” (END, v. I, p. 326), por meio de nosso empenho em nossa prática budista nesta existência, nossa vida continuará no mundo do estado de Buda mesmo após a morte. Essa passagem atesta o enorme benefício que desfrutamos tanto nesta existência como nas futuras.

Por meio de uma sincera fé no Gohonzon, podemos atingir um eterno estado de felicidade absoluta, repleto de alegria, tanto na vida como na morte. É por isso que Nitiren Daishonin escreve: “O mais importante é que, recitando apenas o Nam-myoho-rengue-kyo, a senhora poderá atingir o estado de Buda” (END, v. I, p. 326). O objetivo fundamental da nossa prática budista é atingir o estado de Buda tal como somos, por meio da recitação do Nam-myoho-rengue-kyo diante do Gohonzon.

Daishonin afirma que a chave para alcançarmos o estado de Buda em nossa forma atual “dependerá da força de nossa fé” (cf. END, v. I, p. 326). Em outra carta [“Resposta à Monja Leiga Nitigon”], ele escreve: “O fato de sua oração ser ou não respondida depende de sua fé; [caso não seja], a culpa não está, de modo algum, em mim, Nitiren” (END, v. 6, p. 95).

Os poderes de nossa fé e de nossa prática ativam o poder do Buda e da Lei incorporados no Gohonzon, fazendo surgir benefícios em nossa vida. A fé é fundamental. Uma fé forte, vibrante, é o poderoso motor para a ação e para a prática.

Nitikan Shonin (1665–1726), um grande restaurador do Budismo Nitiren, escreveu: “Se você tem fé neste Gohonzon e recita Nam-myoho-rengue-kyo, mesmo por curto período, não haverá oração sem resposta nem pecado imperdoável, toda fortuna será concedida e toda justiça será provada”.24 Desde os primeiros dias da nossa organização, essa passagem tem ajudado muitos membros a cultivar firme fé no Gohonzon. Eles despertaram para o Gohonzon que existe dentro do seu próprio ser e evidenciaram a energia vital de que precisavam para superar todas as adversidades. Nenhuma oração baseada na fé no Gohonzon ficará sem resposta. Isso é um fato incontestável que nós, da Soka Gakkai, comprovamos por meio da fé

O poder da fé para entrarmos no ritmo do universo

Em outra carta [“O Significado da Fé”], na qual Nitiren Daishonin menciona as mesmas passagens do Sutra de Lótus deste escrito para Nitinyo — “abandonando honestamente os ensinamentos provisórios” e “não aceitando sequer um único verso de outros sutras” —, ele oferece um exemplo para destacar a importância da fé advinda de um coração puro: “Como uma criança se recusa a deixar sua mãe” (END, v. 6, p. 93). Certamente, uma criança é totalmente dependente da sua mãe e confia inteiramente em seu amor. Daishonin, então, usa isso para ilustrar a importância primordial da fé. Nossa vida, em certo sentido, começa quando depositamos nossa confiança ou fé neste mundo em que nascemos.

O jornalista norte-americano Norman Cousins (1915–1990), com quem dialoguei, era extremamente interessado no poder da fé ou da crença. Começando por sua própria experiência de superação de uma grave doença, ele tinha muitos exemplos documentados que demonstram o poder da crença no processo de cura. Ele escreveu: “Nada é mais maravilhoso nos 15 bilhões de neurônios do cérebro humano que a capacidade deles de converter pensamentos, esperanças, ideias e atitudes em substâncias químicas. Tudo começa, portanto, com a crença. O que acreditamos é a opção mais poderosa para tudo”.25

O grande escritor russo Leon Tolstoi (1828–1910) também enfatizou o maravilhoso poder da fé. Um personagem de uma de suas obras declara: “A batalha é vencida pelo lado que está firmemente decidido a ganhar”,26 e “É preciso acreditar na possibilidade da felicidade a fim de ser feliz”.27

A fé é o fundamento indispensável da existência humana e o caminho de nossa vida é decidido por quão forte ou fraca é a nossa fé.

Na presente carta, Nitiren Daishonin cita dois exemplos da história chinesa. No primeiro, ele se refere ao “imperador de Han” — imperador Guangwu da última dinastia Han — que, quando era general, acreditara no relatório de seu assessor atestando que um rio tinha congelado e que suas tropas poderiam atravessá-lo. Mas, na verdade, o rio não estava congelado. Contudo, em resposta à crença de Guangwu, ele de fato congelou, e assim o imperador e suas tropas cruzaram-no com sucesso.

O segundo exemplo diz respeito a Li Kuang, um general dos primórdios da dinastia Han. Ele acreditava que a pedra que tinha visto era o tigre que matara seu pai, e então lançou uma flecha em sua direção, chegando a perfurá-la (cf. END, v. I, p. 327).

Daishonin declara que o poder da fé no Budismo é ainda mais extraordinário (cf. END, v. I, p. 327). Uma fé sincera e inabalável no Gohonzon irá congelar o turbulento rio dos sofrimentos de nascimento e morte e perfurará a pedra da escuridão fundamental ou da ignorância.

Makiguti Sensei declarou que a nossa fé no Gohonzon permite que qualquer pessoa atinja o estado de Buda em sua forma atual. Ele também escreveu:

Quando alinhamos nossa vida com o vasto e poderoso ritmo do universo, mesmo esta minúscula vida individual pode manifestar uma pulsação de ilimitada energia vital, uma sabedoria profunda. Isso é chamado de fusão da realidade e da sabedoria. Mas a contemplação ociosa da Lei que rege o universo não levará a lugar algum. É por esse motivo que Nitiren Daishonin estabeleceu um método de prática que todas as pessoas podem empregar. Na forma de Gohonzon do Nam-myoho-rengue-kyo, ele expressou na forma de diagrama a entidade de todos os fenômenos, que é a essência da vida do universo. Quando praticamos o Budismo Nitiren, com base na fé no Gohonzon, podemos harmonizar a nossa vida com o ritmo do universo.28

Ao estabelecermos uma sólida fé no Gohonzon, podemos nos conectar à realidade e à sabedoria do Buda, que é iluminada para a essência da vida do universo. Por meio da fé, podemos entrar no expansivo mundo da sabedoria do Buda.

A prática budista significa seguir não só o caminho pelo qual o Buda se iluminou, mas também o caminho percorrido por ele depois de atingir a iluminação e, ainda, expandir esse caminho de acordo com a visão do Buda. Avançando com fé, todos nós podemos atingir o estado de Buda e ajudar e guiar os outros por meio de nossa conduta e de nossas ações como budas. O Gohonzon nos permite completar o Caminho do Buda e atingir o estado de Buda. Como isso é maravilhoso!

Tanto Makiguti Sensei como Toda Sensei ensinaram a importância da fé baseada no Gohonzon. Tal fé e prática foram difundidas em todo o mundo atualmente graças aos nossos esforços, como membros da SGI. Devido a isso, somos capazes de extrair o poder benéfico e imensurável do Gohonzon. Somente nós da SGI estamos praticando a fé baseados no Gohonzon de acordo com os ensinamentos de Nitiren Daishonin, e é por essa razão que conseguimos propagar o movimento pelo Kossen-rufu em todo o mundo.

Vamos continuar avançando eternamente com uma “fé embasada no Gohonzon”, esforçando-nos para dar continuidade ao espírito de Daishonin, com base no Gosho e na recitação do Nam-myoho-rengue-kyo.

Juntos por uma SGI jovem

Em novembro de 1950, num momento de amargas adversidades, quando Toda Sensei teve de renunciar ao cargo de diretor-geral da Soka Gakkai e a própria sobrevivência da organização estava em jogo, levantei-me na fé com uma feroz determinação. Como discípulo direto do Sr. Toda e no auge da juventude, acreditando no poder infinito do Gohonzon, iniciei uma luta para reverter toda aquela situação.

Em 17 de novembro, um dia antes do 20º aniversário de fundação da Soka Gakkai, escrevi em meu diário: “Percebo profundamente a necessidade de ter uma corajosa fé. (...) No fim, os poderes da nossa fé e da nossa prática determinarão tudo. O Gohonzon possui os poderes do Buda e da Lei. E somente pela nossa própria fé podemos provar, testar e adquirir o grande poder da Lei suprema incorporado no Gohonzon”.29

Estava com 22 anos quando fiz essa reflexão. Nas mais de seis décadas que se passaram a partir de então, venho demonstrado a verdade da “fé baseada no Gohonzon” para todos. Sob a minha liderança, a Gakkai triunfou por meio da força e da paixão dos jovens, do poder do juramente de mestre e discípulo e do poder da fé.

Toda Sensei sempre dizia: “Não há nada mais grandioso nem mais poderoso que a fé”.30

Vamos dar novos passos com uma fé poderosa e dinâmica. Com jovial e vibrante energia, vamos expandir nosso estado de vida e a órbita da vitória, felicidade e justiça. Juntem-se a mim para erguermos orgulhosamente bem alto a bandeira do Kossen-rufu uma vez mais e continuarmos a construção de uma SGI jovem rumo a uma nova era do humanismo.

(Daibyakurengue, edição de dezembro de 2011.)

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