Iluminem o mundo com o sol do juramento da juventude

Tanto na vida como na sociedade, é durante as grandes crises que somos capazes de evidenciar uma extraordinária força interior e abrir o caminho para uma nova era.

Nichiren Daishonin demonstrou isso quando abandonou sua condição transitória [de mortal comum] e revelou sua verdadeira identidade como Buda dos Últimos Dias da Lei durante a Perseguição de Tatsunokuchi, banhando toda a humanidade com a luz da ilimitada esperança.

Em 12 de setembro de 1271, prestes a ser executado em Tatsunokuchi (Japão), Daishonin mostrou uma condição de vida de suprema dignidade. Ele proclamou calmamente a seu discípulo Shijo Kingo, que o acompanhara até ali mesmo correndo risco de perder a vida: “Que alegria maior poderia haver?” (CEND, v. II, p. 26).

Meu mestre, segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, viu um profundo significado no fato de Daishonin “abandonar o transitório e revelar o verdadeiro” na presença do seu discípulo. Toda sensei acreditava que, com isso, Daishonin mostrou aos seus discípulos e, na realidade, a todas as pessoas dos Últimos Dias da Lei, que eles poderiam evidenciar a grandiosa condição de bodisatvas da terra do tempo sem início e ultrapassar qualquer dificuldade.

Depois do triunfante retorno do exílio na Ilha de Sado, que durara quase dois anos e meio, enquanto conflitos, epidemias e desastres naturais continuavam a assolar o país, Daishonin escreveu com profunda preocupação: “A dor e a angústia das pessoas comuns se acumularão até destruírem a nação” (WND, v. II, p. 526).

Um país não poderá se recuperar ou desfrutar a paz enquanto seus cidadãos estiverem sobrecarregados pela ansiedade e pela impotência. É vital que os indivíduos abracem uma filosofia correta e despertem para a dignidade inerente à sua vida.

Por essa razão, Daishonin declara: “Os seguidores [praticantes] do Sutra do Lótus são como o Monte Sumeru, o Sol e a Lua, ou o grande oceano” (WND, v. II, p. 525) e clama a seus discípulos que o sucedam em “estabelecer o ensinamento para a pacificação da terra”.

Daishonin “abandonou o transitório e revelou o verdadeiro” há quase 750 anos. Enquanto confrontamos essa grande crise do século 21 [a pandemia do coronavírus], incontáveis jovens bodisatvas da terra estão emergindo alegremente em todo o Japão e ao redor do mundo para cumprir seu juramento do tempo sem início e expandir a rede de nossa nobre causa.

Nossos sucessores, cidadãos globais Soka, que personificam o princípio de “azul mais azul que o anil”, são o Monte Sumeru de coragem, inabaláveis perante até a mais feroz das tempestades. Eles são o sol e a lua da sabedoria iluminando a escuridão de todos os sofrimentos. E são o grande oceano de amizade que conecta a humanidade através das barreiras.

Quão orgulhoso deve estar Nichiren Daishonin! Os budas e as divindades celestiais do universo certamente os protegerão.

É chegada a hora de fazer o sol do juramento dos jovens bodisatvas da terra brilhar ainda mais com a luz do tempo sem início e colocar em marcha a aurora da esperança em prol de uma nova era da civilização global!

Nossos jovens ao redor do mundo

estão “abandonando o transitório

e revelando o verdadeiro”.

Quão reconfortante são as

melodias da vida

dos bodisatvas da terra.