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Crônica

O cosmos e a borboleta

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13/01/2021

O cosmos e a borboleta

Recentemente, ao ver uma fotografia tirada pelo presidente Ikeda, meu coração foi tomado por grande alegria e emoção. Era a imagem de um belo jardim nos arredores de Shinanomachi, Tóquio. A foto retrata o exato instante em que uma borboleta pousa num belo cosmos que havia florescido com sua energia e radiância.

Ikeda sensei fez essa foto em 20 de setembro de 2020, e em dezembro do mesmo ano ela foi publicada na revista dos estudantes da Soka Gakkai. Observei-a por alguns minutos e tentei imaginar o exato instante daquele clique. De repente me veio à mente a imagem do presidente Ikeda, ao lado de sua esposa, Kaneko, passeando pelo jardim de sua residência e decidindo, junto com ela, compartilhar aquela imagem como uma mensagem para todos os companheiros. Lembrei-me também de uma passagem da Nova Revolução Humana que traduz o sentimento do Mestre em oferecer tal incentivo:

Shin’ichi também considerava as fotografias um instrumento para revitalizar as pessoas, inspirando alegria, esperança e coragem no coração delas. Elas eram uma forma de incentivar os membros, clamando-lhes: “Não sejam derrotados! Sejam fortes! Avancem comigo!”.1 

Isso me fez refletir que o momento eternizado por Ikeda sensei simbolizava o drama da própria vida. Aquele cosmos, apesar da aparência frágil, não se abalara diante dos ventos nem das chuvas. Em vez disso, suportou as adversidades naturais da sua própria existência para florescer dignamente com beleza e energia. O mesmo aconteceu com a borboleta, que passou por um processo desafiador para romper seu casulo. Somente com esse constante esforço é que suas asas se desenvolveram plenamente e assim ela pôde voar. Os ventos, as chuvas e o casulo são dificuldades e desafios da existência de ambos. E somente ao vencer cada um deles é que tanto o cosmos como a borboleta evidenciaram sua máxima beleza e cumpriram dignamente sua missão.

Assim também é nossa vida. Todos nós possuímos uma grandiosa missão. Naturalmente, no decorrer da jornada, muitos obstáculos e adversidades podem acontecer. É justamente nos momentos cruciais que devemos fazer surgir a coragem e a esperança em nosso coração. Tal como o cosmos que atrai a borboleta pela sua beleza e força, nosso esforço diário, firme e compenetrado, será capaz de atrair boa sorte, felicidade e vitória para nossa existência. 

Citando o trecho de um diálogo com seu mestre, Josei Toda, o presidente Ikeda disse: “Por onde se deve iniciar um novo trabalho ou uma nova luta? A partida deverá ser quebrar o casulo que nos cobria até agora! (...) Tudo deve ser iniciado pela própria revolução humana”.2

Juntos, com a energia da recitação do daimoku e com a dedicação dos esforços em prol da felicidade de todos à nossa volta, vamos romper as densas correntes do nosso destino e provocar o surgimento da mais bela florada em nossa vida, atraindo as radiantes borboletas da boa sorte, felicidade e vitória.

Ricardo Shin-iti Miyamoto

Redação

Notas:

1. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 15, p. 245, 2019.

2. Brasil Seikyo, ed. 1.912, 20 out. 2007, p. A2.

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