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Crônica

Tão bela quanto o céu, tão vasta como as estrelas

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01/08/2022

Tão bela quanto o céu, tão vasta como as estrelas

Gosto muito de analogias. Penso que elas apresentam, de forma simples, a semelhança e a relação entre os fatos da vida e os princípios e fundamentos da sabedoria budista.

Há alguns anos, ouvi certa vez uma analogia do nosso mestre, Dr. Daisaku Ikeda, que gravei em meu coração. Recentemente, ao ler o volume 30, parte II, da Nova Revolução Humana, eu me deparei com a mesma ilustração: nossa vida comparada ao voo de um avião.1

A juventude seria a decolagem. É uma época de muitos desafios e constantes transformações. Também é o momento em que os motores geram uma força máxima para levantar o voo sob o grande céu do vasto infinito. Quanto maior a velocidade de subida, mais fortes serão os ventos contrários, e esses deslocamentos de ar são a prova do impulso provocado pela aeronave. Ou seja, os ventos contrários são “provocados” pelo avanço do avião.

Concluída e primeira etapa do voo, o avião inicia a fase da velocidade de cruzeiro, e o aspecto da estabilidade e o avançar seguro pelo céu são o período da maturidade da vida. Para que voe com segurança e chegue ao destino da felicidade e da vitória são necessários combustível suficiente e fortes turbinas que suportem a viagem, ou seja, uma grande energia vital. A fonte disso é justamente a prática da fé — orar e comportar-se de acordo com as orientações e os valores budistas de respeito à dignidade da vida, ao mesmo tempo em que nos esforçamos para construir uma sociedade melhor a partir da nossa atitude como seres humanos. Também é importante possuirmos instrumentos adequados para avançar sem erros e sem nos desviar da rota, ou seja, um princípio filosófico certo e seguro: o Budismo de Nichiren Daishonin.2

O avião, por fim, uma hora passará pelo momento da aterrisagem. Afirma-se que essa etapa final é a mais difícil de um voo. “Em termos de existência, são os anos da sua conclusão aqueles em que se conseguirá ou não posicionar de fato na pista de pouso para atingir o estado de buda nesta existência”,3 afirma o presidente Ikeda. Ele também diz:

Desejo que os senhores, mesmo ficando mais velhos, desfrutem seus dias empenhando-se com paixão e energia em prol do kosen-rufu e pela felicidade das pessoas, imbuídos do espírito e da disposição de um jovem. É espírito de procura, desafio e juventude por toda a vida.4

Ao praticarmos e aplicarmos o budismo no dia a dia, tal como o Mestre nos orienta, nossa existência naturalmente será conduzida pela rota da felicidade absoluta. Mesmo que surjam tempestades e que parte do trajeto seja feito em meio à escuridão e ao vendaval das adversidades, se nós nos mantivemos firmes e com as turbinas da prática da fé na potência máxima, venceremos qualquer dificuldade. Dessa forma, nossa existência se expandirá e se tornará tão bela quanto o céu azul e tão vasta como as infinitas estrelas.

Ricardo Shin-iti Miyamoto

Redação

No topo: céu noturno pontilhado de estrelas. Foto: Getty Images

Notas:

1. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 30-II, p. 80, 2021.

2. Cf. Ibidem.

3. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 30-II, p. 80, 2021.

4. Ibidem.

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