Caderno Soka
BS
Kumarajiva
O gênio da tradução
08/08/2009

Na juventude adquiriu uma ampla base de conhecimentos que ajudaram-no em suas habilidades. Aperfeiçoou suas aptidões linguísticas, conquistando um profundo conhecimento e domínio do sânscrito e do páli, línguas dos cânones budistas, e também de vários outros idiomas da Ásia Central.
Além de seus estudos de obras budistas, Kumarajiva também voltou sua atenção a textos não-budistas tais como os da literatura védica, os escritos religiosos e filosóficos da antiga Índia. Sua capacidade em traduzir inteligivelmente sutras para o chinês deu-se pelo seu vasto conhecimento e estudo nas mais diversas áreas como medicina, astronomia, exegética, tecnologia e lógica.
Mesmo já conhecido pelas suas excelentes traduções, quando Kumarajiva sentia que não tinha certeza em seu entendimento ele deixava o orgulho de lado e solicitava ajuda aos outros. Em um episódio, ele disse ao rei Yao Hsing: “Embora eu seja versado nos textos não compreendo totalmente o seu significado. Mas Buddhayashas tem uma profunda compreensão dos textos sagrados, e ele está agora em Ku-tsang. Eu peço que envie uma ordem para tê-lo como convidado, assim, cada palavra do texto poderá ser dominada com perfeita explicação. Após isso, seus pontos de vista poderão ser registrados tomando o cuidado de não negligenciar o mínimo comentário, e poderão se confiados por mais de mil anos no futuro”.
Em 401, ele viajou para Chang-an e concentrou-se inteiramente na tradução das escrituras budistas, incluindo a do Sutra de Lótus. Essa tradução tornou-se a versão mais amplamente utilizada na China e no Japão, intitulada Myoho-rengue-kyo em japonês. Foi essa a tradução que Nitiren Daishonin adotou para elucidar os ensinos do Buda Sakyamuni.
“Existiram 176 pessoas que transmitiram os sutras e tratados da Índia para a China. Entre todas elas, apenas Kumarajiva transmitiu os sutras e outros ensinos do Buda Sakyamuni, o fundador, sem inserir quaisquer de suas próprias opiniões.”
Nitiren, “Resposta à esposa do Lorde Ota”
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