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Napoleão do século 21

DIÁLOGO . Esta é a primeira parte do diálogo do presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, com o príncipe Charles Napoleão, atual patriarca da família de Napoleão. Ele é doutor em economia pela Universidade de Sorbonne. Ambos discutem a personalidade controversa e vigorosa de um dos maiores estrategistas do mundo

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23/11/2013

Napoleão do século 21
DAISAKU IKEDA: “Gênio é um meteoro destinado a queimar-se para iluminar o século”. Napoleão Bonaparte viveu mais de 50 anos sem abandonar até o último instante esta forte convicção que tinha em si mesmo. Sua força pessoal desbravou novos palcos na história. Esses brilhantes raios de luz iluminaram não somente a sua época, mas iluminam o mundo ainda hoje.

Príncipe Charles Napoleão: Fico agradecido de coração por ser agraciado com a honra de registrar meu nome como uma das pessoas que dialogaram com o presidente Ikeda, que veio acumulando diálogos com prodigiosas personalidades.

IKEDA: O ano de 2006 marcou os 240 anos do nascimento de Napoleão Bonaparte. Superando as eras, qual a mensagem que o ‘gigante do século’ lança ao século 21? Sinto grande alegria pela oportunidade de dialogar sobre essas profundas questões com o senhor, príncipe Charles Napoleão, que tem atuação internacional como líder da família Napoleão.

Napoleão: O senhor publicou até agora mais de 60 diálogos inigualáveis com personalidades de diversos campos. Estou profundamente impressionado com isso.

IKEDA: Agradeço suas gentis palavras. Já publiquei um livro com o título Haranbanjo no Napoleon (A vida tempestuosa de Napoleão), no qual dialoguei a respeito da imagem do ser humano Napoleão Bonaparte com personalidades da França e do Japão (em 1997). Neste nosso diálogo, gostaria de abordar novamente algumas das citações de Napoleão discorridas naquela ocasião.

São muitas as realizações de uma única pessoa chamada Napoleão. Também é grandiosa a herança cultural que ele deixou para a Europa. Por outro lado, não são poucas as feridas que ele causou aos países próximos enquanto acumulava guerras e campanhas. Mesmo atualmente, a avaliação histórica que se tem dele é que seus méritos e deméritos foram proporcionais, não se sabendo qual tenha sido maior.

Napoleão: Como disse o senhor, Napoleão — apesar das várias avaliações que fazem dele — deixou grandes contribuições na história da humanidade.

IKEDA: É certo que a vida tempestuosa de Napoleão de “vitórias e glórias” e “derrotas e fracassos” é digna de ser chamada de revolucionária e ele de extraordinário. Isso continua a fascinar o coração de muitas pessoas. Também não são poucas as influências que ele exerce no mundo atual. O sonho acalentado por Napoleão de uma só Europa frutificou-se sob a forma da União Europeia. Agora que adentramos o século 21, a globalização avança com grande velocidade e recebemos um período de grandes mudanças. Penso ser importante lançarmos novamente luz à vida e à época de Napoleão, e ponderarmos sobre suas lições históricas e mensagem para a humanidade.

Napoleão: Exatamente por isso, desde que me lembro, vim sentindo o peso do nome Napoleão. Inclusive pelo fato dos meus pais sempre me terem dito: “Não há nenhum privilégio no nome”, acredito ter vivido obstinadamente com minha própria força e capacidade. Agora que passei da idade que tinha Napoleão (51 anos) quando morreu, tenho forte determinação que seu nome não seja significante somente na história. Quero utilizar o nome Napoleão para o avanço rumo ao futuro e para o bem-estar do mundo.

IKEDA: Sinto-me tocado por esse nobre espírito. O senhor, príncipe Napoleão, ao mesmo tempo em que atua como patrono da Academia Internacional Napoleão, assume importantes responsabilidades como presidente honorário da Sociedade Napoleônica Internacional e presidente da Federação Europeia das cidades de Napoleão. Dedicou-se também ao desenvolvimentos político, econômico e cultural da ilha de Córsega, a terra natal dele, e atuou como presidente da Associação Ambiental dessa ilha. É ainda renomado como escritor de temas históricos. Li com bastante interesse os dois livros de sua autoria que recebi do senhor quando nos encontramos pela primeira vez em maio de 2006.

Napoleão: Sinto-me grato e lisonjeado. O encontro com o senhor foi extremamente honroso e inesquecível para mim. O senhor me recebeu na data comemorativa do dia 3 de maio, que é de suma importância para todos da Soka Gakkai. Tenho convicção de que este é um acontecimento que simboliza o profundo elo que existe entre mim e o senhor.

IKEDA: O Auditório Memorial Makiguti de Tóquio, onde me encontrei com o senhor, foi também o local em que recepcionei a sua mãe, a princesa Napoleão, no outono de 1993. Ela foi a primeira convidada que recebi nesse auditório, que havia sido concluído naquele ano. A partir de então, viemos chamando a sala na qual recepcionamos a princesa de “Sala Napoleão”. Senti uma mística relação em ter me encontrado com o senhor nessa mesma sala.

Napoleão: Recordo-me profundamente mesmo agora a esplendida atmosfera que envolve o Auditório Memorial Makiguti de Tóquio. Em especial a sala onde aconteceu o nosso encontro resplandecia de um brilho solene. Fiquei pressionado pela força vital, sabedoria e espírito que transbordavam de todo o corpo do senhor. Ao vê-lo, presidente Ikeda, senti que via, na minha frente, o “Napoleão do Século 21”.

IKEDA: É uma avaliação por demais excessiva. Napoleão é um herói da história de grande popularidade.

Napoleão: Foi também marcante termos contado com a presença de jovens, a começar pelos alunos da Universidade Soka. Naquela ocasião, o senhor incentivou-me com energia: “Peço que, de agora em diante, levante-se sustentando um grandioso ideal em prol da sociedade e da França”. Jamais me esqueço dessa sua amabilidade. Estou ciente de que o presidente Ikeda veio lutando na linha de frente pelo bem da humanidade e pela paz. Também desejo avançar tendo o mesmo sentimento que o senhor. Ao mesmo tempo em que é um pensador, atua com responsabilidade em relação às questões atuais. Seu método que une os interesses intelectuais e reais me faz lembrar de fato Napoleão. A distinta atuação do senhor em dialogar com proeminentes intelectuais segue a mesma linha de ação de órgãos como o Conselho de Estado do qual Napoleão foi presidente, e o Instituto de França, onde ele foi membro.

Por essa razão, foi uma proposta que nasceu naturalmente dentro de mim convidar o Dr. Ikeda para se tornar o presidente honorário da Academia Internacional Napoleão a qual dou suporte.

A presente academia, que foi fundada com o objetivo de perpetuar a vida e o pensamento de Napoleão e propagá-lo ao mundo, tem recebido no Comitê Honorário e no Comitê Acadêmico Honorário personalidades proeminentes e eruditos internacionais.

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