Joias do futuro

Pedra Preta é um município brasileiro do estado de Mato Grosso, MT, com uma população estimada de pouco mais de 17 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2020. O nome origina-se dos primórdios do córrego que atravessava o povoado e continha em seu leito pedras de cor preta. Muita história e evolução para contar, mas abrimos espaço para as “pedras preciosas” que estão sendo lapidadas, uma a uma, pelos membros do Bloco Pedra Preta, organização de base da BSGI, pertencente ao Distrito Rio Vermelho, Área Rondonópolis, CRE Oeste, CGRE. 

“As crianças e os jovens são nosso orgulho, e aqui estamos em forte oração e união, buscando criar a força jovem que sensei sempre desejou”, afirma, emocionada, a responsável pela Divisão Feminina do bloco, Suely Aparecida Reinalda, praticante do budismo há 23 anos. Com esse objetivo, os integrantes promovem encontros planejados, criativos e com participação das demais divisões, surgindo com força o Grupo Coração do Rei Leão, o qual oferece apoio e se dedica a acolher com carinho os membros da Divisão dos Estudantes (DE). 

Como exemplos, a atividade de leitura do livro e a exibição de vídeo do O menino e a Cerejeira, de autoria de Ikeda sensei, foram um sucesso. Por sugestão das crianças, essa obra será encenada na reunião de fim de ano. Depois, veio a ideia de montar uma cápsula do tempo, e todos foram estimulados a escrever seus objetivos e sonhos. E a alegria é sempre retroalimentada pelos novos amigos que chegam.

No último dia 14, aconteceu o encontro mensal do Bloco Pedra Preta, e a sala da Suely mais uma vez ficou repleta. A residência é considerada o palácio do bloco, centralizando reuniões, estudos e a recitação de daimoku. E de lá saem para fazer visitas, com kits de incentivo, recheados de carinho. “Somos atuantes no Kofu (contribuição voluntária), pois incentivamos o despertar dos membros para o sincero espírito de doação. Minhas companheiras da Divisão Feminina são as estrelas que nos ajudam a cobrir de brilho esse local de nossa missão”, revela Suely, também vice-responsável da comunidade Atlântico pela DF.

De onde vem toda essa força? A inspiração que move os participantes do Bloco Pedra Preta vem de um trecho da mensagem de Ikeda sensei de 2010, enviada por ocasião do octogésimo aniversário de fundação da Soka Gakkai, ano em que a BSGI completou cinquenta anos. Nela, ele cita um brado do seu mestre, segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, que diz: 

“A vida de um covarde é infeliz. Ao contrário, felizes são aqueles que vivem até o fim com bravura. A pessoa de coragem é a maior vitoriosa”.¹

Suely arremata: “O ano 2010 foi justamente quando assumi o bloco, e junto com a vice-responsável, Elizabeth Aparecida Leão, viemos trilhando esse caminho ao lado do Mestre”. 

A seguir, trazemos algumas cenas do cotidiano dourado do Bloco Pedra Preta.

Sonhar e avançar

Encontro no qual é lançada a cápsula do tempo dos estudantes e jovens, caixa (foto ao lado) que será aberta na reunião final de 2024 do bloco. “Estamos visando 2030, e, ano a ano acompanhando o desenvolvimento de cada um deles. É um grande orgulho para nós, pois serão eles que conduzirão o bastão do kosen-rufu”, reforça Suely.

Unidos sempre

Hisabelly Heloísa Alves de Souza, atuante pela Divisão Feminina de Jovens do bloco, 18 anos, ao fundo da sala, à direita da imagem, abre a casa para a transmissão da convenção dos jovens em maio. “Coração cheio de orgulho, pois, apesar de distantes, nós nos sentimos conectados aos milhares de jovens Soka”, declara. A selfie é feita por Odair José da Silva Neto, 20 anos, que nasceu num lar budista e abraça cada vez mais a missão. “Hoje tenho muito mais consciência desse ambiente maravilhoso que fazemos parte. Oro para avançar ainda mais”, diz Odair.

“Assim vamos vencer”

Expressão que se ouve do pequeno Vagno Filho, membro da Divisão dos Estudantes, aqui à frente da imagem, da esq. para dir, radiante junto com os amigos da DE do bloco. “Eu gosto muito das atividades, e posso sempre trazer meus novos amigos. Minha mãe está sempre me incentivando”, explica Vagno.

Nota:
1. Brasil Seikyo, ed. 2.062, 4 dez. 2010, p. A2.

Fotos: Colaboração local