Matéria da Divisão Feminina
BS
Longevidade — vivendo uma jornada com propósitos
Divisão Feminina da BSGI
22/08/2024
Agosto é um mês repleto de significados, um período que mudou a história de toda a humanidade. Foi em 14 de agosto de 1947 que aconteceu o primeiro encontro do jovem Daisaku Ikeda com Josei Toda. Apesar do estado febril devido à tuberculose que o deixava esgotado, o jovem Daisaku Ikeda aceitou o convite de dois amigos para participar de uma reunião sobre “filosofia de vida”. Dez dias após esse primeiro encontro, em 24 de agosto, Ikeda sensei se converteu ao Budismo Nichiren.
Neste mês, celebramos seus 77 anos de conversão, o primeiro após o seu falecimento. Foram anos intensos de ininterrupta dedicação em prol da felicidade das pessoas e da paz no mundo. Uma luta contra o tempo. Desafiando as próprias circunstâncias de saúde, o Mestre dedicou a vida até o último segundo de sua existência, transformando veneno em remédio e inspirou milhões de pessoas em todo o mundo. Hoje também, inúmeros discípulos dedicam a vida em prol da paz e da felicidade das pessoas, desafiando suas circunstâncias de saúde.
Dessa forma, querida companheira da Divisão Feminina, queremos fazer um convite a você para entrar nesta leitura na qual será abordado o tema longevidade. Como grande exemplo, temos nosso mestre Daisaku Ikeda que venceu todas as questões de saúde que o afligiam, estendendo sua vida até os 95 anos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. O Brasil tem mais de 28 milhões de pessoas nessa faixa etária, número que representa 13% da população do país. Esse percentual tende a dobrar nas próximas décadas, segundo a Projeção da População, divulgada em 2018 pelo IBGE.1
Para que os idosos de hoje e do futuro tenham qualidade de vida, é preciso garantir direitos em questões como saúde, trabalho, assistência social, educação, cultura, esporte, habitação e meios de transporte. No Brasil, esses direitos são regulamentados pela Política Nacional do Idoso e pelo Estatuto do Idoso, sancionados em 1994 e em 2003, respectivamente. Ambos os documentos devem servir de balizamento para políticas públicas e iniciativas que promovam uma efetiva melhor idade.
A Divisão Feminina da BSGI é composta por mulheres de diversas idades. Em praticamente todas as organizações, convivem a força e o dinamismo das jovens mulheres com a solidez e a experiência das veteranas. Talvez, nas localidades em que atuamos, muitos dos membros fazem parte desse grupo da melhor idade, e podemos aprender muito com cada um desses veteranos. Algumas com mais de 80 anos nos surpreende com demonstrações em seu dia a dia de muito dinamismo, vitalidade, sabedoria e bom humor.
Não existe idade para nos aprimorar como budas, assim como não existe limite para buscar nossa verdadeira felicidade. Uma ótima indicação de leitura é o livro Século da Saúde — Sabedoria para Conquistar Boa Sorte e Longevidade, escrito por Ikeda sensei. A leitura esclarece a concepção do budismo sobre os aspectos da doença e os meios para enfrentá-la, e como buscar essa longevidade baseadas na prática da fé.
Uma pergunta bem simples: Se quase tudo na vida requer certo planejamento — vida acadêmica, profissão, casamento etc. — por que não planejar uma das mais importantes etapas da vida? Enfim, por que não planejar a melhor idade?
O presidente Ikeda comentou em certa ocasião:
A vida de cada um é como um quadro. Que tipo de cenário queremos pintar? Não é preciso que sejamos uma celebridade ou um gênio. O importante é preencher o nosso quadro com estilo próprio e para nossa própria satisfação, retratando o brilhante drama de uma vida devotada à missão individual, com todo o nosso coração e o nosso ser, até o último momento.2
Atuando com todo o vigor em prol do kosen-rufu, conseguimos realizar nossa revolução humana, tornando-nos pessoas fortes e de terno espírito de desafio. Seremos sempre vibrantes, alegres e saudáveis. A OMS também define saúde como uma condição de total bem-estar físico, mental e social, e não apenas a falta de doença ou enfermidade. Essa é uma descrição perfeita da vida saudável que tantos dos nossos membros pioneiros estão levando.
“Não avançar é o mesmo que retroceder”.3 Vamos todas juntas, veteranas e novatas continuar a avançar com vigor por toda a vida pelo caminho do kosen-rufu honrando e dignificando o legado do Mestre, seguindo seu exemplo de vida e comprovando a quarta diretriz eterna da Soka Gakkai: “Prática da fé para manter a boa saúde e obter longevidade”.
Cada dia é uma nova partida na vida!
Forte e carinhoso abraço!
Divisão Feminina da BSGI
Notas:
1. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/24036-idosos-indicam-caminhos-para-uma-melhor-idade. Acesso em: 12 ago. 2024.
2. Terceira Civilização, ed. 355, mar. 1998, p. 8.
3. IKEDA, Daisaku. Luz da Felicidade. Nova Revolução Humana. v. 25. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2022.
***
Reflexão
Juventude por toda a existência
Jeni Ikeda, consultora da Divisão Feminina da BSGI
Quando fui nomeada consultora da Divisão Feminina, orei muito mais daimoku, determinei, renovando meu juramento, que seria uma “consultora discípula de Ikeda sensei”, de confiança dele. Naquela ocasião, ouvi de um veterano que, embasado nas orientações do sensei, me disse: “Você sai da linha executiva, mas o seu espírito tem que ser maior”.
Senti como se Ikeda sensei tivesse falado para mim “o seu espírito tem que ser maior”. Então, entendemos que nossa missão, junto com o Mestre, é jamais retroceder. Essa reflexão tem papel fundamental na vida de uma “veterana”.
Hoje, conselheiras e consultoras desempenham papéis cruciais na missão de incentivar a todos, pois sua postura comprova os ensinamentos do Mestre. Para que isso seja realidade, em primeiro lugar, o daimoku do juramento seigan deve estar presente em todos os momentos. Ser uma veterana que compreende a essência dessa prática é estar a todo momento com o coração repleto de respeito e gratidão.
Que oportunidade maravilhosa essa luta conjunta de veteranas e novatas! As queridas veteranas com suas grandiosas experiências, e as queridas novatas, com novas ideias, renovação, tecnologia, criatividade e energia. Que compartilhamento de experiência extraordinário! Quanto aprendizado. Quando os veteranos conseguem ouvir, dialogar e incentivar, brota essa verdadeira inspiração.
Para revitalizar a organização e promover o kosen-rufu, é preciso haver uma mudança de postura. Quando o coração das pessoas muda e uma grande coragem desperta dentro delas, a voz, a expressão, o comportamento e o espírito delas também mudam, e elas conseguem transformar todos os aspectos da sua vida e do seu ambiente.
Sensei enfatiza: “A existência desses veteranos é, para cada um dos preciosos membros, um ‘cabo salva-vidas da fé’ e, para a Soka Gakkai, importantes raízes que sustentam o kosen-rufu”.1
Vamos cuidar da nossa saúde, ter longevidade e muita disposição. Nosso objetivo é ter vida longa e desfrutar a quarta diretriz: “Prática da fé para manter a boa saúde e obter longevidade”.
“Shitei funi é a minha vida!” e “Avançar é a nossa missão!”
Forte e carinhoso abraço!
***
Shigeko com seu esposo, Susumo Saito
Vitórias da Divisão Feminina
Brilho da vitória
Eu me chamo Shigeko, também conhecida por Marina. Vim para o Brasil em 1966 aos 20 anos para me casar com um jovem que havia iniciado a prática no ano anterior. No início, não aceitei a prática, porém, participando das reuniões, a alegria e o sorriso dos membros foram o que mais tocou meu coração. Assim, iniciei a prática em Curitiba, PR.
Em 1973, mudamos para a cidade de Ponta Grossa, PR, com quatro filhos, sem saber falar o português, indo trabalhar como cozinheira, e aí tudo mudou. Aprendi com meu mestre a importância da determinação. Senti que Ikeda sensei observava minhas ações, não importa onde estivesse.
Em 2001, iniciei o curso de alfabetização da BSGI aqui na localidade. Quando iniciei o ensino médio, senti muita dificuldade para falar o português, então parei. Tentei novamente e, depois de treze anos iniciados desde a alfabetização, obtive meu diploma de conclusão do ensino médio.
Atualmente, meus dias são bem agitados. Sou aluna de aprendizagem permanente da Universidade Aberta à Terceira Idade, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, há mais de dez anos. Pratico dança linear uma vez por semana e bon odori, dança japonesa, com minhas amigas, participando de apresentações, das quais a próxima é para o show de talentos da Divisão dos Estudantes em Ponta Grossa.
Pertenço ao grupo Mamorukai desde 1984 e faço visitas principalmente para idosos e para quem está lutando contra as doenças. Este ano [2024], consegui renovar minha Carteira Nacional de Habilitação por mais três anos e tenho a certeza de que se pusermos em prática as orientações do Mestre, sem nos afastarmos da Gakkai, certamente tudo mudará para melhor. Sou imensamente grata a todos os que me ajudaram, apoiaram e orientaram até agora.
Shigeko Saito, conselheira da Divisão Feminina da RM Campos Gerais, CGRE
***
Lourdes com seus filhos
Eu me converti ao Budismo Nichiren em outubro de 1968, quando minha mãe recebeu o Gohonzon. Aos 21 anos, eu me casei com Toninho Maniçoba e tivemos três filhos. Também sou avó de três netos. Em 1988 tivemos o maior desafio da nossa vida. Nossa filha Tassia, na ocasião com 3 anos, teve catapora infecciosa, que virou septicemia e ela entrou em coma, que durou vinte dias. Somente conseguimos reverter seu estado de saúde após quarenta horas de daimoku ininterrupto. Em 1999, comecei a trabalhar na área da educação. Minha escola vem crescendo cada dia mais.
Em 2000, após um grave acidente com um funcionário da empresa do meu marido, passamos por um período de sérios problemas financeiros. Meu marido foi trabalhar no Japão e, ao voltar para o Brasil, conseguiu retornar ao seu antigo ramo de trabalho, onde ficou até se aposentar em 2023.
Fui ao Japão em julho de 2015. Foi maravilhoso! Ao retornar, decidi que cumpriria meu juramento de concretizar mais shakubuku e passei a realizar diálogo com convidados todas as quartas-feiras em minha residência.
Em quatro anos, concretizamos dezoito conversões. Em 2020, com início da pandemia, veio o isolamento e as reuniões e trabalho on-line. Mas foi também um enorme aprendizado. Consegui a participação de vários convidados em todas as atividades on-line e a boa sorte acumulada se manifestava. Ninguém da família pegou Covid-19 e tive um crescimento profissional.
Hoje, tenho 24 shakubuku concretizados e, na família, são 48. Apoiamos a concretização dos 100 mil jovens humanistas. Participo do desafio dos cem dias de daimoku da Divisão Feminina sem falha. Assim, temos conquistado grandes vitórias na saúde, na harmonia familiar e no campo profissional.
Lourdes Satiko Takiy Maniçoba, consultora da Divisão Feminina da RM Araçatuba, CGESP
***
Sonia conquista vitórias
Tenho 43 anos de prática e, ao passar a pertencer à “linha de retaguarda na luta pelo kosen-rufu”, pensei com alegria que vinha pela frente a parte mais feliz da batalha: cuidar dos membros no acompanhamento individual.
Orei para intensificar a minha luta e continuar me desenvolvendo e acumulando boa sorte. E isso aconteceu. Venho tendo muitas oportunidades, para as quais me preparo com profunda gratidão.
Depois que deixei a liderança executiva da organização, direcionei daimoku para contribuir para o avanço do distrito do qual faço parte. Passados uns meses, recebi uma ligação da responsável pela Divisão Feminina do distrito me convidando para apoiá-la nas visitas e nos diálogos com líderes da Divisão Feminina.
Tenho me esforçado para apoiar cada uma delas, e juntas colaborar para que cada membro da localidade concretize inumeráveis vitórias, e que todas nós possamos aprofundar cada vez mais nossa relação com Ikeda sensei.
Muita gratidão!
Sonia Maria d’Almeida Silva, membro do conselho consultivo da CRC, CGERJ
No topo: Líderes da Divisão Feminina na Sede Social da DF
Fotos: Colaboração local
Nota:
1. IKEDA. Daisaku. Contínua Felicidade. Nova Revolução Humana. v. 29. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019.
Compartilhar nas