Entrevista
RD
Marcando brilhantes gols na vida diária
Lyvia Stringhetta - Polo Aquático
01/07/2020
Lyvia Stringhetta Vaz mora em Piratininga, cidade do interior de São Paulo, fala sobre o seu sonho de ser jogadora profissional de polo aquático e como iniciou no esporte. Aos 10 anos, ela já coleciona medalhas
— Como conheceu o polo aquático? Pode contar um pouco sobre o esporte?
Sempre fui muito ativa e apaixonada por esportes. Conheci o polo aquático através de um projeto social da Associação Bauruense de Desportes Aquáticos (ABDA). Esse é um esporte semelhante ao handebol: passamos a bola um para o outro com as mãos e o objetivo é fazer a maior quantidade de gols. Mas tem o diferencial: é jogado na piscina; portanto saber nadar é indispensável. As partidas são sempre entre dois times e mais rápidas que num jogo de futebol, pois são quatro tempos de sete minutos.
— Quais os desafios do polo aquático? E qual a parte mais legal?
Precisa saber nadar bem para poder se deslocar pela piscina com agilidade. Um grande desafio pessoal é vencer a autocobrança: eu me cobro muito, principalmente por ser a mais nova do time. Então, sentia que tinha de conquistar a confiança de todos. Hoje estou mais segura e feliz por fazer parte da equipe. Nosso lema é “Fé, Persistência e Humildade”.
Acho que a parte mais legal é fazer os gols (rs).
—Como era sua rotina antes da pandemia do coronavírus? E como é hoje?
Antes da pandemia, ia para a escola, almoçava e ia para o treino de duas a três horas todos os dias, e às vezes nos fins de semana. Como hoje não podemos treinar por causa do isolamento social, eu me esforço para cuidar da saúde em casa.
Em especial, eu vinha me dedicando aos treinos, e continuarei, pois ainda estou concorrendo a uma vaga para ir à Itália no festival HaBaWaBa, um dos torneios mais importantes de polo aquático entre crianças.
Com a pandemia, ainda não sei como será, mas continuarei me empenhando para abraçar as oportunidades e conquistar meu sonho de ser atleta de polo aquático profissional!
— Há algum incentivo do presidente Ikeda de que você gosta muito? Como aplica as orientações do Mestre nos treinos e no dia a dia?
Há sim, e eu sempre me lembro desta frase: “Em essência, o futuro já se encontra no momento presente. Em vez de deixar algo para depois, o importante é fazê-lo agora” (Terceira Civilização, ed. 597, maio 2018, p. 3).
No meu dia a dia, recito daimoku, tenho determinação, persistência, foco, e aplico tudo isso em minhas atitudes. Como nasci numa família de praticantes do budismo, tenho a maravilhosa oportunidade de crescer dentro da organização. Já passei por vários treinadores e todos comentaram que possuo um brilho diferente, e sei que esse brilho vem da minha prática budista. Também faço parte do Taiga.
— Em quais competições participou no polo aquático?
Existem diversos campeonatos internos, e em 2020 minha equipe ficou em primeiro lugar! Também neste ano houve o 3o Torneio Feminino ABDA de Polo Aquático, evento que reúne atletas para confraternização e disputa saudável no Dia da Mulher, e lá conquistamos o primeiro lugar!
Já competi na Copa Sesi. Conquistamos o terceiro lugar! E no Festival Attila Sudár 2019, ficamos em quarto lugar.
— Você já competiu em provas de três tambores com cavalo. Poderia contar um pouco sobre isso? Você ainda é uma atleta de tambores?
Atualmente, não sou mais uma atleta de três tambores. Eu tive de escolher, pois o treinamento dos dois poderia resultar em lesões e atrapalhar o desempenho em ambos os esportes.
Foi ótimo competir em provas de três tambores. Gostava bastante e por muitas vezes me destaquei nesse esporte, ficando entre os primeiros lugares em competições.
— Que dica daria para aqueles que querem praticar polo aquático?
A prática de qualquer esporte requer dedicação. A dica é ter determinação e treinar bastante. Além de você melhorar a cada dia, estará cuidando da saúde, já que esporte faz muito bem para todo mundo.
Polo aquático
Antes de virar modalidade olímpica, o “futebol aquático”, como era conhecido no começo, teve a primeira partida oficial disputada em 1876 — apenas seis anos depois de seu surgimento como uma brincadeira para hóspedes de um hotel.
Ele se popularizou tanto que fez sua estreia na segunda edição dos Jogos Olímpicos, em Paris (1900). Entretanto, apenas nos Jogos de Sydney (2000) é que a categoria feminina foi incluída.
Hoje, a Hungria é a maior potência do esporte, com quinze medalhas olímpicas.
Fonte: http://rededoesporte.gov.br/
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