Perfeita união

Se um homem fica de costas, com as mãos e os pés estendidos e um par de compassos centrados em seu umbigo, os dedos dos pés e das mãos tocarão a circunferência do círculo desenhado. (...) E assim como o corpo humano produz um contorno circular, também será possível encontrar uma figura quadrada a partir dele.¹

Essa afirmação foi feita pelo arquiteto Vitrúvio (80-70 a.C.–c. 15 a.C) na época em que o Império Romano ainda estava se formando,² mas ficou mundialmente famosa ao ser representada graficamente por Leonardo da Vinci (1452–1519). O Homem Vitruviano, como é conhecida até hoje, é uma das obras mais icônicas do pintor, anatomista, arquiteto, cientista, inventor e filósofo florentino. 

Para Joanne Allen,³ professora do Departamento de Arte da Universidade Americana em Washington, ninguém havia conseguido representar tão bem a ideia do arquiteto romano antes. Ela esclarece que, nessa obra, Da Vinci representou a perfeição e a unidade entre o homem, o espiritual (círculo) e o terreno (quadrado).

O ano de 2019 marca o 500º ano de falecimento de Da Vinci.⁴ Enquanto diversas homenagens são feitas ao redor do mundo, TC traz uma releitura do Homem Vitruviano na capa e o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, relembra Da Vinci no recente Artigo (p. 6), publicado simultaneamente no Brasil e no Japão.

Nele, Ikeda sensei explica, assim como o artista fez em seu famoso desenho, a importância da união entre o espiritual (a fé) e o material (a vida diária em sociedade), mostrando que essa é a chave para o desenvolvimento de indivíduos verdadeiramente capazes.

Esse tema permeia toda a edição da revista. A Matéria de Capa mostra como atingir a prosperidade por meio do exercício budista, e ainda conta com a entrevista do especialista em inteligência financeira, Gustavo Cerbasi. Já a seção Na Prática esclarece como as ações de uma única pessoa impactam a sociedade. E no Estudo, o presidente Ikeda mostra detalhadamente como evidenciar o potencial inerente a cada pessoa de mudar a si mesmo e a sua realidade.

Para isso, devemos nos abrir ao treinamento que o Mestre oferece e, como Joanne Allen afirma sobre a obra de Da Vinci, promover diariamente a perfeita união entre nosso coração e nossas ações. Assim, deixamos a marca da paz, da união e da felicidade no mundo a partir de agora.

Ótima leitura!

Redação