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Crônica

Nada supera um coração grandioso

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05/08/2020

Nada supera um coração grandioso

Em 2017, fui a Tohoku, região nordeste do Japão, participar de um curso de aprimoramento da SGI, junto com mais 23 jovens da banda masculina Taiyo Ongakutai. Nossa ida, além de ser comemorativa dos 55 anos do grupo, tinha a importante missão de levar o som da coragem e da esperança de todos os integrantes do Taiyo Ongakutai do Brasil para os membros de Tohoku, que lutavam diariamente, desde o terremoto e tsunami de 2011, pela reconstrução da localidade e de sua vida.

Embarcamos para o Japão com 101 shakubuku realizados, sendo 31 concretizados nos últimos 29 dias. Foi uma luta sincera e incansável, desbravando inúmeras estratégias para que pudéssemos corresponder às expectativas do nosso mestre. Chegamos ao Japão e fizemos um treinamento inesquecível.

Foram muitos momentos memoráveis, mas um acontecimento em especial me chamou a atenção. Ao participarmos da atividade de intercâmbio, no final, nós nos reunimos em pequenos grupos para dialogar com as pessoas que estavam conhecendo o budismo. Enquanto conversávamos, observei um senhor em pé, atrás do grupo, recitando intenso daimoku. Ele suava muito, como se estivesse colocando toda a vida naquela oração.

Perguntei à tradutora sobre aquele senhor e ela me disse que ele era líder central da coordenadoria. E orava com o máximo de sua capacidade para que, a partir daqueles diálogos, mais pessoas iniciassem a prática do budismo e se tornassem felizes.

Sensei orienta:

O budismo de Nichiren Daishonin ensina que “O que importa é o coração” (CEND, v. II, p. 267). Quando o nosso coração brilha como o sol, tudo parece resplandecer intensamente. Ou melhor, podemos fazer tudo brilhar. Se nós próprios nos tornarmos o sol, todas as sombras desaparecerão. Com uma forte fé como o sol, seremos livres de tristeza, desespero e infelicidade. Transformaremos positivamente até acontecimentos aparentemente negativos em estímulos para nossa revolução humana.1

A partir desses diálogos, oito pessoas decidiram se converter no mesmo dia. Devido ao nosso intercâmbio, Tohoku liderou por alguns meses a luta de shakubuku em todo o Japão, superando até mesmo a campeã histórica Kansai.

Nada supera um coração grandioso, que se expande a cada vida que encontra com o sentimento de compartilhar quão maravilhoso é praticar o budismo e ser discípulo de Daisaku Ikeda. Profundamente tocado por essa experiência, retornei ao Brasil com o sentimento de orar incansável e continuamente pela vitória de todos.

Edjan Souza Santos

Divisão de Tecnologia e Inovação

Nota:

1. IKEDA, Daisaku. Coragem. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2018. p. 45.

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