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08/07/2006

Revivescer (31)
Mishima gritou para os soldados:

— Eu esperei quatro anos pelo levante da força de auto-defesa. Vocês não são samurais? Por que defendem a atual Constituição?

Os soldados revidaram aos gritos:

— Não diga asneira! Desça logo daí!

— Não banque o herói! Você não passa de um fantoche!

Ninguém se manifestou a favor dele.

Depois do discurso, Mishima desapareceu da janela. Em seguida, ouviu-se o grito:

— Viva o imperador!

Mishima praticara o suicídio golpeando e rasgando seu ventre com um espadim. Estava com 45 anos. Era três anos mais velho que Shin-iti. Os dois viveram as mesmas circunstâncias da época.

Shin-iti foi surpreendido com a notícia da morte de Yukio Mishima. “Por que morrer tão tolamente?” — pensou.

Na obra Gueki (Manifesto), Mishima escreveu: “O Japão do pós-guerra está extasiado com a prosperidade econômica, perdeu sua viga espiritual e se arrasta na hipocrisia sem rumo concreto. A política é maculada com desmandos, contradições, interesses e ambições pelo poder. O governo permite que países estrangeiros interfiram no seu plano de desenvolvimento nacional, deixando de lado a desonra e a humilhação da derrota na guerra. O povo japonês, por si mesmo, macula a sua história e a sua tradição. É uma agonia observar tal situação.”

Apesar de Mishima descrever tal degeneração do povo japonês, acreditava porém que o verdadeiro espírito de samurai persistia entre os soldados da força de auto-defesa. Por isso, tinha certeza que seu apelo seria ouvido e os soldados se levantariam para promover a reforma do país.

Mishima se espelhava na honra e na dignidade do espírito de samurai. A morte seria mais honrosa do que compactuar com a hipocrisia. Contudo, analisando sua vida e suas obras, ele se deixou levar pelo narcisismo. Se o seu idealismo fosse maior, certamente viveria para realizá-lo. Na verdade, ao se matar, ele foi o primeiro a abandonar o campo de batalha. De toda a forma, o que de fato ele realizou de concreto é o que importa no final de tudo.

Mishima deve ter sentido provavelmente que, com o avançar da idade, seu corpo estava envelhecendo e não conseguia mais agir como no passado. Esse temor influenciou certamente suas ações, precipitando-o à morte.

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