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Caderno Nova Revolução Humana

Concretizar um passo de avanço do kosen-rufu

Capítulo “Brado da Vitória”, volume 30

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Ho Goku

22/02/2024

Concretizar um passo  de avanço do kosen-rufu

PARTE 5

Na noite de 18 de julho, em que Kiyoshi Jujo faleceu, realizou-se o velório dele pela família; e no dia 19 seguinte, ocorreu a cerimônia de funeral. Além disso, na noite do dia 23, o velório foi conduzido pela sede da Soka Gakkai, e solenemente no dia seguinte, 24, foi realizada a cerimônia de falecimento pela sede da organização no Auditório Memorial Toda de Tóquio, em Sugamo. Shin’ichi Yamamoto participou de todas as cerimônias e ofereceu daimoku em memória de Jujo.

Na noite de 24 de julho, Shin’ichi ainda recitou gongyo com membros de oito países e territórios do Sudeste Asiático no Centro Cultural de Shinjuku, onde recordou as realizações de Kiyoshi Jujo e dialogou sobre as perspectivas do kosen-rufu do Oriente.

Não havia descanso na atuação de Shin’ichi.

No dia 25, ele empreendeu seu terceiro diálogo com o Dr. Henry Kissinger, ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, em busca de um caminho para a concretização da paz no mundo.

Nessa mesma data, ele ainda participou da nova partida da Reunião Nacional de Líderes, realizada no Auditório Memorial Toda de Tóquio. E felicitou do fundo do coração o novo zarpar da Soka Gakkai sob a liderança do novo presidente, Eisuke Akizuki, e externou sua expectativa:

— Desejo que, com alegria, disposição e harmonia, concretizem um passo de avanço rumo ao kosen-rufu.

E do dia seguinte até a primeira metade do mês de agosto, visitou Nagano e se empenhou dedicadamente no incentivo aos membros.

Já no dia 17 de agosto, encontrou-se com o secretário-geral adjunto da Organização das Nações Unidas (ONU), Yasushi Akashi, no Centro da Amizade Internacional de Shibuya (atual Centro da Amizade Internacional de Tóquio), e dialogaram a respeito de assuntos como o 24 de outubro, Dia da ONU, e o papel do Japão no planejamento da promoção da paz mundial e do desenvolvimento da cultura.

Já no dia 17 de agosto, encontrou-se com o secretário-geral adjunto da Organização das Nações Unidas (ONU), Yasushi Akashi, no Centro da Amizade Internacional de Shibuya (atual Centro da Amizade Internacional de Tóquio)

A ONU precisava ter força para que cada país somasse esforços na promoção do diálogo em posição de igualdade em torno das Nações Unidas e avançasse em direção à concretização da paz mundial — essa era a afirmação consistente de Shin’ichi.

Ele disse claramente ao secretário-geral adjunto Akashi:

— Nós dedicaremos todas as forças para apoiar a ONU. Isso porque acreditamos que é missão das religiões que pregam a dignidade da vida edificar a paz do mundo e proteger o ser humano da fome, da pobreza e da doença.

Como romper a realidade de infelicidade das pessoas e concretizar a felicidade?

É a partir desse ponto que se iniciou a luta de Daishonin para “estabelecer o ensinamento para a pacificação da terra”. A missão religiosa de um budista se completa com o estabelecimento dessa missão social desse princípio de “estabelecer do ensinamento para a pacificação da terra”.

PARTE 6

Shin’ichi Yamamoto somaria dezoito encontros com Akashi, secretário-geral adjunto da ONU. Nesse período, contribuindo para as Nações Unidas, a Soka Gakkai promoveu em diversas localidades do mundo exposições como Armas Nucleares: Ameaça ao Nosso Mundo, Guerra e Paz e Rumo ao Século da Humanidade: Uma Visão Geral dos Direitos Humanos no Mundo de Hoje.

E ainda, em 1992, Akashi, que havia se tornado representante especial do secretário-geral da ONU da Autoridade Provisória das Nações Unidas no Camboja (Untac), solicitou apoio para a captação de rádios usados. A Divisão dos Jovens da Soka Gakkai desenvolveu a “Voice Aid”, uma campanha de ajuda de rádios para o Camboja, e arrecadou e doou mais de 280 mil rádios. Isso foi uma grande contribuição para as primeiras eleições gerais realizadas nesse país após a guerra civil.

No final de agosto de 1981, Shin’ichi voou para Honolulu, Havaí, para participar de atividades como a 2a Convenção da SGI. Nesse encontro, que reuniu 7.500 representantes de diversos países e territórios, ele fez um discurso comemorativo no qual declarou no final:

— Desejo que a SGI faça do Budismo de Nichiren Daishonin a sua base fundamental e avance ainda mais vigorosamente pela grande rota da paz, da cultura e da educação. E gostaria que juntos déssemos um apoio ainda maior à Organização das Nações Unidas.

E durante essa estada, visitou o East-West Center, situado no campus da Universidade do Havaí, onde se empenhou em diálogos que tinham como pensamento fundamental a filosofia de paz e de harmonia do budismo.

Nosso juramento seigan como praticantes budistas é o princípio de que “kosen-rufu é a concretização da paz e da felicidade da humanidade”.

Do dia 10 a 16 de outubro, o clero da Nichiren Shoshu realizou a Grande Cerimônia dos 700 Anos do Falecimento de Nichiren Daishonin. Shin’ichi havia sido designado responsável pela comissão dos eventos comemorativos pelo sumo prelado Nittatsu, responsabilidade esta que foi mantida, mesmo com a posse de Nikken. Desejando estabelecer a harmonia entre clero e adeptos em prol do kosen-rufu, ele se dedicou de corpo e alma com total sinceridade para cumprir suas atribuições. Todas as atividades foram realizadas de modo solene e majestoso, e a Grande Cerimônia cerrou suas cortinas com pleno êxito.

Por outro lado, os sacerdotes do Shoshin-kai, grupo que teve cerca de duzentos integrantes punidos por “terem provocado desordem interna e por indisciplina”, passaram a fortalecer o tom de suas críticas contra o clero da Nichiren Shoshu. Então, em janeiro de 1981, eles denunciaram Nikken e o clero no tribunal, e o confronto se intensificou, transformando-se numa batalha cada vez mais acirrada e intensa.

PARTE 7

Os sacerdotes do Shoshin-kai foram sendo banidos do clero da Nichiren Shoshu um após o outro.

Falando da boca para fora sobre o kosen-rufu, eles rotularam como “herética” a Soka Gakkai, a única organização que veio promovendo verdadeiramente o kosen-rufu, e continuaram a maltratar os membros, os nobres filhos do Buda, e ainda atuaram para destruir a harmonia entre clero e adeptos. E no final de tudo, acabaram se afastando da correnteza do grande rio do kosen-rufu e desapareceram, afundando no curso nebuloso de hostilidades, ciúmes e ira.

O clero, no final, puniu mais de 180 sacerdotes do Shoshin-kai com o banimento da Nichiren Shoshu. Além do mais, entrou com “pedido de desocupação de imóvel” (templo) contra os sacerdotes priores na justiça e travou uma longa disputa nos tribunais.

Durante esse período, a Soka Gakkai protegeu consistentemente o clero da Nichiren Shoshu e empenhou todos os esforços para a prosperidade dessa instituição.

Os sacerdotes do Shoshin-kai, que foram punidos com a expulsão e se viram acuados, prosseguiram com seus ataques ao clero da Nichiren Shoshu e continuaram a caluniar e a difamar a Soka Gakkai.

Contudo, os membros da Soka Gakkai desenvolveram uma convicção forte e inabalável: “Quem de fato veio promovendo o kosen-rufu em exato acordo com o testamento de Nichiren Daishonin por meio da ‘devoção abnegada pela propagação da Lei’ foram somente os mestres e discípulos Soka. À luz dos escritos de Nichiren Daishonin, fica claro quem está certo e quem está errado”.

Então, diante da postura de Shin’ichi Yamamoto, que iniciou a batalha da contraofensiva para proteger os membros e partiu para percorrer o Japão todo e o mundo, sem se preocupar em se tornar alvo de todos os ataques, os companheiros renovaram a decisão de se levantarem e de se unirem a ele.

Não importando quão densas sejam as trevas ou quão violentas sejam as tempestades, no instante em que o leão se levanta resolutamente, o sino que anuncia a alvorada ressoa pelo céu e o amanhecer dourado desponta. No momento em que mestre e discípulo unem o coração, quebram os grilhões de ferro e dão um passo adiante, as cortinas da vitória já foram descerradas.

Shin’ichi ainda tinha jurado fortemente em seu coração de que percorreria as localidades que vieram sendo assoladas com a problemática do clero e, louvando e agradecendo a árdua luta dos companheiros Soka, juntos dariam partida rumo à gloriosa vitória.

O lugar para o qual Shin’ichi desejava ir mais que qualquer outro era Shikoku. Ele queria corresponder à corajosa disposição dos amigos de Shikoku que, no momento que ele fora colocado numa situação em que nem sequer poderia participar de reuniões livremente, foram ao seu encontro no navio Sun Flower 7, dizendo: “Se ele não pode se encontrar conosco, somos nós que iremos ao seu encontro!”.

PARTE 8

No Seikyo Shimbun do dia 6 de setembro foi noticiado que em novembro seriam realizadas atividades comemorativas de inauguração do Auditório de Tokushima, e que estava prevista a participação de Shin’ichi Yamamoto. O anúncio prévio do comparecimento de Shin’ichi em uma atividade era algo excepcional, e era a manifestação de sua forte decisão de que enfim formaria a grande legião de companheiros de todo o Japão para dar início à nova marcha de avanço.

E ao participar da cerimônia de abertura do 11o Festival da Universidade Soka no dia 31 de outubro, ele proferiu um discurso com o tema “Reflexões sobre a História e os Homens: Opressão e Vida”.

Nele, Shin’ichi discorreu sobre Sugawara no Michizane; o poeta Man’yo, Kakinomoto no Hitomaro; Rai San’yo; e Takeda Shoin; os quais deram abertura para a Restauração da Era Meiji — todos eles tiveram uma vida de perseguições e árduas dificuldades, e deixaram para a posteridade grandiosos legados que resplandecem na história. Falou ainda sobre o nobre modo de viver das pessoas que mantiveram até o fim sua convicção em meio às tempestades, como Qu Yuan, poeta e político do Período dos Reinos Combatentes; Sima Qian, que escreveu a grande obra Registros do Historiador, ambos na China; Mahatma Gandhi, grande alma da Índia; o extraordinário poeta Victor Hugo; o filósofo Jean-Jacques Rousseau; e o pai da pintura moderna Paul Cézanne, do Ocidente.

Então, ele refletiu que as grandes realizações estão, em parte, destinadas a ser alvo de perseguições e a enfrentar árduas dificuldades.

As pessoas que concretizaram grandiosos feitos históricos estenderam firmemente suas raízes no grande solo do povo. Por isso, as autoridades que governam em cima do sacrifício do povo inflam a sensação de perigo e se consomem nas chamas do ciúme e da inveja que emanam da ambição e da autopreservação e tentam a todo custo eliminar os líderes do povo. Ele transmitiu que este era um esquema das perseguições.

E falou sobre suas convicções dando ainda mais ênfase:

— Eu também, como budista e como um cidadão do povo, vim sendo alvo de uma sucessão de calúnias totalmente infundadas e de perseguições. Mas, embora possa parecer presunção, à luz do “esboço estrutural das perseguições”, as perseguições são, justamente, o próprio orgulho e a honra dos budistas. Penso ser a suprema glória da vida. Aproveito esta oportunidade para declarar que a história da posteridade sem falta julgará rigorosamente a verdade dos fatos.

Shin’ichi quis deixar registrada junto com os amados estudantes da Universidade Soka a declaração da vitória direcionada para o futuro. 

O personagem do presidente Ikeda no romance é Shin’ichi Yamamoto, e seu pseudônimo, como autor, é Ho Goku.

Ilustrações: Kenichiro Uchida

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