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Eu tenho de vencer!

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Ricardo Miyamoto

08/08/2024

Eu tenho de vencer!

Caros leitores do amado Brasil Seikyo! Entramos no mês de agosto de profundos significados. O mais importante, e o que nos reforça a praticar este budismo e a manter a relação profunda de mestre e discípulo, é o encontro ideal entre o jovem Daisaku Ikeda e Josei Toda, ocorrido em uma reunião de palestra, no dia 14 de agosto de 1947.

Naquele ano, o cenário do Japão era de desesperança. O país, bombardeado pela guerra, voltava a se reerguer, mas a situação não era satisfatória. Todos viviam mergulhados no sofrimento. Entretanto, dentro de uma pequena sala, na reunião de palestra da Soka Gakkai, pulsava a chama da esperança. Uma pequena sala com muitos significados. Em dez dias, desse encontro ideal, o jovem Ikeda determina se converter ao Budismo Nichiren e, assim, Josei Toda se torna seu mestre. Juntos, com essa relação única, transcendem tempo e espaço. 

Como um jovem que lutava em meio ao caos do pós-guerra no Japão, eu tentava ardentemente encontrar o significado da vida. Então, conheci o Sr. Toda. Ali estava um homem que havia sido preso por se opor ao governo militar japonês [durante a Segunda Guerra Mundial]. Instintivamente, senti que podia confiar nele. Meu encontro com o Sr. Toda foi um encontro com o Sutra do Lótus. Todo o empreendimento humano inspira-se pelos esforços em responder às seguintes questões: de onde viemos, para onde vamos e por que estamos aqui?1

Completados 77 anos desse encontro ideal, estamos nós, em agosto de 2024, reconfirmando que a unicidade de mestre e discípulo ultrapassa os limites do tempo e a distância física. Essa unidade está presente no coração daqueles que se empenham para concretizar o kosen-rufu, e essas pessoas somos nós, cada qual, em nosso local de missão.

Estar na órbita de mestre e discípulo possibilita o avanço ininterrupto da organização e da vida pessoal, porque a ação para eu me tornar uma pessoa melhor é o que significa revolução humana. Não podemos pensar: “Ah, este é o meu jeitinho”. Caso esse seja meu pensamento, então não estou enxergando o grande brilho da prática da fé: o de transformar nossa vida. Ao me levantar com uma postura renovada, sou capaz de identificar tudo o que impede meu avanço e crio a convicção ideal para suportar e enfrentar as questões da minha vida com a certeza da vitória. 

Qual é a essência da nossa vida? É a condição de Buda. Como atinjo essa condição? Levantando-me com a coragem de erradicar a miséria do meu coração, pois, ao recitar daimoku com fé no Gohonzon, em minha vida ilumina o estado de buda.

Em agosto, comemoramos também o estabelecimento do Dia da Divisão Sênior, em alusão à conversão de Ikeda sensei ao budismo, em 24 de agosto de 1947. 

Finalizo com uma orientação do presidente Ikeda dedicada aos integrantes da Divisão Sênior. Ele diz: “A coragem e as ações dos homens criam a solidariedade que conduz a uma retumbante vitória”.2

Assim, como a decisão do jovem Ikeda, aos 19 anos, reconfirmemos a nossa decisão única de evidenciar o nosso melhor aspecto e que nossas ações estejam voltadas para a concretização do kosen-rufu, começando pelo nosso coração.

Notas:
1. Terceira Civilização, ed. 468, ago. 2007, p. 6.
2. IKEDA, Daisaku. Pilares de Ouro Soka. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019. p. 188.

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