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Nova Revolução Humana

Revivescer (33)

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15/07/2006

Revivescer (33)
Outro estudante comentou:

— Yukio Mishima defendeu um ideal com sua própria morte. No budismo existe também o espírito de “devotar a vida” e de “não poupar esforços”. No meu caso, sinto que não sou capaz de me empenhar totalmente em prol do budismo.

Shin-iti observou o rosto sério do rapaz e respondeu:

— Percebo honestidade e franqueza em você. Com relação ao que disse, não há nenhuma necessidade de se recriminar. No budismo existe realmente a devoção ao Buda ou à Lei. Contudo, não significa literalmente “morrer” pelo budismo. A questão principal é o propósito para o qual se devota a vida, se tem um valor supremo ou não. Nitiren Daishonin afirma: “Há realmente muitos — embora pareça serem poucos — que devotam a vida aos seus soberanos. Os homens sacrificam-se para salvar suas honras e as mulheres morrem por seus maridos. (...) É geralmente por assuntos seculares insignificantes e raramente pelo importante budismo que as pessoas sacrificam a vida. Daí, somente poucas pessoas podem atingir o estado de Buda”. (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. I, págs. 194–195.) Como afirma essas palavras, a maioria perde a vida por coisas quase sem importância.

Shin-iti fez uma pausa, bebeu um pouco d’água e prosseguiu:

— Então, a que devemos devotar a vida? Daishonin concluiu dizendo: “Devote sua vida em prol do Sutra de Lótus e torne-se um buda” (Gosho Zenshu, pág. 1.299). Devotar a vida pelo Sutra de Lótus é atuar em prol do Kossen-rufu. E é com essa atuação que se alcança a iluminação, isto é, a condição de felicidade absoluta, como também é possível salvar outras pessoas de seus sofrimentos. Essa devoção não significa morrer, mas viver e se esforçar em prol da realização do Kossen-rufu. Na história do budismo e da Soka Gakkai ocorreu, de fato, a morte dos três camponeses de Atsuhara que defenderam a fé no Budismo Nitiren. E também o presidente Tsunessaburo Makiguti teve seu martírio na prisão. Contudo, eles viveram inteiramente pela causa e missão do Kossen-rufu. Portanto, no nosso caso atual, podemos verificar nosso grau de devoção analisando os esforços que estamos canalizando nas atividades diárias. Caso não estejamos atuando com seriedade, não seremos capazes de agir com o espírito de um mártir na hora necessária. Por isso, devemos estar sempre presentes nas atividades para manter a chama da missão acesa em nosso coração.

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