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Editorial

Uma religião leiga

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15/07/2006

Uma religião leiga
Vivemos em uma sociedade pautada por valores e crenças tipicamente ocidentais o que, consciente e ou inconscientemente, agem como uma poderosa força que molda nossa forma de pensar e raciocinar. Tomemos um exemplo típico, retirado do cotidiano das atividades empreendidas em nossa organização, por exemplo, quando algum convidado de nossas reuniões de palestra pergunta se é possível existir uma religião absolutamente de leigos, tal como a filosofia propagada pela SGI e embasada nos ensinos de Nitiren Daishonin.

Basta uma olhada rápida na história mundial e verificaremos que quase todas as grandes religiões mundiais foram iniciadas por leigos. O próprio príncipe Sidharta Gautama, também conhecido como Sakyamuni, era leigo. O clero budista formou-se apenas anos após o seu falecimento.

Mesmo assim, pode causar espanto. No entanto, no caso da SGI, é preciso compreender também que o movimento em prol do Kossen-rufu mundial (conceito esse, para os leitores que ainda não o conhecem, que pode ser entendido simplificadamente como o estabelecimento da paz mundial) deve — e precisa — ser empreendido por pessoas comuns, até mesmo pelo fato de ser um movimento de raízes populares. É um movimento silencioso, sem grandes alardes, empreendido em todas as esferas da atividade humana, a começar pelo ambiente familiar, ampliando-se para toda a sociedade.

O presidente da SGI, Daisaku Ikeda, é uma das pessoas mais conscientes desse fato. Ele afirma, por exemplo: “No final das contas, o sucesso do Kossen-rufu depende das pessoas capazes. Como os líderes centrais de nosso movimento no Japão, os locais onde vocês atuam são as centrais elétricas do Kossen-rufu. Com cada um de vocês servindo de poderosa força motriz, o Kossen-rufu — o nobre desejo de Daishonin — desenvolveu-se por todo o Japão e no mundo inteiro. Louvo sinceramente seus corajosos e plenos esforços.”1

Suas palavras nesse trecho e em inúmeros outros escritos nos levam a refletir sobre dois pontos, entre tantos outros. O primeiro deles é que o Kossen-rufu, acima de tudo, é uma postura individual que deve ser assumida por todos os membros da SGI conscientes desse fato. Afinal, segundo os princípios ensinados na SGI, o Kossen-rufu inicia-se a partir do interior de cada indivíduo. Em segundo lugar, torna-se evidente que não é tarefa fácil. Portanto, é necessária a capacitação de cada um, em seus respectivos campos de atuação, o que também pode ser compreendido sob a ótica do conceito de criação de valor.

No fundo, não deixa de ter uma certa lógica: para um mundo melhor, cada um de nós tem de se tornar melhor. E para isso, o Budismo de Nitiren Daishonin é uma filosofia das mais indicadas. Simples na teoria, complicado na prática.

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