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Caderno Reunião de Palestra

"Prática da fé para alcançar a vitória absoluta"

Matéria da reunião de palestra de janeiro

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18/12/2019

"Prática da fé para alcançar a vitória absoluta"
Trecho do Gosho Como Aqueles que Inicialmente Aspiram ao Caminho Podem Atingir o Estado de Buda por meio do Sutra do Lótus

“Para que as orações sejam eficazes e os desastres desapareçam da nação, três elementos são requeridos: um bom mestre, um bom praticante e um bom ensinamento” (CEND, v. II, p. 143).

Significado do título

“Aqueles que Inicialmente Aspiram ao Caminho...” refere-se às pessoas desta era, os Últimos Dias, consideradas geralmente como indivíduos que plantaram poucas raízes do bem em existências anteriores.

Sobre o escrito

Acredita-se que essa carta tenha sido escrita em 1277, embora alguns considerem que ela date de 1271, ou que tenha sido escrita bem mais tarde, em 1282. A destinatária da carta foi uma mulher conhecida como monja leiga Myoho,1 que viveu em Okamiya, província de Suruga. Pouco se sabe a respeito dela, apenas que ficou viúva em 1278 e perdeu um irmão mais velho. Tudo indica que ela manteve firme fé durante toda a vida. Essa monja leiga é a mesma que recebeu de Nichiren Daishonin o escrito A Frase Essencial, em 1278.

Escrita em forma de perguntas e respostas, a carta esclarece que das várias escolas budistas, apenas a que se baseava no Sutra do Lótus representava a escola fundada pelo próprio buda Shakyamuni, pois somente esse sutra expressa a verdadeira intenção do Buda.

A respeito dos muitos desastres que assolavam o Japão na época, Nichiren Daishonin observa que as orações pelo bem-estar da nação embasadas nos ensinamentos provisórios não mais produziam resultados e que três elementos são requeridos: “um bom mestre, um bom praticante e um bom ensinamento”.

Nichiren Daishonin explica que o Buda define um bom mestre como alguém “que não comete faltas em questões seculares, que nunca bajula ninguém, que conserva a rara cobiça e o sábio sustento e é compassivo; (...) lê e mantém o Sutra do Lótus exatamente como este ensina e também encoraja e conduz outros a abraçá-lo [o sutra]” (Ibidem). Além disso, um bom praticante é aquele que sustenta o Sutra do Lótus; e um bom ensinamento é o Sutra do Lótus — “a mais elevada de todas as suas doutrinas” (CEND, v. II, p. 143). Comparou esses três requisitos para as orações com os três ingredientes necessários para obter fogo em sua época: um bom pedaço de metal, uma boa pederneira e um bom pavio.2

Daishonin declara que, independentemente de as pessoas possuírem ou não capacidade de compreensão, o mais importante é que elas estabeleçam uma relação com a Lei Mística. Também esclarece, para o bem da monja leiga Myoho, que o Sutra do Lótus, diferentemente dos ensinamentos anteriores, assegura que o estado de buda pode ser atingido não somente pelos homens, mas também pelas mulheres. O trecho conclusivo da carta explica que a Lei de Myoho-renge-kyo, os cinco ideogramas do título do sutra, é idêntica à natureza de buda inerente em nossa própria vida e em todas as coisas do Universo. Quando reverenciamos esta Lei, a essência de nossa própria vida, e recitamos Nam-myoho-renge-kyo, manifestamos simultaneamente a natureza de buda, tanto em nós mesmos como no mundo à nossa volta (Leia o cenário histórico completo em CEND, v. II, p. 150).

Explanação

Bradar a própria vitória

Na explanação deste escrito,3 o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, apresenta um poema que seu mestre, Josei Toda, segundo presidente da Soka Gakkai, dedicou em dezembro de 1957, após a concretização das 750 mil famílias.

Embora vencer e perder

sejam fatos inevitáveis

na vida de um ser humano,

oro ao Buda pela minha vitória final.4

A fé é o ponto mais importante na prática budista e sempre somos estimulados a fortalecê-la cada dia mais. Por exemplo, estudando o budismo, aprendemos que a transformação se inicia na mudança de nosso pensamento e conduta diária. Vitória absoluta na vida é polir-se e fortalecer-se constantemente por meio da fé de autodesenvolvimento baseado na Lei Mística. Este caminho direto consiste em nossa prática do gongyo pela manhã e à noite e da realização das atividades em prol do kosen-rufu.

O presidente Ikeda orienta: “Quando encontramos dificuldades, recitamos daimoku para solucionar nossos problemas. (...) Agindo assim, continuamos a avançar, olhando para nossos problemas de um estado de vida elevado. Quando oramos ao Gohonzon, é como se estivéssemos olhando todo o universo, permitindo-nos observar impassivelmente os sofrimentos que existem em nossa própria vida. Justamente por termos problemas podemos recitar daimoku, produzindo uma forte energia vital.” (BS, ed. 2.098, 3 set. 2011, p. A6).

Renovar a decisão e persistir até conseguir

No romance Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda incentiva um senhor que havia transformado determinada situação, mas que apresentava certo desprezo pela atuação dos membros que enfrentavam dificuldades do dia a dia.

“O ponto essencial da prática da fé é a continuidade. No entanto, se a arrogância subir à cabeça, a fé será destruída. Nichiren Daishonin afirma que aquele que deseja atingir o estado de buda deve somente derrubar a bandeira da arrogância, jogar fora o bastão da ira, e seguir acreditando no Nam-myoho-renge-kyo, que é o veículo único do buda. Se for arrogante, acabará se tornando egocêntrico, não conseguirá se unir aos demais e, ao final, agirá como uma função destrutiva da organização do kosen-rufu. Estou dizendo isso porque quero realmente que você se torne um vencedor da prática da fé” (NRH, v. 10, cap. “Ilha da Vitória”, p. 341).

Para conquistarmos a vitória absoluta, precisamos ter consciência da nossa missão e não simplesmente desistirmos no meio do caminho. A correta oração, o diálogo e o estudo são fundamentais para manifestarmos a sabedoria. Sobre a oração, o presidente Ikeda nos orienta: “O importante é orar ao Gohonzon com determinação. Não há nada mais poderoso do que a oração. E isso não é mera teoria. Sem oração, todos os nossos esforços não nos levarão a lugar algum. Quando conversarmos com as pessoas com base em nossas sinceras orações, as coisas seguramente começarão a mudar” (BS, ed. 1.690, 1º mar. 2003, p. A4).

Como cantamos em nossas atividades, a estrofe inicial da canção Monarcas da Era da Paz diz:

Conquistar a vitória infalível / Transmitir alegria e força, / Levantar-se só, / Eis nossa grande missão! / Renovando a coragem e a decisão / Vou pela estrada dourada avançar

Que conquistemos inúmeras vitórias ao longo de 2020 sempre pautados na profunda relação de mestre e discípulo, assim como o presidente Ikeda nos direciona: “Não existe bodisatva da terra que não tenha força. Não existe bodisatva da terra que não possua benevolência e compaixão. Não existe absolutamente nenhum bodisatva da terra que não consiga superar as dificuldades” (BS, ed. 2. 244, 20 set. 2014, p. A3).

Material de apoio

Saiba mais:

Terceira Civilização, ed. 607, mar. 2019.

• CEND, v. II, p. 143.

• Livro: Cinco Diretrizes Eternas da Soka Gakkai.

• Podcast da reunião de palestra no aplicativo BS+.

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