Editorial
BS
O que desejas?
11/06/2020
O que mais pode querer uma jovem que nasceu numa família rica, pertence à alta sociedade britânica e está sempre rodeada de luxo? Além de desfrutar uma vida tranquila e abastada, a moça estuda gramática, redação, latim, grego, alemão, francês, italiano, história da Europa, administração pública, filosofia e matemática, bem como pintura e música — uma educação muito mais vasta que a oferecida às mulheres de sua época. Ela também recebe apoio e carinho dos pais. Esta não é uma vida perfeita? O que mais ela deseja?
“Eu ansiava por alguma ocupação permanente, por algo que valesse a pena, em vez de passar o tempo com questões triviais” (Terceira Civilização, ed. 444, ago. 2005, p. 39) — era isso que Florence Nightingale desejava.
Aos 25 anos, sua avó e uma empregada da casa ficaram seriamente doentes e Florence passou a cuidar delas. Conforme tratava as enfermas, sentia-se cada vez mais revitalizada. Nesse ato, ela reconheceu que, quanto mais cuidava dos outros, mais ajudava a si mesma. Como uma jovem envolta em condições favoráveis, na busca por uma existência significativa, decidiu consagrar sua vida ao ofício da enfermagem. Ela abdicou do conforto, teve uma existência digna de reconhecimentos e faleceu aos 90 anos, conhecida por ter revolucionado a enfermagem. Este ano marca os 200 anos do seu nascimento.
Ikeda sensei cita as palavras da enfermeira que nos encoraja a manter o espírito de entrar em ação: “Não nos deixem ser como o coro na peça que grita ‘avante, avante’ a cada dois minutos e que não dá um passo sequer” (Ibidem, ed. 447, nov. 2005, p. 37). Nesta edição, leia especial sobre a história dos companheiros da Gakkai que, como Florence, estão “em ação”, atuando na linha de frente das atividades essenciais na sociedade.
Ótima leitura!
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