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Caderno Nova Revolução Humana

Vitória! Vitória

Capítulo "Frescor", volume 29

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11/06/2020

Vitória! Vitória

PARTE 65

Após a Canção do Kosen-rufu da Ásia, o coral apresentou o Hino Nacional da Índia, intitulado Jana Gana Mana, comemorando o empreendimento ambicioso da comitiva de visita ao país. Essa canção originalmente foi composta, letra e música, pelo poeta Rabindranath Tagore, e descreve a vitória do indomável espírito da Índia, rompendo a escuridão do domínio do colonialismo britânico e recebendo o amanhecer da independência. No ano de 1950, após a sua independência, foi adotada como Hino Nacional da República da Índia.

Assim, iniciou-se a canção; uma majestosa canção:

Tu és o
Governante da mente das pessoas,
A se encarregar do destino da Índia
Teu nome
Desperta o coração
Da nação que adormece
Ele ecoa nas montanhas
Do Himalaia,
E o rio Ganges canta
Canta em teu louvor
Felicitando tua felicidade
Salve nossa nação
(...)
A ti, vitória,
Vitória, vitória, vitória,
Vitória para ti1

Shin’ichi disse:

— É uma bela canção. Que esta seja também a nossa disposição: “Tu és o governante da mente das pessoas, a se encarregar do destino da Soka Gakkai”. Afinal, não somos o pilar, os olhos e a grande nau da humanidade? Nós possuímos, de fato, a missão de “Despertar o coração da nação que adormece”. É realmente “A ti, vitória, vitória, vitória,...”! Independentemente do que possa acontecer, vamos avançar pelo caminho da paz da humanidade, pelo caminho da liberdade espiritual, pelo nosso caminho da convicção, pelo nosso caminho da justiça, de forma imponente e corajosa!

PARTE 66

O eternamente amado Gandhi, o pai da independência da Índia, reverenciado como Mahatma (Grande Alma, Venerável), deixou o mundo, assassinado dois anos antes da definição do Hino da Índia, no dia 30 de janeiro de 1948. Porém, a alma que conquistou a vitória da independência, resistindo à opressão e à tirania da poderosa nação, e persistindo na insubordinação com a não violência, haverá de continuar pulsando no coração das pessoas da Índia, junto com seu hino nacional.

Jawaharlal Nehru, que assumiu o cargo de primeiro-ministro da Índia, afirma que a esperança de Gandhi era a de “Enxugar as lágrimas dos olhos de todas as pessoas”.2 Esse era o sentimento do venerado mestre, Josei Toda, que declarou acabar com os dois ideogramas com que se escreve “miséria” da face da Terra, e essa também era a decisão de Shin’ichi.

Ele não conseguia se esquecer das palavras de Josei Toda, doente e acamado, um pouco antes do seu falecimento: “Shin’ichi, o mundo é seu desafio, seu verdadeiro palco. (...) Shin’ichi, viva. Você precisa viver! Viva o máximo que puder e percorra o mundo!”.3

Gravando esse testamento em seu coração, Shin’ichi se levantou como terceiro presidente. No dia 3 de maio de 1960, foi exposta uma grande foto de Josei Toda na cerimônia de sua posse presidencial, realizada no Auditório da Universidade do Japão. No lado direito, para quem olhava de frente, via-se o poema composto por Josei Toda, com uma enorme caligrafia: “Vamos, agora, até os / confins da Índia, / na jornada de / propagação da Lei Mística, / com coragem no coração”.

Era o poema do Ano-Novo de 1952, ano em que se iniciou verdadeiramente a propagação rumo à concretização de 750 mil famílias. Com o sentimento de gravar em sua vida a determinação do mestre pelo kosen-rufu, Shin’ichi jurou perante a enorme foto do mestre: “Ultrapassando a vida e a morte, conquistarei a jornada do kosen-rufu mundial, até os confins da Índia”.

Agora, estava prestes a receber pela vigésima vez o dia 3 de maio desde aquela posse presidencial. Na grande terra da Índia, retratada pelo mestre em seu poema, também surgiram numerosos jovens bodisatvas da terra.

Subitamente, o pensamento de Shin’ichi se voltou para a Índia. Na superfície do eterno rio Ganges ressoam os “Sete Sinos” e um sopro de frescor de uma brisa agradável atravessa anunciando a chegada de uma nova época. O sol radiante da vitória do retorno do budismo para o oeste, que brilha ardentemente, preenchia toda a sua pálpebra.

Fim do capítulo

O personagem do presidente Ikeda no romance é Shin’ichi Yamamoto, e seu pseudônimo, como autor, é Ho Goku.

Notas:

1. Tradução para o japonês de Sakuzo Takada.

2. SAKAMOTO, Tokumatsu. Gandhi. Editora Obunsha.

3. Nova Revolução Humana, v. I, p. 5.

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