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Pra fazer você feliz

Alguns membros da BSGI, que atuam nos serviços essenciais, compartilham o sentimento com o qual desempenham suas atividades

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11/06/2020

Pra fazer você feliz

Sempre tive uma inclinação para ajudar as pessoas, por isso decidi me graduar em enfermagem. Atualmente, trabalho como enfermeiro, chefe do centro cirúrgico de um grande hospital do Rio de Janeiro, mas, em razão da pandemia, algumas vezes também atuo na emergência. Muitos profissionais que estão junto comigo na linha de frente se viram emocionalmente abalados devido a esse vírus desconhecido. Com o sentimento de um bodisatva, procuro amenizar o sofrimento de diversas pessoas, sobretudo de pacientes atendidos diariamente por todos nós. Não há como não se solidarizar com o sofrimento dos pacientes. Confesso que, no início da pandemia, alguns meses atrás, também tive dificuldades em lidar com essa situação. No entanto, com a recitação diária de gongyo e daimoku, lendo as orientações de Ikeda sensei no BS e na revista Terceira Civilização e intensificando o estudo dos escritos de Nichiren Daishonin, não só amadureci a confiança em minha atuação como profissional, mas também incentivei colegas de trabalho a vencer seus medos. Venho atuando com o compromisso de tornar o cuidado de enfermagem mais humanizado a cada dia neste momento desafiador. Minha atuação está sempre embasada na valorização de cada ser humano, de cada vida!

José Carlos Júnior- Distrito Abolição, Rio de Janeiro

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Trabalho como fiscal de loja, na área do varejo. É um tipo de atividade que não pode parar, pois trabalhamos para abastecer o mercado e garantir que não falte nada à população. Mantenho o equilíbrio emocional e incentivo muitas pessoas a se manter calmas também. Sempre digo a elas que tudo isso vai passar. Faço minhas orações diariamente e estamos nos incentivando ainda mais num corajoso desafio de daimoku, liderado pela comunidade e pelo distrito. Além disso, leio as orientações de Ikeda sensei, e é com essa base que me fortaleço. Peço a todas as pessoas que se cuidem, e, quem puder, fique em casa. Para aqueles que realmente precisam sair, peço que usem máscaras, não deixem de higienizar sempre as mãos e tudo o mais que precisarem manusear. A prevenção sempre será a melhor forma de se proteger.

Andreia Alves Araújo- Distrito Tremembé, São Paulo

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Sou médica, formada em 2014. Atualmente, como residente de clínica médica, trabalho em três UTIs com pacientes com diagnóstico do Covid-19. Atuar na área médica é uma atividade que me deixa muito feliz, mas confesso que o ritmo tem sido muito intenso. O momento tem sido bastante desafiador, tanto pelo aspecto físico como pelo emocional. Nesses ambientes, percebo quanto as pes­soas sentem medo e insegurança, o que gera certo estresse. Mas eu, com meu coração conectado ao do meu mestre, Daisaku Ikeda, me esforço no cumprimento da missão como “bodisatva médica” (risos). Por meio da escuta, da empatia e do companheirismo que aprendi na Soka Gakkai, busco liderar a equipe de forma harmoniosa com base no respeito mútuo e no compromisso com o outro. Tenho assumido muitos plantões, mas cumpro com alegria minha missão de manter um ambiente agradável e pessoas otimistas. O tempo todo incentivo os colegas para que despertem para o sentimento de missão que assumiram, enquanto profissionais.

Natália Mendes Netto dos Santos Pereira- Distrito Ondina, Bahia

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Sou assistente social e trabalho no hospital referência no tratamento de gestantes diagnosticadas com Covid-19. O assistente social que atua na área da saúde é o profissional responsável por viabilizar a participação e o controle social dos usuários do sistema de saúde na busca por efetivação de políticas de proteção social em nosso país. Neste período em que estamos vivendo, as demandas profissionais aumentaram bastante, pois as pessoas estão assustadas com a mudança de rotina. Atuo diretamente com muitas dessas famílias, mas aproveito a oportunidade, como profissional, para incentivá-las e mostrar que existe uma saída para tudo. Como bodisatva da terra, busco manter um ambiente equilibrado e motivador, frequentemente compartilhando palavras incentivadoras também para os colegas. Procuro me manter forte e equilibrada emocionalmente, por meio da prática budista diária. Ser budista num momento como este para mim é essencial. Na Soka Gakkai, aprendemos sobre a importância de prezar cada pessoa e de acolher o outro, além das constantes palavras de esperança; isso tudo precisa ser compartilhado na sociedade.

Jaciane Alves Assunção- Distrito Castelo Branco, Bahia

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Trabalho como gerente multidisciplinar e de qualidade, responsável por diversas coordenações no hospital, como fisioterapia, terapia ocupacional, farmácia, nutrição, fonoaudiologia, serviço social, psicologia e toda a parte de qualidade do hospital. Tenho trabalhado por muitas horas em diversos locais diferentes e percebo quanto todos os profissionais da área de saúde estão realmente cansados. Além das minhas atividades, sou um dos gerentes responsáveis pelo hospital de campanha, aqui na Paraíba. Por outro lado, vejo todo esse momento como uma imensa oportunidade de crescimento, pois é nos momentos mais difíceis que nos de­senvolvemos. Além de todos os desafios que mencionei, confesso que é bem difícil ficar distante da família e dos meus filhos. Mas entendo que neste momento somos nós [dos serviços essenciais] que fazemos a verdadeira diferença na vida das pessoas. Certa vez, Ikeda sensei orientou: “A vida é luta consigo mesmo. É fascinante por existir batalhas. Por haver problemas e desafios, conseguimos realizar a revolução humana. Vençam e avancem de forma alegre e forte!” (BS, ed. 2.358, 4 fev. 2017).

Bruno da Silva Brito -Distrito Litoral Sul, Paraíba

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Sou técnico em radiologia e trabalho em dois locais diferentes, um particular e, o outro, um hospital municipal. Em ambos, atuo direto com pacientes diagnosticados com Covid-19, mas sempre protegido por todos os equipamentos individuais. Minha família e eu temos uma prática firme e me sinto muito seguro em atuar na sociedade. Tenho como base as “Cinco diretrizes eternas da Soka Gakkai”, e foco na quarta diretriz — “Prática da fé para manter a boa saúde e obter longevidade”. Eu me dedico a pôr esse direcionamento em prática constantemente. Sou apaixonado pela minha profissão, e a formação na área foi um grande benefício da minha prática. Por isso, eu me esforço ao máximo nos cuidados com cada paciente. Diferentemente de muitos profissionais, não sinto medo. Eu me cuido e, se eu estou ali cuidando do paciente, faço-o com todo o respeito, mas com bastante carinho. Ponho em prática também uma expressão que Ikeda sensei sempre fala: “Prezar cada pessoa”.

Sebastião Pereira- Distrito Colégio, Rio de Janeiro

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Trabalho liderando uma equipe num terminal de ônibus, que opera a noite inteira. Sou responsável pelo andamento de todas as atividades, desde o atendimento aos usuários até o fechamento das linhas. Trabalhar neste momento pandêmico é desafiador, pois o quadro sofreu alterações para proteger os funcionários que fazem parte do grupo de risco. Só conseguimos dar conta do serviço por ter menos pessoas circulando. Tomamos o máximo de cuidado, atentos para não nos contaminarmos pelo coronavírus nem transmiti-lo a outras pessoas. Busco sempre ser uma pessoa muito otimista com os demais, sejam eles colegas de profissão ou passageiros. Além disso, já chego ao local de trabalho com um belo sorriso, cumprimentando a todos, determinando que teremos um excelente plantão. Mesmo passando por esse desafio, todos chegaremos ao final vitoriosos e felizes. Então, eu lhes digo que podem contar comigo para o que precisarem. Desde o início de tudo isso, não tive nenhum momento de desespero e faço o possível para que minha equipe também não entre nessa “vibe” negativa. Compartilhamos dicas de filmes, músicas e, como o espaço de convívio é grande, jantamos juntos, respeitando a devida distância para nos protegermos. Sempre penso: “Se Ikeda sensei conseguiu superar os horrores da guerra, por que eu não conseguiria levar alegria às pes­soas que me cercam?

Ecilane Mary de Souza -Distrito Imigrantes, São Paulo

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